quinta-feira, 30 de setembro de 2010

INEM transporta centenas de doentes não urgentes

Estudo revela que 52% dos transportados pode aguardar uma hora ou mais no hospital
O estudo realizado por Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE), no primeiro semestre deste ano, em três ambulâncias da Área Metropolitana (Porto, Matosinhos e Maia) concluiu que em 52% dos casos os utentes transportados recebem pulseiras azuis, verdes e amarelas quando chegam ao hospital.
Ou seja, segundo as normas da Triagem de Manchester, os amarelos podem esperar até uma hora para serem atendidos e os verdes e os azuis entre duas a quatro horas. Note-se que, na realidade, estes tempos são muitas vezes ultrapassados.
O estudo, que será apresentado hoje no Congresso Nacional de Emergência Médica que decorre em Lisboa até amanhã (...), mostra que a missão do INEM de transportar doentes urgentes, em risco de vida, está largamente ampliada.
Não é a primeira vez que os TAE garantem que transportam de tudo, até unhas encravadas, como o JN noticiou em Janeiro passado. Mas agora apresentam números concretos.
As três ambulâncias estudadas saíram 2916 vezes de Janeiro a Junho. Do total, transportaram 145 doentes que receberam no hospital pulseiras azuis e verdes, 1388 que receberam a pulseira amarela, 626 a laranja e 110 a vermelha. 84 doentes morreram (80 com paragens cardio-respiratórias). Há ainda 469 doentes que recusaram ser transportados ao hospital e 16 que já tinham sido levados quando a ambulância chegou.
Do total de accionamentos, 25 ambulâncias receberam ordem do CODU para não transportar o doente ao hospital por não preencherem os critérios de emergência.
É aqui que algo estará a falhar. Pedro Moreira, do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE), entende que devem ser redefinidos os critérios de não transporte do doente. Ricardo Rocha, líder do STAE, vai mais longe e defende a responsabilização do utente que chama o INEM sem estar verdadeiramente em risco de vida.
“Aqueles que recebem pulseiras azuis e verdes deviam pagar o transporte ao INEM, é dinheiro de todos nós”, sustenta Ricardo Rocha. O facto do transporte ser gratuito leva, frequentemente, os utentes a empolar os sintomas. Quedas e excesso de álcool foram os azuis e verdes mais transportados pelas ambulâncias estudadas.
Cada transporte em ambulância do INEM custa em média 25 euros. O que permite concluir que os 145 doentes azuis e verdes significaram um desperdício de 3625 euros. Se tivermos em conta que o Ministério da Saúde paga aos hospitais 147 euros por cada entrada numa urgência polivalente (portaria nº132/2009 de 30 Janeiro), podemos concluir que aqueles doentes custaram ao erário público cerca de 25 mil euros, além de terem ajudado a entupir as urgências.
“Há pelo menos 5% de utentes que não devíamos transportar nunca e outros tantos amarelos que também não. 5% pode parecer pouco, mas quando multiplicado pelas ambulâncias de todo o país estamos a falar em milhões de euros mal gastos”, refere Ricardo Rocha.
Em resposta ao JN, a direcção do INEM reiterou que segue uma recomendação da Direcção de Emergência Médica que manda, em caso de dúvida, transportar o doente ao hospital.

(Ver noticia completa em JN)


Um unico comentário: OS CODU SÓ TEM DUVIDAS!!!

33 comentários:

Anónimo disse...

Existe também algo muito grave na minha opinião..

Existem neste momento muitos utentes que simplesmente já conhecem o sistema....

Quem os ensinou não sei.. mas facto é que já recebi chamadas em que a pessoa que ligou dizia estar com "dispneia".. (note-se dispneia e não falta de ar) e quando perguntei o que era dispneia, a mesma por e simplesmente não sabia, mas o bombeiro lá da terra disse para dizer isso senão a ambulância não iria!

Acontece também inventarem sintomas e quando lá chega a ambulância verifica que o motivo de accionamento não corresponde à verdade.... no entanto também admito erros no CODU.. onde há pessoas há erros.... umas vezes culpa do TOTE, outras o médico entende que é para mandar ambulância.

Mas na minha opinião tudo se resolveria se houvesse mais abertura para pelo, menos nos casos em que se detecta que o utente mentiu no pedido de ajuda, e o TAE achar não haver criterio de emergencia se pudesse deixar o doente em casa e não haver transporte...

acreditem ou não doentes a mentir e inventar sintomas é o que não falta TODOS OS DIAS

Unknown disse...

Na realidade o estudo foi mal feito: Deduzir que o facto de ter uma prioridade verde não carece de atendimento num hospital é precipitado, aliás é mesmo mentira.

Deduzo que nesta como noutras questões quem conduziu o estudo não conhece verdadeiramente o sistema de saúde.

Quanto ao serviço de "táxi"... perfeitamente de acordo... Ponham pessoas competentes no CODU e que saibam diferenciar uma situação que necessita de cuidados hospitalares ou não.

http://saudeeportugal.blogspot.com

Unknown disse...

"Deduzir que o facto de ter uma prioridade verde não carece de atendimento num hospital é precipitado, aliás é mesmo mentira"

Onde é que leu isso?

Tae - DRN disse...

o magistral deve ser enf... so pode.
Realmente mais de metade dos transportes que fazemos, não tem razão de existir. Andamos a fazer de taxi dia e noite, e quando é preciso para situações mais sérias estamos nós ocupados com situações "minor".
Ainda no outro dia dizia o INEM: os transportes respondem a critérios rigorosos. O unico critério que ainda existe é o "transporta tudo".
Chegou mesmo a dizer-se que havia uma circular que indicava "ambulância no local, é para transportar".
Ou seja eu posso ligar 112 e dizer que estou com falta de ar, que logo vem um ambulância.
E mesmo que o TAE diga ao operador e este diz ao médico que NÃO tem realmente dispneia e que só quero é boleia para o Hospital, o médico diz TRANSPORTE.

Já me aconteceu inumeras vezes com os "clientes habituais".

eu disse "o utente diz que so quer boleia para o Hospital, porque mora la a beira e nem vai entar no SU" TEXTUALMENTE!
Para quem conhece na DRN era o "Quim maluco".

Anónimo disse...

Já agora... alguém sabe o que se passa com o inem.info???

TAE - AEMINIUM disse...

Tirando o comentário infeliz do pouco magistral estratega....concordo com tudo o que aqui se diz no geral.
Sim, porque esse ressabiado de não ser médico defende enf´s no CODU como alternativa. Para isso que vá trabalhar para o Saúde 24.
Enf´s no CODU NÃO SÃO NECESSÁRIOS. PONTO FINAL

Acrescento a este tema uma achega: (sei que posso ser criticado)

o problema é que em mtas cidades, não há alternativas ao transporte de algumas pataletas a uma Unidade hospitalar. Dou um exemplo:

As SBV em Coimbra transportam mais de 40% de pataletas, se bem que algumas precisam mesmo de ir ao hospital..de táxi..abtd´s...
O problema é que em Coimbra não há alternativas: CVP não faz transportes (são mto finos), os bombeiros voluntários (nem emergências se lhes pode pedir, qto mais transportes)...
Táxi?? Alguns mal têm dinheiro para comer..

Daí esta necessidade!!!

Anónimo disse...

e no meio de tudo também existem situações que me deixam parvo e passo a dar um exemplo.....
um miúdo que caiu a jogar à bola , com provável fractura do antebraço não tem critério de emergência porque não vai morrer devido a isso.
ok até posso concordar que não vai morrer por isso... Mas estamos a falar de uma criança cheia de dores... não se manda ambulância?.... estamos a falar de uma criança que tem o hospital mais próximo a 50km e pais sem dinheiro para pagar 25€ a um taxi... ok que não somos a santa casa da misericórdia.... mas isto não merece ser transportado por nós? não merece ser imobilizado por nós? pode não morrer por isso, mas já transportei bem pior, como as tais dispneias que afinal são a boleia até ao autocarro para ir para casa!

Anónimo disse...

Os meus parabéns ao colega Pedro Moreira, espero que seja o novo coordenador SAE NORTE.

Anónimo disse...

isso dava agua a mais...

Unknown disse...

Terei todo o gosto em explicar-lhes o porquê de não podermos associar a gravidade da situação à triagem de Manchester ou até o facto de a prioridade ser verde em termos de protocolo de Manchester e de facto ser urgente ou muito urgente o atendimento no Hospital...

E isto faz toda a diferença quando analisamos a credibilidade dum estudo de investigação. Chamem-lhes formalismos académicos mas são esses formalismos que impedem que qualquer charlatão invente um estudo.

Se quiserem saber porque é que o estudo está errado na sua concepção é só perguntarem... Dou uma aula de métodos de investigação de graça.

Quanto ao serviço de táxi concordo plenamente que tal não deve ser permitido mas como partem com 7 pedras na mão deduzo que também possam ser assim precipitados quando fazem as vossas avaliações "clínicas" por assim dizer...

Ah e sou enfermeiro mas em lado algum disse que teriam de ser os enfermeiros a fazer essa triagem?

Já agora digam-me qual o argumento para não ser um enfermeiro?

Preferem ser mandados por um médico do que por um enfermeiro? Nunca percebi essa fixação...

Unknown disse...

Ah... esqueci-me de comentar outra coisa...

Face àquilo que é a atitude preventiva (ou que deveria ser o paradigma da nossa saúde) como se encaixa isto na perspectiva do Sr Ricardo Rocha de que o utente tem de ser responsabilizado se o caso não for urgente?

É que isto carece de alguma explicação mas a batata quente não pode estar do lado do utente.

Vejamos um exemplo perverso da coisa: Um utente tem dor no ombro esquerdo mas não tem história de trauma nem agrava com o movimento porém é diabético, hipertenso e obeso no entanto (caso esta penalização existisse) como acha que até pode nem ser nada não contacta o 112 porque ainda pode pagar multa (apesar de eventualmente poder estar a ter um EAM)... Os custos associados aos tratamentos posteriores serão bem maiores e mais graves...

Portanto tal não se pode colocar! Propor isto só pode ou ser má vontade ou ignorância ou demagogia...

http://saudeeportugal.blogspot.com

Jorge Costa disse...

Bons dias a todos.
Antes de mais gostaria que quem escreve no blog se identificasse, isto porque parece que, quem escreve tem receio de dar a cara!
Este estudo foi feito para de uma vez por todas se resolvam alguns problemas que teimam em não acabar. A falta de profissionalismo de alguns "Profissionais" põe em causa uma classe seja ela qual for, desde o TAE ao Médico passando pelo TOTE e Enfermeiros, todos temos por obrigação de ter uma postura "PROFISSIONAL" e não usar o seu estatuto para seu proveito, mas sim, para ajudar quem realmente precisa, dentro do que é a sua competençia! quem realmente precisa de nós são os Doentes!!!

http://lideranca.aaldeia.net/competencia.htm

...A competência profissional não é somente uma condição de prestígio, é também uma questão de honestidade. "A maior imoralidade, escrevia Napoleão a seu irmão José, está em desempenhar um cargo que se não conhece"...

Anónimo disse...

Magistral ainda não percebeu que ninguém está contra o contacto 112 e o envio de ambulância?

Veja se percebe de uma vez por todas do que estamos a falar.

E se precisar de uma aula para perceber do que se fala aqui, também lha dou de graça, apesar de não ser professor.

Agora não fale em ignorância, porque continua a bater no ceguinho, a dizer que nós defendemos que não se deve mandar ambulância, quando o que dizemos é que depois de uma BOA AVALIAÇÃO, e da passagem de dados, continuamos a ter de transportar situações que não justificam.

Um “prova” disso (além da cor da triagem atribuída pelo enfermeiro) é que muitas vezes quando chegamos ao SU o ENFERMEIRO da urgência só nos diz: "E PORQUE É QUE TROUXERAM ISTO AO SU?" (textualmente).

Quantos e quantos entram no SU com pulseira amarela, verde ou azul, e passado 2 horas vão embora porque estão fartos de estar á espera?

Ou quantos querem ir de Ambulância porque pensam que são atendidos mais depressa?

O que está em causa NOVAMENTE não é sequer se deve ir ao Hospital, mas sim ir ao Hospital numa ambulância de Emergência.

Se neste tema alguém demonstrou ignorância foi o Sr. magistral, que teima em fazer demagogia pura (usando as suas palavras), tentando em todos os seus comentários “deitar abaixo” o estudo e os TAE’s, mas consegue contradizer-se…

É contra os “táxi” que fazemos não é? Então mas de que raio é que pensa que se está a falar?

Ou é contra os táxi, ou é contra o não os queremos transportar, agora ter duas opiniões só para poder opinar… acho que não fica bem a um licenciado…

Sr. Magistral nota-se no seu comentário muita “raiva”. Porque? Porque é que tem tanta raiva dos TAE?

Olhe, vou-lhe dar um concelho (e este é de graça também), no seu Hospital (São João) tem bons psiquiatras, vá até lá e fale com um, pois quer-me parecer que existem ai sentimentos “recalcados no subconsciente”…

E um apelo aos meus colegas TAE e ao autor do blog, para que deixem de responder a este senhor quando continua a fazer demagogia e demonstra tanta ignorância. Deixem-no tomar os comprimidos primeiro.

Unknown disse...

Magistral disse:
"Face àquilo que é a atitude preventiva (ou que deveria ser o paradigma da nossa saúde) como se encaixa isto na perspectiva do Sr Ricardo Rocha de que o utente tem de ser responsabilizado se o caso não for urgente?"

Resposta:
"Num folheto enviado aos utentes e às corporações de bombeiros de Sintra e Amadora, o hospital assegura que apenas paga "os pedidos de transporte validados pelo INEM". A administração alerta que "os transportes" de ambulância para o hospital, a pedido directo do utente, serão da sua inteira responsabilidade."

Ver noticia completa em
"http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1676630"

4º Parágrafo

Unknown disse...

Se eu tenho raiva aos TAE's o que será de alguns colegas seus em relação a mim pela forma como comentam...

A argumentação aqui está toda errada.

Partem do pressuposto que a triagem de Manchester é um bom indicador de que o doente precisa ou não de ir ao Hospital(SU) o que não é verdade. Sobre isto nem vale a pena dizer mais nada.

Depois os números apresentados na notícia indiciam que ter prioridade amarela implica não ser urgente o que também é mentira. Isto leva a inflacionar os números de supostos casos que não deveriam ser transportados por ambulância. Isto sim é demagogia.

Seguinte: Recusar o transporte se tal se justificar parece uma boa medida mas que critérios transparentes são usados para desclassificar a queixa do utente? Tem de ser claro isto.
No entanto onerar o utente sobre o que é possivelmente uma falsa urgência não é uma boa medida pela dissuasão de atitudes preventivas.

PS: Esqueçam a cor da pele, profissão ou sexo de quem expressa a opinião.
Se tivesse sido um TAE a dizer isto os comentários seriam diferentes?

Unknown disse...

Magistral disse:
"Partem do pressuposto que a triagem de Manchester é um bom indicador de que o doente precisa ou não de ir ao Hospital(SU) o que não é verdade"

Está mais que visto que o Sr. não entende nada do que se está a falar e só procura desviar o assunto.

Pela última vez: o que está em causa NÃO é se o doente deve ou não ir ao SU, mas sim se o deve fazer de AMBULÂNCIA DE EMERGÊNCIA.

Depois disse:
“Depois os números apresentados na notícia indiciam que ter prioridade amarela implica não ser urgente o que também é mentira.”

Isso é uma conclusão SUA e não do estudo nem dos TAE envolvidos.

Ainda referiu:
“Esqueçam a cor da pele, profissão ou sexo de quem expressa a opinião.
Se tivesse sido um TAE a dizer isto os comentários seriam diferentes?”

Está a ir pelo caminho errado. Cuidado.

Se não entende este facto, agradecia que não comentasse mais nada, e muito menos insinuando que algum TAE disse que esses doentes não precisavam de ir ao SU.

Tenha mais discernimento quando fala.

Anónimo disse...

Exmo. Sr. Magistral Estratega:

Dá a entender que é um individuo com problemas de visão, pois consegue distorcer tudo o que está escrito, ou então tem mesmo um problema psiquiatrico e pensa em perseguição dos TAEs aos enfermeiros.
se o Sr. reparar nós falamos em avaliação e não em prognósticos, por isso cabe ao MÉDICO REGULADOR DO CODU ( e não a um mero enfermeiro ) decidir se as vitimas serão ou não encaminhadas para os S.U.
deixe-me lembrá-lo que a profissão de enfermeiro foi criada com o propósito de estes trabalharem nos hospitais a cuidarem dos doentes, e a carreira de TAE está a ser criada para uma profissão para o pré hospitalar,lembrando-lhe que esta guerra já tem dezena de anos coisa que os senhores só se lembraram agora.

agricultor disse...

Triagem azul, vede ou amarela, não é que não precise de transporte, n precisa é de ir em ambulancia de emergencia, q va por outro meio qq. se leva pulsera amarela, logo pode esperar mais de uma hora para ser atendido, então deve ir de meios proprios e não de ambulancia. já para nao falar q deve ir ao centro de saude 1º.

Anónimo disse...

Sr. Drº. Enfermeiro Magistral Estratega...

Quando quiser entender e perceber o estudo que foi apresentado, basta dizer-me, quando eu tiver no seu hospital e encontrar-me podemos conversar um pouco sobre o assunto.
E aí sim, vai ver que os TAE não tem qualquer tipo de raiva ao rancor para com o senhor, porque nós TAE respeitamos toda a gente e nomeadamente todos os profissionais de saúde.
Se por acaso ainda não me conhece, o que é muito estranho, basta olhar para a minha farda que vê a minha ID.
E não se esqueça, pois sem muito bem quem é, basta pesquisar na net um bocadinho e ficamos logo a saber e a conhecer tudo....

Com os melhores cumprimentos...

TAE
Pedro Moreira
INEM-DRN

Anónimo disse...

Simao deixa o homem...
Ass. O teu amigo TONE.

Anónimo disse...

eu na minha ignorancia pergunto, a triagem é um acto médico ou não?

Luís Pinto disse...

Bem, para que as coisas fiquem esclarecidas de uma vez por todas, transcrevo aqui as conclusões do trabalho que serviu de base à notícia (que por sinal esteve afixado no II CNEM).

"A partir da análise e discussão dos resultados obtidos pode-se concluir que, para a amostra em questão, as ambulâncias de emergência nem sempre transportam doentes considerados emergentes ou muito urgentes. É visível pelos resultados obtidos, que uma grande percentagem dos accionamentos das ambulâncias não correspondem ao desejado, o que permite também, concluir que poderá ser necessário definir critérios de não transporte ou rever os accionamentos de meios.
Por outro lado, os dados obtidos podem também relacionar-se com a confusão/desconhecimento (por parte de quem liga 112), de conceitos entre o Serviço de Atendimento Permanente e o Serviço de Urgência. Esta incompreensão de conceitos pode ocasionar a transformação do SU em unidades de resposta a todo o tipo de "padecimentos" e "problemas", desvirtuando a própria missão do SU e sobrecarregando o mesmo com casos indevidos."

Como podem ver pelas conclusões, ninguem em momento nenhum colocou conclusões baseadas em pressuposto nenhum. Apenas se basearam nas informações obtidas.

Se tiverem mais dúvidas, falem comigo. Posso até mandar uma cópia do trabalho a quem quiser... mas parem de me denegrir ou aos meus colegas autores, pois demos-nos ao trabalho de fazer um excelente trabalho nesta área.

Luís Pinto
TAE INEM Porto e um dos autores do poster "Accionamento de Meios Vs Triagem de Manchester"

Unknown disse...

Pedro Moreira: Nem têm de ter raiva porque o sentimento é recíproco. Respeito quem me respeita e posso dizer que nutro muito respeito pela vossa função e desempenho não posso é dizer que me agrada a tentativa de colagem de uma imagem de sobranceria, incompetência e má fé aos enfermeiros.

Isto quer dizer que a forma escrita e a falta de rosto por vezes extrema posições e cometem-se excessos,

Ao contrário do que muitos aqui querem fazer transparecer isto não se trata de ódios nem de nada semelhante mas sim de explicitar situações que não são bem como se contam.

Mas até hoje, neste blogue sempre alguém que seja enfermeiro escreve e no meu caso até escrevo bastante, surgem ataques pessoais.

Podíamos fazer uma lista mas não é isso que está em causa.

Relativamente a este assunto: Se quiserem consultar uma crítica mais extensa podem fazê-lo aqui: http://saudeeportugal.blogspot.com/2010/10/noticias-sobre-o-inem.html

Aponto lá os argumentos sobre os quais me apoio para dizer que o estudo tem conclusões que não poderiam ser extraídas e como se baseia em pressupostos errados.

Lamento para os autores do estudo mas é a verdade. Se me encontrar por lá no HSJ fale comigo. Verá que fundamento sempre as minhas opiniões e não tenho qualquer atitude de sobranceria. Não faço questão de apregoar quem sou mas também não é difícil de descobrir como disse.

Abraço

Anónimo disse...

DESCULPEM LA DESDE QUANDO É QUE O SISTEMA DE TRIAGEM DE MANCHESTER É USADO EM PRÉ-HOSPITALAR?

Paulo Ferreira disse...

Meus amigos, escrevem muito, mas ainda ninguém pôs a questão?

Quem vai fazer esses transportes e quem vai assumir a responsabilidade de os pagar?

Já agora esses transportes são para serem efectuados em ambulâncias de socorro, informação informada por um alto responsável do INEM, ambulâncias de transporte somente para doentes para fisioterapias, altas, tratamentos e exames, todo que entra por uma urgência via de ambulância de socorro, assim, meus amigos as ambulâncias do INEM são legalmente ambulâncias de socorro, idênticas aos dos Bombeiros e da CVP, tem lógica de as ambulâncias do INEM fazerem esses transportes.

Já agora quem é o médico dos CODUs tem a coragem de dizer a um cidadãos que a sua situação não merece ser transportado ambulância, que quiser ir vai da TAXI ou de autocarro.
Pois é....

Anónimo disse...

Acha que um utente que entalou o dedo numa porta, que não tem deformação nem edema, nem tão pouco perda de mobilidade, só porque tem dor precisa de ir numa ambulância de emergência?

RPG - DRN disse...

Primeiro parabéns ao autor deste blog.
Antes de mais gostaria de perguntar se alguém sabe quais são os critérios para transporte ou não transporte por parte do INEM?
Chamo-me Rui Gonçalves (RPG) e trabalho na DRN, mais propriamente no Porto, (Grupo 1 para quem conhece) e gostaria de partilhar consigo e com todos, algumas experienciam vividas numa das ambulâncias que mais transportes faz a nível nacional, a Porto 1 e a propósito deste estudo.
Tem sido aqui debatido se o doente deve ir ou não ao Hospital. Ora o estudo não fala na eventual necessidade do utente se deslocar ou não ao SU, mas sim do modo como o faz.
Se analisarmos caso a caso (e podia ser feito) iríamos ver com toda a certeza que os verdes e azuis transportados pelas Ambulâncias em questão não carecem de atendimento hospitalar imediato (emergente), e os amarelos na sua maioria podem de facto esperar pelo menos uma hora pelo atendimento. Resumo: não são EMERGENTES!
Exemplos:

Vitima sexo feminino, 50 anos caído na via pública provavelmente etilizada, na rua XPTO.
Á nossa chegada, vitima CCO, sem ferimentos visíveis apresenta hálito etílico e aparentemente embriagada.
Apresenta 23 de FV, 95 de FC, PA de 140/68 e uma glicemia capilar de 100. Estes valores não são exactos, mas servem apenas como exemplo, apesar de não fugirem muito á realidade.
A utente refere TER FRIO, e quer uma cama para dormir.
Resposta do CODU: “Quer ir ao Hospital? Então transporte”

Vitima sexo masculino, 60 anos, no domicílio com cianose labial, dispneia intensa e astenia. VMER a caminho do local.
No local vitima CCO, sem dispneia, corado e hidratado, FV 18, FC 76, PA 130/56 DX 121, e SpO2 de 98% (estes valores são reais, a saída foi recente). VMER no local.
Queixas do utente: “Estou farto de aturar a minha mulher”.
Hipóteses diagnosticas da VMER: “Ansiedade, apresenta hálito etílico e aparentemente embriagado”.
Indicação: Transportar ao Hospital.
Na primeira saída que referi, estava a acabar de sair da porta do HGSA, quando chega uma Ambulância de uma corporação (não interessa qual) com uma PCR.
Até aqui tudo bem, tirando o facto de (e não querendo atacar ninguém) o tripulante não estar a efectuar manobras e muito menos se detectar a existência de um DAE.
Se EU devia estar a transportar a vítima embriagada? Não! Devia estar a socorrer a vítima de PCR com DAE!
Este é o grande problema de enviar ambulâncias para o hospital com utentes que não precisam de uma Ambulância de Emergência, porque HÁ SEMPRE ALGUEM QUE PRECISA!
Um apelo ao Luís, coloca aqui o estudo.
Abraços a todos

Anónimo disse...

no CODU doente urgente vai ambulancia, doente emergente vai ambulancia e vmer.. teoricamente

Anónimo disse...

Teoricamente está correcto, mas na realidade funciona mais assim.
Doente urgente ou não urgente, vai ambulância e VMER.
Doente emergente, vai ambulância e muito raramente VMER, ( pq estão INOP).

Jorge (DRC) TAE disse...

Uma coisa é certa, os Enfermeiros são uma classe digna e que respeito como todas as outras, mas têm grandes problemas de união entre si e entraram sempre na luta desarticulados. Ninguém deve querer tirar o lugar a ninguém, todos fazem falta. Trabalhem em prol das vítimas com todo o profissionalismo, sejam TAE´s ou Enfermeiros e lutem por uma carreira de TEPH e nfermagem digna da Instituição INEM. Abraço

Anónimo disse...

Esta conversa eterna dos enfermeiros contra os tae's começa-me a parecer no minimo insultuoso para os muitos tae's que por sinal são enfermeiros de formação... Os senhores do sindicato dos enfermeiros, os ressabiados que criticam incessantemente o inem, esse (pseudo) dr enfermeiro... deviam lembrar-se que ao criticar e tentar destruir uma classe DIGNA como a dos tae estão a insultar (teoricamente) alguns dos "seus". Mas que ao mesmo tempo só estão a dar animo e alento aos TAE, e a justificar a existencia de uma nova carreira com competencias alargadas para os mesmos!

Haja vergonha e no minimo algum respeito...

Anónimo disse...

Quando é que decidem começar a calar esse tal de magistral não sei das quantas? É que o homem tem cá uma fome de protagonismo... Eu vou deixar de levar doentes ao HSJ... Um dia destes ainda vou ser atacado por este jovem enraivecido, treinado para atacar pólos com a estrela da vida...

By the way: tambem tem uma opinião tão destrutiva quando aos PODRES da sua classe profissional? Ou isto é só um recalcamento por nunca ter ATINGIDO esse nobre objectivo que se chama INEM? :)

João Gouveia disse...

Os TAE’s que efectuaram o estudo acima descrito, dentro do seu ambito profissional, deviam saber quem em 90% dos casos ou mais, os utentes quando ligam para os quarteis a solicitar uma ambulancia, são confrontados com a resposta de que não há ambulancias disponiveis, quando estas se encontram paradas dentro dos mesmos ou, os bombeiros estão nos Hospitais após os transportes que efectuam, em amigáveis tertúlias, em vez de regressarem ao quartel.

Infelizmente os bombeiros sá gostam de sair para acidentes e fogos, que é o que dá notícia nos Orgãos da Comunicação Social.

Estas Organizações supostamente humanitárias, se não tiverem o serviço garantidamente pago à partida, não os efectuam.

Eu, como profissional de Emergencia Médica, falo com conhecimento de causa, porque já fui confrontado inumeras vezes, quando afirmo que o serviço não é para ser efectuado numa ambulancia do INEM, os utentes respondem-me que, antes ligaram para os bombeiros da sua área e, estes têm sempre duas respostas:

Ou não têm ambulancia disponível, ou avisam à partida que o serviço é para ser pago (o que deixa muitas pessoas reticentes) ou “ligue 112!!”
Muitas vezes quando já estamos no local, efectuamos esses transportes, substituindo assim os bombeiros da sua função humanitária.

João Gouveia
TAE INEM

Nota: Não tenho nenhuma “bombeirofobia” porque já o fui, tenho muitos amigos bombeiros e inclusivé trabalho com muitos. Aqueles que O SÃO A SÉRIO, sabem do que falo e que esta sim, é a verdade.
Se os comandos e chefias não têm conhecimento destas situações, então é porque comandam muito pouco!!