Estamos a entrar em Setembro e ainda pairam muitas dúvidas no ar, e as certezas são escassas.
Apenas a certeza da carreira e de uma grande luta pela frente.
A carreira está aprovada pelo secretário de estado, contra a vontade da Ordem dos Enfermeiros, e dos Sindicatos dos Enfermeiros, mas com a aprovação do MS, INEM, Ordem dos Médicos, STAE ANTEPH E SINAPEM.
Falta serem publicados os diplomas legais, para que todos os ministérios (Ministério da Saúde, Finanças e Educação) possam definitivamente aprovar todos os aspectos da carreira.
A esse respeito existem muitas “informações” contraditórias, que dão como “morta” a carreira TEPH. O que não nos podemos esquecer é que a carreira TEPH não é um capricho de quem quer que seja, mas antes uma necessidade absoluta para este País.
Não valeu a pena tentar abafar ou controlar este processo, nem vale a pena continuar a tentá-lo.
Está feita a carreira. Está aprovada. Existe!
Novos colegas (TAE e TOTE) iniciam agora trabalho, aumentando assim o número de efectivos do INEM. São operacionais que fazem serviço em ambulâncias e serviço no CODU.
De estranhar é que o contrato destes novos profissionais seja para exercer funções de TAE, e não de TOTE, estando a cumprir 2 horários distintos (12h e 8h).
As linhas de orientação do CODU, para saída de ambulância e/ou transporte ao SU, estarão para mudar (para melhor?!), baseando-se numa relação de confiança CODU/TAE, que é coisa que não existe neste momento. Mas pela vontade dos responsáveis, não parece que tal venha a acontecer, pois esta mudança exige esforço, determinação e coragem.
Vão ser efectuados os acertos relativos às horas compensatórias de feriados e turnos extra, assim como o acerto do subsídio de turno pago indevidamente em 2009.
E deveriam ser acertadas outras contas com a direcção de recursos humanos, que continuadamente atenta contra os nossos direitos e carreira.
Não se entende como é que uma directora de recursos humanos além de ir contra ordens directas do SEAS, de actuar á revelia, e de tentar prejudicar constantemente o bom funcionamento da instituição e nomeadamente os TAE’s, ainda continua no poleiro a planear a próxima etapa do que parece ser uma “vendeta” contra os funcionários do Instituto.
Diz esta “senhora” que deveriam passar os turnos dos TAE para 8h, no entanto continuamos a ver outras classes profissionais a trabalhar 24h, quando onde e como lhes apetece. O que nos leva a próxima questão.
O que andam a fazer alguns elementos de coordenação da DRN?
Na DRN avizinham-se mudanças difíceis. Conhecida por ser uma delegação que “atropela” constantemente as directivas do CD do INEM, e onde existe falta de coordenação e motivação, a DRN é neste momento uma Delegação em “cuidados paliativos”, que mais parece uma delegação da Directora de recursos humanos…
Por exemplo SIV’s ficaram proibidas de efectuar turnos de 24h (para TAE). Foi esta a ordem que saiu da DRN, mas a mesma pessoa que deu esta ordem, pouco depois foi á SIV fazer um turno… de 24h.
Ao proibir turnos de 24h (12h+12h) está a prejudicar os colegas que foram colocados nesta ambulância, obrigando-os a efectuar o dobro das viagens, tendo o dobro da despesa que tinham até aqui.
É certo que as 24h nunca foram regulamentadas, mas enquanto foi da “conveniência de serviço”, ninguém falou que seria ilegal, mas agora que é necessidade (mais que justificada) dos TAE, já não se pode fazer 24h.
Estão a ser colocados mais 4 elementos em alguns grupos de 2 Ambulâncias, havendo neste momento um excedente de TAE’s o que obriga a que não possam efectuar as horas mensais na sua totalidade, ficando assim obrigados a acumular horas no banco de horas.
Se for da conveniência de serviço, podem-se ter mais de 6 dias de trabalho consecutivo, ou mais de 5 folgas seguidas. Tudo depende do coordenador de BackOffice.
Mas se for por pedido do trabalhador, seja porque motivo for (inclusive formação da área as custas do próprio trabalhador), a resposta é sempre a mesma: A Lei não permite. A não ser que seja da conveniência de alguns, defendendo assim o corporativismo de alguma classe profissional.
Faz-se o que se quer e apetece, impunemente.
As Ambulâncias do Instituto devem ser tripuladas por 2 TAE, disso já ninguém tem duvidas, com excepção da Recém-nascidos, que como sabemos é com um TAE e equipa Médica.
Se assim DEVERIA ser porque continuam a ser assegurados turnos por pessoal não-TAE? Nomeadamente pessoal da Logística, cujo contracto de trabalho é LOGÍSTICA, e continuam a efectuar turnos extra de Sexta para Sábado e ao fim de semana durante o dia? É por falta de TAE’s para colmatar alguma falta? Não! É por falta de coordenação e competência da DRN.
Mas é compreensível que estas situações aconteçam. Afinal existem 7 coordenadores de BackOffice (enfermeiros) o que torna propicia a criação de problemas onde não existem. Os problemas nesta delegação são proporcionais ao número de efectivos de BackOffice.
A forma de tratar deste “cancro” é com a demissão dos órgãos desta delegação, a começar no delegado regional e a acabar nos pseudo-coordenadores de recursos humanos, que só fazem o que lhes convêm, tal como os turnos extra de Sábado para Domingo em SIV’s distantes da delegação, com deslocação em carro de serviço.
Mas quando chega a hora de corrigir fichas de PCR das SIV e SBV’s (coisa que dá trabalho), conferir folhas de horas, etc, colocam-se TAE’s a fazer o serviço de administrativos ou mesmo de enfermeiros.
Já basta de tanto atropelo e de tanto encher os bolsos á custa de terceiros. O caminho para estes senhores tem que ser traçado rapidamente, correndo o risco de se tal não for feito, se manter o declínio desta delegação e consequentemente do próprio INEM.
Mas esta é uma altura de união e não de desunião.
Se existe um tempo em que TODOS os TAE e TOTES se precisam de unir é AGORA.
É tempo de deixar as quezílias para trás, e lembrarmo-nos que os nossos objectivos não são a curto prazo, mas sim a médio - longo prazo.
É tempo de apostar em nós (TAE e TOTE) em detrimento das “chefias” que só orientam os seus próprios interesses.
Se não nos unirmos agora, se não lutarmos todos pelos mesmos objectivos, então não valeu o esforço dispendido, não conta o suor e as lutas travadas até aqui. Porque se não há união, não somos melhores que eles. Desunião é sinónimo de interesses pessoais e de interesses de outras classes, que só querem “dividir para conquistar”.
É do nosso futuro que se trata. Da nossa carreira. Do futuro da Emergência Médica em Portugal. Não tenhamos dúvidas, o Pré-Hospitalar está nas nossas mãos. Só não o podemos deixar fugir virando as nossas forças e lutas para o lado errado.
Não vamos olhar para os outros de cima para baixo. Não vamos tentar ser superiores a nada nem a ninguém. Vamos olhar os desafios olhos nos olhos, ao mesmo nível, porque NÓS somos superiores a guerrinhas sem sentido, e a indivíduos que só querem semear discórdia, na tentativa de encher os bolsos a custa do “Zé-povinho”. Já chega!
Seremos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, mas seremos sempre Técnicos de Ambulância de Emergência; somos nós que vamos à luta, para garantir um futuro melhor para os TEPH.