Nos últimos dias temos visto uma campanha de ódio e mentira contra
o INEM com o único objectivo de atacar os TAE e tentar acabar com esta
profissão e as suas competências.
E para isso nada melhor que tentar "empurrar" o Dr.
Miguel Oliveira para fora do INEM...
Senão vejam:
Reparem bem, como os deputados no inicio da audiência tem uma
visão sobre as competências e no final outra completamente diferente.
A isso chamo-lhe de descontextualização.
E já agora desafio quem diz que foram proferidas mentiras pelo
STAE nesta audiência, a apontar uma que seja e sem grande dificuldade irei
refutá-la.
Apenas 3 o são: Electrocardiograma, intubação (PCR) e
administração de fármacos.
Eis as nossas competências.
6. Ao TAE compete em particular:
a) Tripular veículos de emergência médica pré -hospitalar na generalidade e em
particular ambulâncias e motociclos de emergência médica; (Já o fazemos desde 2004)
b) Proceder à avaliação do local da ocorrência, em particular no que
respeita às condições de segurança e necessidade de meios de socorro
adicionais; (Já o fazemos desde 2004)
c) Proceder à triagem primária em situações de exceção;
(Já o fazemos desde 2004)
d) Proceder à avaliação da vítima de doença súbita ou de acidente e da grávida; (Já o fazemos desde 2004)
e) Avaliar o estado de consciência da vítima através de instrumentos de
avaliação adequados; (Já o fazemos desde 2004)
f) Permeabilizar a via aérea em diferentes contextos recorrendo para isso a:
a. Técnicas manuais; (Já o fazemos desde 2004)
b. Adjuvantes básicos, como o tubo orofaríngeo; (Já o
fazemos desde 2004)
c. Dispositivos supraglóticos. (NOVA)
g) Avaliar a ventilação de uma vítima; (Já o
fazemos desde 2004)
h) Identificar ruídos ventilatórios que traduzam situações de risco para a
vítima; (Já o fazemos desde 2004)
i) Administrar oxigénio; (Já o fazemos desde 2004)
j) Realizar ventilação assistida com insuflador manual através de máscara
facial ou através de dispositivo supraglótico; (Já o fazemos desde 2004 com insuflador manual e mascara)
k) Controlar hemorragias com recurso aos seguintes procedimentos:
a. Compressão direta; (Já o fazemos desde 2004)
b. Compressão indireta; (Já o fazemos desde 2004)
c. Aplicação de agentes hemostáticos aprovados pelo INEM; (Já o fazemos desde 2004)
d. Aplicação de torniquetes. (Já o fazemos desde 2004)
l) Preparar e administrar medicação de acordo com os algoritmos de atuação
aprovados pelo INEM e exclusivamente após validação médica do CODU para o
efeito; (NOVA)
m) Avaliar os diferentes tipos de lesão, estabelecer prioridades e atuar em
conformidade; (Já o fazemos desde 2004)
n) Efetuar manobras de reanimação cardiorrespiratória nas vertentes de adulto,
pediátrica e neonatal, de acordo com os protocolos de SBV, podendo recorrer a
DAE se possível e necessário; (Já o fazemos desde 2004)
o) Medir os sinais vitais; (Já o fazemos desde 2004)
p) Medir a glicemia capilar; (Já o fazemos desde 2004)
q) Medir a saturação periférica de oxigénio; (Já o
fazemos desde 2004)
r) Realizar a monitorização do ritmo cardíaco e enviar eletrocardiograma de 12
derivações para os locais definidos pelo INEM; (NOVA)
s) Proceder à recolha de informação, através de técnicas adequadas, que contextualize
o evento que motivou o pedido de socorro, o historial clínico, a medicação
habitual, entre outras; (Já o fazemos desde 2004)
t) Em situações de parto de emergência, salvaguardar a higiene e segurança da
mãe e recém -nascido; (Já o fazemos desde 2004)
u) Proceder à limpeza de feridas; (Já o fazemos desde
2004)
v) Proceder à imobilização de fracturas; (Já o fazemos
desde 2004)
w) Proceder à imobilização e extração de vítimas de trauma; (Já o fazemos desde 2004)
x) Efetuar o transporte e o acompanhamento das vítimas ou grávidas para os
serviços de urgência adequados ao estado clínico e em conformidade com o
definido pelo CODU; (Já o fazemos desde 2004)
y) Proceder à montagem de postos médicos avançados e hospitais de campanha; (Já o fazemos desde 2004)
z) Operar os sistemas de informação e telecomunicações que integram os veículos
de emergência; (Já o fazemos desde 2004)
aa) Participar na formação dos profissionais que integram o SIEM. (Já o fazemos desde 2004).
Vendo a audiência do STAE, consegue-se perceber em que
contexto e como são introduzidas as 3 novas competências, pelo que não vou
desenvolver aqui.
Alarmar a opinião pública e a Comissão para a Saúde a dizer que os
TAE vão passar a fazer "partos de emergência"... Meus caros, CASO
ESTEJAM DESFAZADOS DA REALIDADE, informo que já o fazemos desde 2004!
De salientar, que todas estas competências, são também
as competências dos TAS que existem nos corpos de bombeiros.
E interpor uma providência cautelar (como foi feito
pela OE) é COLOCAR EM CAUSA 100% do socorro em Portugal.
Já alguém pensou nisto? É que se o tribunal dá
provimento à providência cautelar, quer dizer que nenhum TAS (seja TAE,
Bombeiros ou Cruz Vermelha) pode praticar aquelas competências...
Gostava de referir que a administração de fármacos já é feita pelo
próprio doente ou familiar, tal como por exemplo Glucagon, Broncodilatadores ou
Adrenalina, em situações de risco de vida.
Infelizmente, os senhores enfermeiros preferem que os TAE não
façam estes procedimentos e que a vítima morra!
Já agora, passo a explicar a todos que ambulâncias SIV são
compostas por um TAE e um Enfermeiro, e ambulâncias SBV são compostas por 2
TAE.
Ora, se a proposta da OE é que todas as SBV passem a ter um
enfermeiro, das duas, uma:
1-
Desconhecimento
da realidade, já que uma ambulância com um TAE e um Enfermeiro é uma SIV e não
uma SBV.
2- Querem
que os enfermeiros SUBSTITUAM os TAE, para fazerem exactamente o que os TAE
fazem: Suporte Básico de Vida (unicamente para resolver o problema de
desemprego deles).
E aqui é que o feitiço se vira contra o feiticeiro. Quem quer afinal substituir
quem?
Ora, então a única coisa que estes senhores propõem é que continue
tudo na mesma, e não se apresentem soluções para melhorar o SIEM, a emergência
pré-hospitalar (manter SBV's), mas que os TAE sejam despedidos e
substituídos por... enfermeiros a fazer coisa nenhuma!
Mais: Enfermeiros nos CODU? De onde já foram… corridos?
No ultimo concurso para TOTE, foram admitidos à formação alguns
enfermeiros, que após alguns dias, DESISTIRAM dizendo que aquela profissão não
era para eles... pois era uma pressão muito grande e desgastante.
Quantos enfermeiros concorreram no último concurso para
Enfermeiros para o INEM? Cerca de 80.
Quantos enfermeiros concorreram no último concurso para TAE? Mais
de 400...
Haja coerência meus amigos.
A OE defende que nos aproximemos daquilo que se pratica lá fora?
Concordo. Agora vejam isto:
Comentem, partilhem e denunciem esta campanha cabal contra o INEM,
contra o Dr. Miguel Oliveira e principalmente contra os TAE, pois não acredito
minimamente que as pessoas que estão a cuspir no prato onde comeram tanto tempo
e agora fazem esta campanha suja, tenham boas intenções.
Quando, sim QUANDO perderem esta batalha, não se esqueçam quem cá
fica.
Adiantando-me a alguns sô dôtôres, que ai vem com a evidência cientifica, e curso superior e blá blá blá... só uma coisinha: já está toda a gente farta de vos ouvir palrar.
E quando derem pela queda... vão ver que o tiro que deram não foi nos TAE, mas sim em vocês próprios.
Para finalizar:
- Anterior e actual Governo.
- Anterior e actual direcção do INEM.
- Anterior e actual direcção da Ordem dos Médicos.
- Comissão de reavaliação da rede nacional de emergência.
- ANTERIOR DIRECÇÃO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS (de onde já fazia parte o atual Bastonário).
Todos os mencionados apostam, validam e aprovam novas competencias para os TAE.
DUVIDAS?
Não façam aos outros o que não querem que vos façam a vocês,
pode acontecer-vos isto: