quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

TEPH. Uma realidade!

"Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"


Desde o inicio da criação da proposta da carreira TEPH que existem vozes discordantes no que diz respeito á criação da mesma, e aos seus conteúdos funcionais.

A voz mais ouvida tem sido a dos enfermeiros, pela OE e pelos seus sindicatos, ao invés dos restantes parceiros, tais como Ordem Médicos, INEM, MS etc.

Durante tanto tempo atiraram-nos pedras, numa tentativa de nos denegrir, humilhar e prejudicar. Em vão...

"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"

Aquando da proposta da carreira para TEPH, todas as entidades estiveram sentadas á mesa com o STAE (autor da proposta conjunta com a ANTEPH) excepto a Ordem dos Enfermeiros, mesmo tendo sido pedidas reuniões pelo STAE.

Durante este mês de Dezembro que agora acaba, decorreram algumas reuniões no INEM, nomeadamente entre INEM e OE e SEP.
Pouco ou nada se sabe sobre o resultado dessas reuniões, tendo inclusive sido comentado por algumas pessoas que a conclusão das reuniões era só uma: o fim dos TEPH.
Não podiam estar mais errados. Cedências tiveram de ser feitas certamente de parte a parte, mas com um único objectivo: a criação dos TEPH.

Seria errado estar a “adivinhar” o conteúdo dessas reuniões, até porque o próprio SEP nada divulgou, muito menos o INEM.

Mas não será difícil perceber que os resultados foram bons.

E para comprovar isso mesmo, Janeiro vai ser sem sombra de dúvidas o mês mais importante para os TEPH. E digo TEPH e não futuros ou potenciais TEPH. Porque já não existem dúvidas!

Em Janeiro o STAE vai reunir com a Ordem dos Enfermeiros e com o INEM, não para discutir se os TEPH vão ou não ser uma realidade, mas para se falar sobre o conteúdo funcional.

Agora não existem dúvidas! O trabalho, o sofrimento, o suor compensaram. Não só do STAE (mas principalmente) mas de todos os que se mantiveram unidos! Não daqueles “desertores” que nunca acreditaram que o STAE era capaz, que nós éramos capazes, que os TEPH já são uma realidade! Contra muitos e não contra todos!

Hoje lia num blog “MORTE AOS TEPH”!
A minha resposta é: Nunca estivemos tão bem de saúde, obrigado!

A realidade é esta: a Ordem dos Enfermeiros vai finalmente entrar para a mesa de negociações com o STAE e INEM, para ser finalmente reconhecido aquilo que sempre se negou: TÉCNICOS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR em Portugal SIM!

Janeiro. É o fim de uma longa caminhada, mas também o inicio de uma ainda maior.

Por isso, agora e mais que nunca, nós TAE e futuros TEPH, vamos manter a calma, manter a cabeça erguida e sorrir, confiantes que a luta compensou!
Garanto-vos que assim é!

Não posso deixar de dar umas palavras ao STAE e a todos os dirigentes e associados:

PARABÉNS E OBRIGADO!

OS TEPH já estão para ficar!

BOM ANO, BOAS ENTRADAS! Até para o ano.

UM MILHÃO DE SERVIÇOS CODU

Os CODU a nível nacional atingiram hoje o milhão de fichas.
Situação inédita no INEM.
Parabéns?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Bombeiros vão usar DAE




Esta quarta feira, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai entregar desfibrilhadores automáticos externos a trinta corporações de bombeiros, que a partir de janeiro poderão começar a usar o aparelho nas ambulâncias que operarem.
Estas corporações passam, assim, a integrar o Programa de Desfibrilhação Automática Externa. Segundo as autoridades de saúde, a medida permitirá prestar melhor assistência médica às vítimas de paragem cardio-respiratória e, consequentemente, melhorar a qualidade do serviço prestado aos cidadãos.
De acordo com a agência Lusa, a formação para o uso dos desfibrilhadores já foi dada aos bombeiros, pelo que as ambulâncias do INEM operadas pelas corporações vão estar a postos logo a partir do início do novo ano.
O desfibrilhador externo é um dispositivo portátil que permite, através de elétrodos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardio-respiratória, analisar o ritmo cardíaco. Regista som, eletrocardiograma, fornece indicações aos reanimadores, analisa os dados e recomenda ou não o choque elétrico.

(Noticia em Boas Noticias)
 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bom Natal e bom Ano Novo





O Natal é a data de se estar com as pessoas de quem se mais gosta e tempo de partilhar o que a vida tem de melhor.
Que este natal haja saúde, paz, amor, e muita alegria!
A TODOS UM FELIZ NATAL E UM BOM ANO NOVO, COM MUITA ESPERANÇA EM 2011!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Mais um passo no bom caminho!



Comunicado da reunião do STAE com o CD INEM em 17 Dezembro.

Nova aplicação informática e uniformização dos horários mensais a nível nacional.
Confirmação da passagem do controlo total de back office para os TAE.
Confirmação que a avaliação de desempenho apenas pode ser efectuada pelo DR, e por TAE's e nunca por outro profissional (enfermeiros), acabando assim com a polémica das avaliações, e de quem as pode ou não efectuar.
Reposição das horas em atraso, tanto em banco de horas como monetariamente.
Novos fardamentos.
Finalmente ve-se um entendimento entre o STAE e o CD INEM.

Relativamente a contabilização errada das horas mensais de serviço, o CD do INEM informou o STAE que revogou a directiva nº 12 do anterior conselho, indicando que no início do ano de 2011, uma nova aplicação informática vai ser implementada, sendo então possível haver uma correcta e uniforme aplicação do horário mensal a nível nacional.
No entanto o CD. do INEM, solicitou ao STAE que iniciássemos a discussão do horário de trabalho de 12 horas, pois o mesmo é ilegal, dando azo a um conjunto de problemas que são fruto dessa ilegalidade, nomeadamente as horas de amamentação, baixa médicas e o estatuto de trabalhador-estudante.
O STAE indicou que tal discussão só pode ser iniciada após assembleia-geral do STAE, pois essa alteração só vai ocorrer caso os associados do STAE assim o desejem.
Em relação as avaliações de desempenho SIADAP o CD do INEM refere que apenas os Directores / Delegados Regionais as podem efectuar e que apenas num quadro de chefia organizada e devidamente fundamentada a nível legal poderá ser efectuada por TAE e nunca por outro profissional.
Relativamente as horas não creditadas aos formadores do NucE na DRP, o CD do INEM informou que vai dar indicações junto do Director da DRP para efectuar a creditação das mesmas por uma questão de justiça a nível nacional.
No início de 2011 vai ser iniciada uma discussão aprofundada da criação do SAE em que o STAE ira participar activamente com o seu contributo, ficando desde já confirmada a passagem total do controlo de back office dos TAE para TAE.
Em relação a ausência de compensações de turnos extras e feriados de 2005 a 2010, ficou acordado que o INEM ira repor os valores monetariamente a todos os TAE a nível nacional, desde 1 de Janeiro de 2009 até a presente data, e os anteriores a essa data vão ser repostos em banco de horas.
Esta solução é a mais rápida e correcta possível, pois os TAE até dia 31 de Dezembro de 2008 estavam abrangidos pelo Código de Regime Geral e a partir de 1 de Janeiro de 2009 passaram a estar sob a lei-59 da Função Publica.
Até ao final do primeiro trimestre de 2011, todos os TAE vão receber informações sobre o valor em falta e como vai ser feita a regularização da mesma.
Quanto a falta de fardamento, foi feito um levantamento do fardamento existente, e tendo em conta as novas indicações do CD do INEM, a base nacional de fardamento vai ser colocada na Infante D. Pedro, e no início do ano todo o novo fardamento existente vai ser imediatamente distribuído pelas delegações.
O CD do INEM informou o STAE que os vários problemas monetários de falta de pagamentos de boletins itinerários, feriados e outros, que tinham sido levantados na última reunião, vão ser todos pagos no vencimento deste mês, dando assim razão a uma das nossas principais reivindicações.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ambulâncias em risco? Não!

Ambulâncias e Centros de Saúde em risco
"O funcionamento de vários Centros de Saúde e ambulâncias SIV [Suporte Imediato de Vida] pode estar comprometido a partir de 31 de Dezembro, pondo em causa as prestações de cuidados de saúde, e de enfermagem, às populações", denuncia a Direcção Regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Segundo o sindicato, estão em causa 32 enfermeiros, 22 dos Centros de Saúde e 10 do INEM, que "terminam os contratos" este ano, sem que até agora "os responsáveis das duas instituições tenham desenvolvido qualquer iniciativa para encontrar soluções que permitam a manutenção destes enfermeiros". Amanhã, a partir das 10h00, o sindicato realiza uma acção para denunciar a situação, na rua de Santo António, em Faro.

Não há motivos para preocupações. As SIV não vão ficar sem enfermeiros.
Existem excedente de enfermeiros a sair das delegações.




INEM contesta declarações dos Enfermeiros
Relativamente à informação ontem divulgada pela Delegação Regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) lamenta “a total ausência de verdade nas informações difundidas por aquela estrutura sindical. Efectivamente, no quadro de uma actuação responsável que deveria pautar as estruturas sindicais, esta tentativa de alarme da opinião pública não pode deixar de ser condenada de forma muito clara pelo INEM”.
Segundo a INEM as informações “são completamente inexactas”, e repõe a verdade dos factos:
“O número de enfermeiros que terminaria o seu vínculo com o INEM no final deste ano é de seis. Destes, três passaram já a integrar os quadros de pessoal do Instituto, na sequência de concurso público realizado recentemente.
Dos restantes, dois – que pertencem aos quadros de pessoal de outras instituições do Ministério da Saúde e que estão em regime de “mobilidade” que terminaria, por força da Lei, a 31 de Dezembro de 2010 - vão ver a sua colaboração com o INEM prolongada pelo menos até 31 de Dezembro de 2011, conforme os mecanismos de mobilidade de funcionários previsto na, recentemente aprovada, Lei do Orçamento de Estado para o próximo ano. Assim sendo, a sua manutenção ao serviço do INEM está garantida.
Por fim, um dos enfermeiros que tem colaborado com o INEM manifestou o seu desejo pessoal em regressar à sua instituição de origem. “
O INEM também refere que “conforme anúncio publicado em Diário da República no passado dia 15 de Dezembro, está já a decorrer um novo concurso público para a contratação de nove enfermeiros, um dos quais para a zona de influência da Delegação Regional do Algarve do INEM.”
Assim sendo, não só o INEM “tomou em devido tempo as medidas necessárias para a continuidade destes enfermeiros, contrariamente ao noticiado, como assegurou já que TODOS os enfermeiros interessados, vão manter-se ao serviço dos meios de emergência médica pré-hospitalar do Instituto. Como tal, a continuidade do funcionamento das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida no Algarve está completamente garantida, desmentindo completamente o INEM as informações tornadas públicas pelo SEP.”

(Notícia em LINK

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

BackOffice efectuado por TAE's

A coordenação das SBV e dos TAE's é desde o dia 2 deste mês feita por TAE's em backoffice em todo o País, sendo que em Lisboa ainda é em conjunto com um enfermeiro.
Esta foi uma vitória de todos os TAE e muito do STAE.

TAE's formados por TAE's (TAS e condução) e agora com coordenação também por TAE's.
Independência.
Vamos em frente!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A falta de argumentos e de respeito do Presidente do Sindicato dos Enfermeiros.



Quando se pensava que mais nada que pudesse sair da boca dos enfermeiros, ou de quem os representa, pudesse surpreender, eis que o Sr. Presidente do Sindicato dos Enfermeiros consegue superar todas as expectativas.

Além de demonstrar uma terrível falta de profissionalismo e de raiva para com os TAE’s, ainda consegue ser prepotente, mal-educado e demonstrar a única coisa que parece saber fazer: dizer disparates.

Apelidando de “excrescência maligna” a nova carreira de TEPH, justificando que não é necessária uma nova carreira por já existirem enfermeiros muitos deles no desemprego, implicando que os TAE estão a roubar competências e que não tem direito ao emprego.

Sr. Presidente do Sindicato dos Enfermeiros: “excrescência maligna” deve ser o que o senhor tem na cabeça em vez do cérebro, é a única coisa que posso depreender.

Quanto aos enfermeiros no desemprego, esse problema não é do PH nem nunca foi. É um problema vosso! E o PH não pode ser um tapa buracos para profissões com média de entrada no ensino superior de 9,6 valores, que formam pessoas em quantidade e cada vez menos qualidade.

E quanto a roubar competências, e farto de ouvir essa TRETA, se acha que estamos a roubar alguma coisa aos enfermeiros… chame a Policia. Pois a Ordem Médicos, MS, INEM e todos os envolvidos no PH (excepto a OE) não concordam consigo, por isso aceite a minha sugestão e passe das palavras á acção e vá á Policia, isto se mesmo eles tiverem paciência para ouvir os seus disparates.

A meio da declaração, este apedeuta usa a palavra “curandeiros” para nos qualificar.

Sinceramente não sei de onde vem toda esta raiva e estupidez por parte do presidente do sindicato dos enfermeiros, mas com toda a certeza que fica mal. Não é profissional, muito menos vinda do responsável máximo do sindicato dos enfermeiros.

Com certeza que não gosta que lhes apelidem de “limpa cus” ou “técnicos de Halibut” ou outros apelidos igualmente condenáveis que me recuso a usar.

Por isso Sr. Presidente do Sindicato dos Enfermeiros, reavalie as suas palavras para que possa dignificar a cadeira onde se senta.

Continua na sua demanda de escárnio e mal dizer:

Está em causa a formação dos TAE que de 1555 pode reduzir-se a 550 (este preciosismo das 50 em cima das 500 horas, é espectacular…)

É um preciosismo igual aos 0,6 valores dos 9,6 da média de entrada do curso de enfermagem? Elucide-me.

Com certeza que tem outros argumentos para falar da formação dos TAE além da carga horária, pois acredito que a tenha lido. Ou não, a julgar pela sua avaliação. Está mais preocupado com a diferença de 50 horas do que pelo seu conteúdo, de que nem sequer fala.

Ainda consegue descer mais o nível apelidando os TAE de “sucateiros”, dizendo que “os TAE não têm qualquer direito; nem legal, nem moral, nem profissional” demonstrando apenas que não tem argumentos para falar de nós, das nossas competências e formação, por isso inventa.

Continua:

Vamos ver se a OE assume categoricamente uma oposição eficaz a este atropelo da Enfermagem, numa área que é da sua responsabilidade, fundamentalmente; ou se precisa de acções mais militaristas e de guerra aberta, essas já mais da nossa lavra.”

E aqui demonstra o ódio que mantém pelos TAE. Quer guerra! Guerra aberta!

Esperamos vê-lo de Halibut em punho, porque a carreira não é uma previsão, é uma realidade.

Os TAE não querem guerras, querem diálogo, que foi coisa que a OE sempre se recusou a fazer.

Mas não se iludam. Não baixamos os braços, muito menos frente a estes pseudo-intelectuais que se julgam importantes ao ponto de ofender de forma inqualificável quem anda todos os dias na rua, ao serviço do INEM e da população, a trabalhar honestamente e reclamando formação e competências para poder fazer mais e melhor.

“Saber fazer e ser, porque a vida é um direito.”

Espero que nunca aconteça, pois não desejo mal a ninguém, mas espero que um dia que o Sr. tenha a infelicidade de precisar de uma ambulância para si ou para os seus, que esta tenha 2 TEPH devidamente qualificados para o ajudarem, com competências que façam a diferença; e se um desses TEPH for eu, garanto-lhe que terá o mesmo tratamento de qualquer outro cidadão: O MELHOR!

A humildade e boa educação são coisas que o Sr. desconhece, e o respeito pelos profissionais que fazem parte do SIEM é algo que não tem.

Infelizmente é esta pessoa que o País tem na frente do principal sindicato de enfermeiros.
Sr. Presidente da Direcção, José Azevedo: TENHA VERGONHA!

domingo, 28 de novembro de 2010

Bombeiros recebem formação DAE

As 30 corporações de bombeiros mais solicitadas em Portugal estão a receber formação do INEM para reanimar pessoas com choques eléctricos. Em Janeiro recebem os desfibrilhadores.

Esta é a primeira fase de um programa que visa dotar as ambulâncias de Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) e dar formação a cerca de 250 bombeiros para que saibam utilizar o aparelho de forma segura e eficaz, explicou Miguel Soares de Oliveira, presidente do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), acrescentando que esta estará concluída no final de Dezembro.

Isto significa que não só as ambulâncias do INEM afectas aos bombeiros terão um DAE, como haverá em cada corporação pelo menos seis operacionais preparados para usá-los, de forma a cobrir as 24 horas do dia.

O programa implica ainda a instalação de um dispositivo electrónico que grava e monitoriza todos os procedimentos, dando assim cumprimento à legislação, que prevê o acompanhamento por parte de um médico, disse Miguel Soares de Oliveira, explicando que seria difícil que cada corporação tivesse um médico.
(In Público)

Existem inúmeros CB, que não conseguem manter os 2 TAS que o INEM exige para a manutenção do Posto PEM, muito menos 6 operacionais de DAE.
É uma medida tardia, mas da forma como vai ser implementada estamos mais uma vez a colocar “a carroça á frente dos bois”.
Primeiro tem que se assegurar que os PEM dos CB realmente cumprem a legislação, relativamente ao número e qualificação de tripulantes exigidos por Lei, e só depois dota-los de DAE, ou corremos o risco de termos ambulâncias com DAE e 1 TAT ou TS como é agora reconhecido.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A paciência é mesmo uma virtude. E dá frutos!

Quem espera desespera... mas sempre alcança.
Palavras? Para quê?

Notícia do Expresso.

OM a favor.
INEM a favor.
STAE a favor.
MS a favor.
OE contra.
TAE's... a favor!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Chefes de Ambulância a conduzir VMER's???

Circular Normativa Nº 6/2010 - DEM

Segundo esta norma dada a conhecer pelo DEM do INEM, caso seja necessário o transporte do doente com acompanhamento da equipa médica da VMER (Med. e Enf.), a VMER deve ser conduzida pelo chefe da equipa de ambulância.
Ora... Chefes? Chefe de ambulância? Desconheço...
Então quero ver se a equipa tiver um operacional não condutor.



Resposta do STAE em 18 Novembro
No seguimento da Circular Normativa 06/2010 emitida pelo Departamento de Emergência Médica (DEM) do INEM, vem o STAE expor o seguinte:

1. O STAE sempre defendeu o acompanhamento dos doentes críticos com necessidade de apoio Suporte Avançado de Vida (SAV) durante o transporte pela totalidade da equipa da VMER, ou seja, não só pelo médico, mas também pelo enfermeiro;
2. O contrário, constituía a interrupção dos cuidados de enfermagem ao doente crítico, para que este profissional fosse conduzir a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) que seguia atrás da ambulância, ficando apenas o médico na célula sanitária, acompanhado pelos tripulantes de ambulância;
3. Em diversas oportunidades, o STAE sempre defendeu a existência de um 3º elemento na VMER por forma a libertar a equipa médica aquando da necessidade de acompanhamento dos doentes nas ambulâncias;
4. Assim, não podemos deixar de lamentar e discordar da decisão do DEM, tendo a conta que a mesma se traduz numa solução de remedeio de um problema de fundo das tripulações das VMER;
5. Além do mais, a decisão não acautelou algumas situações, nomeadamente:
a. Muitos tripulantes de ambulância não possuem carta de condução, nomeadamente no seio dos Bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa;
b. Apesar de todos os TAE possuírem carta de condução, nem todos possuem o curso de condução de veículos de emergência exigido pelo INEM para conduzir os seus próprios veículos, pelo que em vários turnos, apenas existe um elemento condutor na tripulação da ambulância, que é constituída por 2 TAE;
c. Muitas das VMER tem particularidades mecânicas, nomeadamente caixa automática que exigem adaptação e treino dos condutores, sob pena de acidentes se verificarem;
6. Assim, esta decisão, apesar de em alguns casos poder ser mais favorável que a actual situação, traduz-se em última análise numa espécie roleta russa, ou seja, umas vezes os doentes tem a equipa completa e outras vezes não, umas vezes os veículos do INEM são conduzidos por elementos com formação e outras vezes não.
Desta forma, o STAE solicita a pronta reapreciação desta Directiva.

De acordo!

A paciência (ainda) é uma virtude...

O STAE reuniu ontem com o CD do INEM afim de debater os seguintes pontos:
· Carreira de TEPH;
· Contabilização errada das horas mensais de serviço;
· Avaliações de desempenho SIADAP ilegais;
· Contabilização das horas de formação dos formadores do NuCE;
· Definição de uma estrutura hierárquica baseada em TAE para TAE;
· Incumprimento do período de almoço de 30 minutos;
· Pagamento ou crédito de horas dos feriados no período de 2005 a 2008;
· Falta de acerto de compensações de turnos extras de 2005 a 2008;
· Mais de 100 Horas Extraordinárias por trabalhador por ano;
· Reposição de fardamento e fardamento de qualidade;
· Falta constante de equipamento nas ambulâncias, nomeadamente equipamento de monitorização;
· Ambulâncias completamente obsoletas ao serviço;
· Falta de pagamento de despesas do Curso de Formadores de Condução por atraso dos serviços administrativos;
· Nova lei que obriga a todos os condutores a averbar a carta de condução para quem conduz a ambulâncias;
· Horas de amamentação, como devem ser contabilizadas as mesmas;
· Boletins itinerários que são recusados o seu pagamento, devido a problemas logísticos do INEM;
· Feriados que não estão a ser pagos durante o ano 2010;
· Estatuto de trabalhador estudante Horas por turno 12 contra as 7 horas.


(...) A reunião marca sem dúvida um ponto de viragem no INEM, o diálogo existe e a vontade também, acreditamos que muito em breve concretizaremos objectivos antigos e por isso estamos confiantes no futuro.

As respostas ficaram adiadas para 15 de Dezembro.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Seminário "Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar - Que Futuro em Portugal?"

No próximo dia 11 de Dezembro realizar-se-à um seminário técnico organizado pelos Bombeiros Voluntários de Samora Correia.

O tema do seminário é "Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar - Que Futuro em Portugal?".

(Inscrições)

domingo, 14 de novembro de 2010

Bombeiro Sapador morre em incêndio.

Um bombeiro sapador, de 52 anos, morreu num incêndio de grandes proporções que deflagrou ontem à noite, pelas 22h30, na rua dos Caldeireiros, na Sé do Porto. A vítima mortal, Joaquim Correia, chefe do comando dos bombeiros, tinha 28 anos de serviço. Deixa mulher e filhos.

Profundos sentimentos á  família, amigos e corporação.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

INEM já pagou 5,7 milhões de euros aos bombeiros.

Fonte do INEM diz que foi paga uma parte dos 20 milhões que entidades de saúde devem às corporações de bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa pelos serviços de transporte.

(Notícia completa em DN)

Mais um prioridade cumprida, além dos DAE em locais públicos, e dos pagamentos em atraso aos antigos enfermeiros CODU.
O que se segue?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

INEM vai pagar vencimentos em atraso de enfermeiros dos CODU

O INEM vai pagar os vencimentos em atraso dos enfermeiros do CODU de Lisboa e Coimbra, relativos aos meses entre Janeiro e Junho, no valor total de mais de 63 mil euros. Para os enfermeiros a decisão “peca por tardia”.
Em resposta a questões colocadas pela agência Lusa, o assessor do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garante que este “é mais um assunto que está resolvido” depois de o conselho diretivo do INEM ter feito um “levantamento exaustivo” de todas as situações de pagamentos em atraso.
De acordo com o assessor do INEM, o levantamento veio mostrar que só existiam pagamentos por regularizar com enfermeiros que tinham prestado serviço nos CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) de Lisboa e Coimbra.
“Deste modo, após ter sido efetuado um levantamento de todas as situações que aguardam regularização, o conselho diretivo autorizou hoje o pagamento aos enfermeiros que prestaram serviço nos CODU de Lisboa e Coimbra, entre os meses de janeiro e junho deste ano”, adianta o assessor.
De acordo com a mesma fonte, o montante em causa ultrapassa os 63 mil euros, divididos entre 38 199,60 euros no CODU de Lisboa e 24 837,60 no CODU de Coimbra.
“As transferências dos montantes para os enfermeiros vão ser feitas ao longo da próxima semana. Após o seu pagamento, todas as dívidas relativas a este assunto ficam regularizadas”, adianta a fonte.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) disse não ter tido ainda conhecimento oficial da decisão do INEM, mas acrescentou que era “inadmissível” que as remunerações dos enfermeiros não tivessem ainda sido pagas.
“O Sindicato dos Enfermeiros congratula-se [com esta decisão]. Só peca por tardia e esperamos que situações como esta não voltem a acontecer”, disse José Carlos Martins.
O presidente do SEP lembrou que vários enfermeiros tinham já avançado com processos de contencioso para reaverem o dinheiro em falta e que esses processos ficarão sem efeito se os pagamentos forem efetuados até ao dia 19, altura em que o SEP reúne com o conselho diretivo do INEM.

Os TAE estão á espera desde sempre das horas compensatórias de turnos extra e feriados...

112 - Sistema Português distinguido em Bruxelas

O sistema português de emergência 112 foi hoje (8 Nov) distinguido em Bruxelas pela Associação do Número Europeu de Emergência, com um prémio de excelência que o ministro da Administração Interna saudou como "o reconhecimento do trabalho dos últimos anos".
Rui Pereira, que recebeu o prémio do Sistema Nacional 112 de Excelência, à margem de uma reunião de ministros da Justiça e do Interior da União Europeia, realçou que se trata de "um prémio que distingue todos aqueles que têm trabalhado durante os últimos anos no sistema 112 português", designadamente "polícias, membros de serviços e forças de segurança, de elementos da proteção civil e da emergência médica".

(RTP)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Desfibrilhadores em espaços públicos

O novo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) colocou o Programa de Desfribrilhação Automática Externa (DAE) no topo das suas prioridades e, desde que tomou posse, o número destes aparelhos disponíveis em espaços públicos mais do que quadruplicou. Ainda assim, os desfribrilhadores ainda não chegaram aos aeroportos.
«Há uma curva de aprendizagem que está a jogar a favor de todos, para que encurte o tempo», afirmou Miguel Soares de Oliveira, dando importância ao seu antecessor. «Além disso, há também dentro da própria equipa de coordenação a imposição passada por este novo conselho directivo do INEM de que isto é uma prioridade, portanto todas as outras tarefas devem ficar para segundo plano», explicou.

O programa está numa «situação muito positiva», segundo o responsável, em declarações à TSF, destacando a presença dos DAE em todas as viaturas do INEM. Quanto à cobertura nas viaturas dos bombeiros e Cruz Vermelha, parceiros do INEM, a situação será resolvida. Até ao final do ano, 38 corporações estarão abrangidas pelo programa, disse Soares de Oliveira.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

INEM vai adoptar as novas Guidelines do CPR

O INEM vai adoptar na íntegra as guidelines do CPR 2010, conforme post de 27 Outubro, pelo menos para SBV.

Estão a iniciar formações já com as novas recomendações, para SBV e DAE, apesar de as diversas Delegações estarem a adoptar timings diferentes.

Assim sendo os TAE passam a não pesquisar a cavidade oral na abordagem inicial á vitima, só se a ventilação não fizer expandir o tórax ai sim se faz a pesquisa.

Desaparece o VOSP para dar lugar ao VOS.

A situação dos DAE Lifepack 500 na paragem presenciada ter de se carregar na seta da direita também foi abolida, o aparelho faz logo a primeira análise quando se liga.
Desaparecem os 2 minutos de SBV antes da análise portanto.

Se após um choque recomendado, o DAE der indicação de choque não recomendado, já não se efectua VOSP nem VOS. Continuam-se compressões até existir sinais de vida evidentes.

A pausa de compressões é só interrompida para administrar o choque, fazendo-se mesmo quando o DAE efectua a carga.

Os novos manuais já estão a ser distribuídos.
Este algoritmo torna-se mais simples, mais rápido e mais eficaz.
Desfibrilhação precoce, compressões contínuas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Novo CD INEM e novos directores RH e Gabinete Comunicação

CONCELHO DIRECTIVO

Presidente
Miguel Soares de Oliveira


Formação académica
Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Mestrado em Medicina de Emergência pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Especialidade de Cirurgia Pediátrica pela Ordem dos Médicos
Competência em Emergência Médica pela Ordem dos Médicos
Competência em Gestão de Unidades de Saúde pela Ordem dos Médicos

Experiência profissional
Chefe da Divisão de Qualidade Clínica e Organizacional da Direcção-Geral da Saúde
Professor convidado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e na Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria
Médico de Viatura Médica de Emergência e Reanimação, Helitransporte e CODU
Director Regional do INEM Norte
Assessor do Presidente do INEM
Assessor do Conselho Directivo da ARS Norte, para as áreas da Urgência e Emergência
Coordenador Regional do Norte das Vias Verdes do AVC e do EAM
Coordenador da Comissão Regional do Doente Critico

Vogal
Pedro Lopes


Formação académica
Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico
Protecção Contra Incêndios em Edifícios pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Terminou a parte académica e iniciou o tema de dissertação do Mestrado em Segurança aos Incêndios Urbanos pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil

Experiência profissional
Vice-presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil
Vice-presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil
Inspector Nacional de Bombeiros Adjunto
Inspector Regional de Bombeiros do Centro
Inspector Regional Adjunto de Bombeiros do Serviço Nacional de Bombeiros
Professor na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja e na Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria, no Porto


Vogal
Júlio Pedro



Formação académica
Pós-Graduação em Administração Hospitalar na Escola Nacional de Saúde Pública
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Lusófona
PADIS - Programa de Alta Direcção de Instituições de Saúde na AESE- Escola de Direcção e Negócios
Mastering Health care finance – International Executive Program realizado por Univertsité Lausanne/Harvard Medical School/Hospital Geral de Santo António
Curso de Enfermagem Geral pela Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara

Experiência profissional
Vogal Executivo do Conselho de Administração do Hospital do Litoral Alentejano
Administrador Hospitalar no Centro Hospitalar de Lisboa Norte EPE.
Administrador Hospitalar no Hospital Egas Moniz
Administrador Hospitalar no Hospital de S. José
Enfermeiro no Hospital dos Capuchos


DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS


Directora
Teresa Madureira



Formação académica
Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.

Experiência profissional
Secretária Geral Adjunta do Ministério da Saúde
Directora de Recursos Humanos do Instituto de Financiamento e Apoio à Agricultura e Pescas e Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola (IFADAP/INGA)
Directora Administrativa do Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola
Chefe de Divisão Jurídica do Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola (INGA)



GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM


Director
Pedro Coelho dos Santos


Formação académica
Licenciatura em Ciências da Comunicação pela Universidade Independente

Experiência profissional
Responsável pela Assessoria de Comunicação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Consultor de Comunicação da Direcção-Geral da Saúde
Professor convidado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e na Universidade Lusíada
Director de Comunicação do INEM
Adjunto para a Comunicação Social da Ministra da Saúde do XIV Governo Constitucional
Jornalista nos órgãos de comunicação social “Público”, “Euronotícias” e “Focus”

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Guidelines 2010 - Principais alterações

ABC

O ABC desaparece nas novas recomendações da ERC, passando a CAB.

No novo algoritmo vemos então a seguinte sequência:

1- Condições de segurança.
2- Verificar se a vítima responde
3- Se responde – Prosseguir com exame

Se não responde gritar por ajuda, virar a vítima de costas, abrir a boca com extensão do pescoço e elevação do queixo.
Aqui já se vê a primeira alteração, pois não se pesquisa a cavidade oral, para verificar a presença de corpos estranhos.

4- VOS.
E aqui salienta-se que pode existir respiração agónica, reforçando os 10 segundos de VOS para o socorrista se certificar paragem.

5- Respiração normal – PLS e pedir ajuda
5b – Respiração anormal ou ausente – Compressões
Aqui enfatiza-se a importância das compressões serem efectuadas com uma frequência de 100 por minuto não excedendo as 120 minuto, deprimindo o tórax 5 cm pelo menos, sem exceder os 6 cm.

6- Ventilações.
E neste ponto após a 1ª ventilação, se esta não for eficaz, então sim deve-se pesquisar a cavidade oral e se tiver algum objecto estranho, remove-lo, e reconfirmar a posição da cabeça.

No adulto o mais provável é que a PCR seja de causa cardíaca, pelo que a reanimação deve iniciar-se pelas compressões e não pelas ventilações.
Não se deve perder tempo a verificar se há corpos estranhos na boca a menos que a insuflação não faça o tórax elevar-se.
A pausa pós choque deve ser reduzida ao mínimo possível. A totalidade do processo de desfibrilação deve estar completo em menos de 5 segundos.
No DAE, dá-se ênfase em minimizar as pausas pré e pós-choque. Deve-se manter compressões enquanto o aparelho efectua a carga para efectuar a desfibrilação

Quanto ao SAV:
Algumas das alterações mais importantes são que se retira a recomendação para fazer um período predefinido de SBV antes de desfibrilar, nas PCR em PH e não testemunhadas pelos operacionais do SEM.

O murro pré-cordial é desvalorizado (já não se via muito), assim como passa a não ser recomendada a administração de fármacos pelo TET, no caso de não se conseguir acesso ev, passando a ser efectuado por via IO (intra-óssea).

A adrenalina e amiodorona administram-se após o 3º choque no caso das FV/TVsP, e a atropina desaparece.

Aumenta-se a importância da capnografia.


SBV Pediátrico

1- Condições de segurança.
2- Verificar se a vítima responde
Se responde – Prosseguir com exame, caso contrário pedir ajuda.

3- Vitima não responde

Cuidadosamente, deitar a criança de costas, abrir a via aérea com extensão da cabeça e elevação do queixo, colocar a mão na testa da criança e estender cuidadosamente a cabeça para trás ao mesmo tempo, elevar o queixo com as pontas dos dedos.

Não pressionar os tecidos moles debaixo da mandíbula para não obstruir a via aérea.
Se mesmo assim for difícil abrir a via aérea, tentar a subluxação da mandíbula: colocar o 2º e 3º dedo de cada mão atrás de cada lado da mandíbula e empurrá-la para a frente.

4- VOS durante 10 segundos.

5- 5A – Respira – PLS
5B – Não respira ou respiração anormal

Remover cuidadosamente qualquer obstrução evidente da via aérea.
Cinco insuflações iniciais.

Insuflar lentamente durante 1–1.5 segundos e verificar elevação do tórax
Mantendo extensão da cabeça e elevação do queixo, afastar a boca da criança e observar o tórax a descer durante a exalação.

Inspirar de novo e repetir a sequência cinco vezes.
Avaliar a eficácia vendo os movimentos torácicos semelhantes aos que se veriam em respiração normal.
No lactente é a posição neutra que se adopta.

6- Avaliar circulação
Na criança com mais de 1 ano — pulso carotídeo.
No lactente — pulso braquial, na face interna do braço.
Em crianças e lactentes pode palpar-se o pulso femoral, entre a espinha ilíaca antero-superior e a sínfise púbica.

7- Se não houver sinais de vida, e a menos que haja a CERTEZA ABSOLUTA de ter palpado um pulso, com mais de 60 batimentos min (bpm), dentro de 10 segundos.
Iniciar compressões torácicas e alternar com insuflações.

Reforça-se a necessidade de efectuar compressões correctas de profundidade adequada. Cerca de 1/3 do diâmetro antero-posterior em todas as crianças.

Novamente não se deve suspender compressões para administrar choque (novamente se reforça que é seguro usar DAE em crianças com 1 ano ou mais) por mais de 5 segundos (tal como no adulto).


Modificações das recomendações para o SBV da mulher grávida
Deslocar manualmente o útero para a esquerda para aliviar a compressão da veia cava inferior.
Promover a inclinação lateral esquerda da bacia / abdómen se possível – não se sabe qual é o ângulo ideal para essa inclinação, mas recomenda-se 15-30º. O ângulo da inclinação deve permitir compressões torácicas eficazes.

Abordagem inicial das síndromes coronárias agudas
O AAS deve ser administrado pelo primeiro profissional de saúde que contacta o doente, por quem ajuda o doente ou pelo centro de orientação de doentes urgentes. A dose inicial de AAS mastigável é de 160-325 mg. As formas solúveis ou ev devem ser tão eficazes como a mastigável.

As alterações mais significativas para SBV estão relacionadas com a circulação na PCR.
Os algoritmos tem vindo a ser actualizados nesse sentido (5:1, 15:2´, 30:2) e este ano esperava-se que fosse alterado para 50:2, mas tal não aconteceu.
A alteração mais "visivel" foi a não pesquisa da cavidade oral antes da extenção da cabeça.
Falta saber se vai ser adoptada.
Todas estas recomendações e alterações ainda vão ser estudadas pelo INEM, de forma a introduzir as alterações nos nossos algoritmos.
Até lá mantêm-se tudo como estava.

(Com base nas Guidelines 2010 do CPR)

sábado, 23 de outubro de 2010

Avaliação de desempenho

Novas avaliações de desempenho estão a ser entregues para conhecimento e para serem assinadas pelos TAE's.

Avaliações efectuadas por... enfermeiros?!?!?

Mas quem são os enfermeiros para fazerem avaliação dos TAE?

"Não reconhecemos capacidade de avaliação por parte dos enfermeiros quer a nível LEGAL, TÉCNICO E MUITO MENOS MORAL aos TAE"
O SIADAP não permite avaliações senão do Delegado regional, e nem ele pode delegar essa função.
É hora de chamar a atenção do CD do INEM, de mais uma barbaridade e atentado aos TAE.

O sindicato fez um comunicado em que se apela a todos os TAE para não assinarem tais avaliações.

A irresponsabilidade começa logo na 1ª linha do documento:
A colheita de indicadores sera efectuada pelos Enfermeiros Responsaveis SIV e/ou pelos
Enfermeiros responsaveis de Backoffice.
Só faltava mais esta mesmo!
Depois parte-se para a "avaliação por avaliação". Mais parece a check-list.

Grelha de avaliação:

1º Objectivo - Colaborar com o enfermeiro no SIV.
Colabora na verificação da operacionalidade do material.
Identifica o material existente
Conhece a localização do material na célula e nas malas
Cumpre as indicações do Enfermeiro
Respeita a decisão do Enfermeiro

2º Objectivo - Desempenhar correctamente as funções de TAE.
Apresentação cuidada
Fardamento regulamentado
Iniciativa / Proactividade (no socorro a vitima)
Critica Construtiva
Capacidade formativa para terceiros
Relacionamento com outros profissionais
Contacta directamente com vítima
Dá a conhecer a vitima os procedimento a efectuar
Apoia e da seguranCia a vitima/famiiia
Controla a ansiedade/curiosidade de família/populares
Envolve, quando pertinente, família/cuidadores/populares no processo de socorro
Assegura privacidade da vítima e família
Zela pelo sigilo profissional
Trabalha em equipa
Garante as condições de segurança (Local, DAE, outros)
Utiliza medidas universais de protecção
Demonstra conhecimentos
Utiliza procedimentos adequados

3º Objectivo - Garantir a operacionalidade da ambulância.
Presença operacionalidade do insuflador manual adulto
Presença operacionalidade do insuflador manual pediátrico
Presença e operacionalidade do aspirador
Presença e operacionalidade das balas de 02
Existência do conjunto completo de colares cervicais
Limpeza e higiene interna da Ambulância
Limpeza externa da ambulância
Trav6es
Pneus
Luzes
Sirenes
Aquecimento/Ar condicionado
Oleo
Água limpa para brisas
Combustível
Cartão Galp
Rádio
Intercomunicador
Cumpre a verificação da checklist
Repõe material em falta;
Informa devidamente quando detecta falta de material indisponível em stock

Aqui podemos ver que continuamos a ser um alvo para os enfermeiros.
Desde quando é que por iniciativa de enfermeiros se procede á elaboração de uma grelha de avaliação, sem conhecimento do CD, e pior, passando por cima dos direitos fundamentais dos trabalhadores, e com avaliação de... enfermeiros...???
Nem o sindicato teve conhecimento desta grelha, o que viola claramente a Lei.

Continuamos a assistir a estas barbaridades por parte dos enfermeiros, numa tentativa estúpida de subjugação e humilhação.
Esta avaliação não tem nexo, valor, fundamento, credibilidade e muito menos pode espelhar a realidade do dia a dia, demonstrando uma perfeita incompetência!

Enfim… “Enfermeirices”…

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enfermeiros no PH? Onde?

Ao longo dos últimos anos temos vindo a ser atropelados pela classe de enfermagem, numa tentativa de usurpar o lugar dos Técnicos de Ambulância de Emergência.
Frequentemente se pode ver, em notícias, blogues, etc., afirmações de que não se justifica criar uma classe de Técnicos para o Pré-Hospitalar, quando existem enfermeiros disponíveis para o efeito.
Estes ataques de treta continuam...

Os TAE foram criados em 2004, e desde então que se justificou a sua existência no PH por mérito próprio.
Nunca se procuraram protagonismos nem conflitos.
Nós temos a nossa função, perfeitamente consagrada em Diário da Republica, e trabalhamos todos os dias, dando o nosso melhor e sempre em prol do Instituto e da população.

Contudo, nos últimos 2 anos temos vindo a ser violentamente atacados pela classe de enfermagem.
Ora porque não temos competências, ora porque se as queremos é porque as roubamos aos enfermeiros, ora porque a nossa formação é mais cara ou porque somos uma solução barata.

Primeiro gostava de saber que competências estamos a roubar aos enfermeiros.
Segundo, ainda não percebi a mais-valia dos enfermeiros no CODU. Já tive oportunidade de fazer uma análise á sua saída dos CODU.
Terceiro, digam-me Srs. Enfermeiros onde é que tiraram a ideia que é mais vantajoso ter Enfermeiros no PH do que Técnicos devidamente qualificados para o efeito?

Durante muito tempo nos apelidaram de incompetentes, básicos etc. E ao mesmo tempo sempre apregoaram que a nossa formação foi dada por enfermeiros…
Pois bem. A nossa formação vai passar a ser dada por médicos e entidades devidamente credenciadas para o efeito, conseguindo com isto ter mais e melhor formação.
Não vamos roubar competências a ninguém. Elas são-nos delegadas por Médicos, e não por enfermeiros.

Já leram as novas Guidelines 2010 publicadas pelo CPR?
Pagina 26:

Reanimação pré-hospitalar Operacionais do SEM
Há diferenças consideráveis na estrutura e processo dos sistemas de Emergência Médica (SEM) através da Europa. Há países que adoptaram um modelo baseados quase exclusivamente em paramédicos / técnicos de emergência médica (TEM) enquanto outros incorporaram médicos em maior ou menor grau. Os estudos indirectos comparando resultados da reanimação entre sistemas com médicos e outros são de difícil interpretação por causa da enorme variabilidade entre sistemas, independentemente da presença de médicos. Dada a inconsistência dos dados, assume-se que a inclusão ou não de médicos nos sistemas de emergência pré-hospitalar para resposta a PCR depende em larga medida das políticas locais.

ONDE FALA DE ENFERMEIROS? EM LADO NENHUM!

Temos uma classe profissional de enfermagem, que não debate o aspecto técnico do PH. Debate a quem deve pertencer o lugar! Não promovem diálogo, falam para o ar! Tentam fazer política, e acabam a cair no ridículo.
Neste momento a classe de enfermagem apresenta-se desconhecedora da nossa realidade, e com um único objectivo: atacar outras classes profissionais.
Já se viraram contra os auxiliares, médicos, técnicos de análises, fisioterapeutas, cardiopneumologistas etc., e agora os TEPH. Por este andar ainda se viram contra o CPR ou o CER.

Mas numa coisa tem razão: Portugal parece um “pais de outro planeta”. É um País que dá demasiada importância a quem a não tem. Porque no final de contas, toda a comunidade está de acordo com a criação dos TEPH, menos a classe de enfermagem.

Em tom de ironia, Portugal pede desculpa aos enfermeiros, por ainda não existir um Presidente da Republica enfermeiro. Um PM enfermeiro, com os seus ministros enfermeiros. Onde acabem com os médicos e se coloquem enfermeiros no seu lugar.
Enfim, pedimos desculpa por querermos evoluir. E evoluir no bom caminho.

Mas não pedimos desculpa por querer o melhor para a população, criando uma classe profissional direccionada ao PH, em vez de “tapar o sol com a peneira”. Porque de peneiras estamos fartos!

SABER FAZER E SER! PORQUE A VIDA É UM DIREITO!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O desespero!

Hoje podemo-nos deparar com uma notícia no “i” de um “grupo” de profissionais, que tenta a todo o custo mostrar o que só eles conseguem ver.
Se neste momento os TAE fossem substituídos por enfermeiros, posso desde já garantir que a despesa corrente apenas com as renumerações base, passavam para mais de 250%, sem contar com o custo inerente a tal substituição (ridícula).
Mas como os TAE já estão de alguma forma habituados a ver “grupos” de pseudo-intelectuais atentarem contra nós numa tentativa desesperada de manter os tachos, só me resta dizer uma coisa: continuem a tentar. Pois noticias, e entrevistas de “grupos”, ridículas como esta notícia é, só nos da para refastelar no sofá e rir. Porque neste momento RIR é o melhor remédio.

“A formação dos novos técnicos de emergência pré-hospitalar vai custar pelo menos o triplo (cerca de 2 milhões de euros) quando comparada com formações do INEM para enfermeiros e médicos que queiram trabalhar em emergência médica. Só uniformizar a formação dos actuais operacionais dos centros de emergência e do suporte básico de vida, cerca de 843 técnicos, vai custar 1 389 840 euros, segundo a estimativa avançada ao i por um grupo de profissionais ligados ao pré-hospitalar e às formações do INEM, tendo em conta o custo por hora de formações internas e externas.”

Ora aqui inicia uma tentativa desesperada de inverter os factos por “um grupo de profissionais ligados ao pré-hospitalar”.
Caso estes senhores, que só devem ser apelidados de ignorantes, não saibam, grande fatia dessa formação chama-se RECERTIFICAÇÃO.
O que quer dizer que com nova carreira ou sem ela, tinha que ser feita.
Para “um grupo” que se diz conhecedor do pré-hospitalar começa mal.
Mas aqui também podemos ver, quanto ganham os enfermeiros nas formações.
1 389 840 euros a pagar a formadores da casa, segundo a noticia diz. Sendo metade deles enfermeiros e sabendo que um enfermeiro ganha mais que um TAE, em grosso modo mais de 70% é para enfermeiros. TACHO!

“A uniformização começou este ano, com formadores internos, e soma um total de 472 horas, a que acrescem mais 1000 horas de formação de nível cinco, superior, com um custo estimado de 716 mil euros. Já os moldes da formação adicional que inaugura a carreira de Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) - que segundo o plano elaborado pela anterior direcção do INEM e aprovado pelo secretário de Estado Adjunto da Saúde Manuel Pizarro será assegurada por entidades do ensino superior e acreditadas pelo INEM - estão ainda a ser ultimados, mas o currículo apresentado pela anterior direcção teve o parecer desfavorável da Ordem dos Enfermeiros. “

A formação de TEPH não fica ao encargo do INEM, mas sim dos formandos.
Cada tiro cada melro!

(…)

“Para os enfermeiros do pré-hospitalar ouvidos pelo i, além de ser mais cara, a formação prevista para os TEPH não trará qualificações para os actos que lhes são atribuídos no novo plano, como proceder à observação clínica das vítimas, isolar vias áreas, identificar ruídos respiratórios de risco - sobretudo pela falta de experiência em meio hospitalar, onde os enfermeiros têm de estar dois anos antes de fazer emergência pré-hospitalar. "Estamos a falar de pessoas que têm o 9.o ano ou as Novas Oportunidades, fazem 1500 horas de formação e acredita-se que estarão habilitadas a realizar actos complexos e de grande diferenciação como por exemplo espetar uma agulha num pulmão ou fazer uma desobstrução de via área.”
Mais uma vez IGNORANCIA. GRANDE parte dos actuais TAE não tem “somente” o 9º ano, mas são licenciados em diversas áreas, com notas de entrada em cursos superiores maiores que 9,6 valores…
"experiência em meio hospitalar, onde os enfermeiros têm de estar dois anos antes de fazer emergência pré-hospitalar" se assim é existem algumas SIV que tem que fechar!

Avançar este ano com a uniformização de formações, no fundo habilitar os técnicos de ambulância de emergência (TAE) e também os técnicos operadores de telecomunicações de emergência (TOTE), coincidiu com a descontinuação da formação interna dos enfermeiros para actuarem nas ambulâncias SIV, apontam ainda. Neste momento só estão a funcionar 28 das 40 previstas. "Se falta entrarem em funcionamento 14 ambulâncias SIV em todo o país, o que é que significa suspender a formação?", questionam.

Contactado pelo i, o INEM diz que as questões vão ser alvo de uma análise cuidada "tendo em conta os compromissos anteriormente assumidos e também a realidade do momento actual do país". Estão agendadas reuniões com entidades representativas dos vários grupos, respondeu ao i o gabinete de comunicação. Hoje o Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência reúne-se com o secretário de Estado Manuel Pizarro. Em cima da mesa estão os diplomas legais da futura carreira.

Resumindo, ao que parece existem GRUPOS de enfermeiros, mal informados, que se julgam detentores de toda a verdade, quando nem sequer sabem como vai ser efectuada a nova formação, onde e quanto vai custar, e a quem vai custar. E quando não sabem limitam-se a mandar "postas de pescada" para o ar a ver se alguem os ouve.
São estes senhores que querem "tomar conta" do pré-hospitalar?
Com tanta sabedoria ainda trocam as adrenalinas por midazolam...
Este tipo de campanhas já vem sendo hábito por parte de alguns grupos de pessoas, ditas profissionais ligados ao pré-hospitalar.
Lamentavelmente continuamos a ver tentativas de desinformação da opinião pública, com vista a servir os objectivos de alguns em detrimento do bem comum.


Bandos...



(Notícia completa no "i")

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mensagem do Presidente do INEM

Caros Colaboradores (TODOS, desde os meus parceiros do Conselho Directivo até ao segurança, por quem passamos todos os dias),

Iniciei, recentemente, funções como Presidente do Conselho Directivo do INEM. Como sabem, além de conhecer razoavelmente a sua estrutura (fui Director Regional INEM Norte de 2003 a 2008), conheço também a sua vertente operacional (VMER, CODU, Heli, etc.), os seus principais parceiros (de pré-hospitalar e hospitalar) e, principalmente, conheço bem as pessoas que com o INEM colaboram, quais as suas dificuldades, anseios e ambições.

O INEM depara-se com um conjunto vasto de situações que necessitam de atenção e resolução. Não prometo a resolução de todas e muito menos de imediato. Mas muitos saberão que não conheço a palavra impossível e que não perco dois segundos com as tarefas fáceis. A minha área de actuação é a das tarefas difíceis, mas exequíveis. Num clima em que as pessoas são valorizadas e envolvidas. Em que são, verdadeiramente, tratadas como pessoas e incentivadas a dar o seu melhor. Em que o resultado final é fruto do trabalho de todos e o sucesso é por todos repartido (se houver fracassos, esses serão unicamente da minha responsabilidade).

É isso que vos peço. É isso que vos prometo: um INEM de todos, formado por todos e que a todos irá dar espaço para pelo desenvolvimento dos seus potenciais, em que no final, de uma forma natural e simples, quem sairá amplamente ganhador será o cidadão, razão única da nossa existência.

Da minha parte e, estou certo, dos restantes membros do Conselho Directivo, podem contar com as seguintes orientações gerais:

- total empenho e entusiasmo em construir um INEM cada vez mais eficaz;
- assegurar uma fluida comunicação entre todos;
- primar pela eficiência na utilização dos recursos disponíveis;
- tratar todos os profissionais em primeiro lugar como pessoas e só depois como técnicos;
- promover um SIEM que, sem corporativismos, procure sempre a melhor solução centrada no cidadão;

Há espaço para todos. Há necessidade de todos. Todos seremos poucos. E, por isso, eu preciso de cada um de vocês. Preciso que cada um dê, diariamente, o seu melhor por esta importante Instituição em que todos temos a honra de trabalhar.

Termino estas breves palavras desejando ver espelhada em cada rosto esta minha vontade, este meu entusiasmo, esta minha firme convicção de que, juntos, conseguiremos.

Bom trabalho!!!

Miguel Soares de Oliveira
Enviado a todos os colaboradores via interna.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novas Guidelines 2010

As novas guidelines do "The European Resuscitation Council" já estão disponíveis para consulta.
No DAE, dá-se ênfase em minimizar as pausas pré e pós-choque. Deve-se manter compressões enquanto o aparelho efectua a carga para efectuar a desfibrilhação.

A pausa para desfibrilhação deve manter-se não superior a 5 segundos.

Nas Síndromes Coronárias Agudas, as recomendações para utilização de ácido acetil salicílico (AAS) foram mais liberalizadas; o AAS deve ser administrado pelas testemunhas com ou sem presença de operacionais dos SEM

O AAS deve ser administrado pelo primeiro profissional de saúde que contacta o doente, por quem ajuda o doente ou pelo centro de orientação de doentes urgentes. A dose inicial de AAS mastigável é de 160-325 mg. As formas solúveis ou ev devem ser tão eficazes como a mastigável.
Até ao presente momento, o AAS só deve ser administrado pelos TAE com ordem expressa dos médicos CODU. Aguarda-se a análise por parte do INEM e novas ordens.

Recomendo a leitura atenta das paragem cardíacas em situações especiais: envenenamentos, afogamento, hipotermia acidental, hipertermia, asma, anafilaxia, cirurgia cardíaca, trauma, gravidez e electrocussão.


Quanto a modificações no SAV, a atropina na assistolia ou AEsP desaparece.
A adrenalina passa a ser administrada depois do 3º choque, assim como amiodorona.
Deixa de ser recomendada a administração de drogas pelo tubo endotraqueal quando não se consegue acesso venoso, devendo ser administradas via intra-ossea.



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O início da carreira.



Em 1795, a imagem duma carruagem puxada por cavalos com pessoal médico treinado, foi criada pelo Barão Larrey para Napoleão durante sua campanha na Prússia.

Assim “nasceu” a era do tratamento pré-hospitalar, e não mais parou de evoluir.
Agora dá-se mais um passo nessa evolução em Portugal.

Os médicos têm como símbolo o caduceu.
Os enfermeiros a lâmpada a cobra e a seringa.
Os Técnicos de Emergência Médica, a estrela da vida.

E é esse símbolo que nós envergamos todos os dias nas nossas camisolas. Porque tal como os médicos e enfermeiros, também nós temos a nossa missão e os nossos valores.

Para quem tinha dúvidas acerca da evolução dos TAE e da criação de uma carreira, de um profissional especializado para o pré-hospitalar, hoje pode ter a certeza que vai avançar.

Já em 2008 se “profetizava” este caminho.

Dizia Abílio Gomes, que em 2011 a revisão do orçamento do Instituto teria de acompanhar a nova dimensão de respostas e para tentar combater a falta de meios humanos, defendeu a criação de uma carreira profissional semelhante à dos paramédicos.

"Criar uma carreira profissional que valorize a intervenção dos actuais tripulantes das ambulâncias de socorro e de emergência. Valorizá-los até que pudessem ter capacidade de actuação semelhante à dos paramédicos", afirmou.

Vítor Almeida (Presidente da Associação de Medicina de Emergência) recorda que esta é uma reivindicação antiga e que apenas peca por tardia.

E os primeiros passos após a aprovação da carreira já começaram.

Estão em curso inúmeras certificações do curso de TAS em todas as Delegações do INEM, tanto para TAE’s como para TOTE, com vista a que todos os profissionais do Instituto tenham todas as condições para ingressar na nova carreira.

Os cursos iniciaram este mês e vão prolongar-se até Agosto do próximo ano.
Para ingressar na carreira TEPH é necessário ter o curso de TAS e TOTE válidos.
Desta forma começa já o Instituto a preparar terreno para que não haja entraves á promoção de TAE para TEPH, e respectiva formação.
Desengane-se quem pensa que a recertificação não tráz nada de novo.
Quem agora inicia estes cursos, está não só a recertificar o TAS, mas principalmente a dar os primeiros passos na nova carreira.

TAE