Esteve em cima da mesa a nova carreira TEPH.
Na reunião com a OE, a mesma afirmou que:
“Considera importante o desenvolvimento de todas a profissões do pré‐hospitalar (P.H.), pelo que não se opõe ao incremento da formação e consequente melhor preparação de todos os atores do P.H., bem como reafirmou nada ter a opor ao desenvolvimento da carreira dos TAE”
(…)
“A OE partilha da preocupação do STAE relativamente ao ambiente de trabalho por vezes vivido dentro do INEM entre TAE e Enfermeiros, já que o mesmo não tem contribuído, em muitos momentos, para o bom desempenho de todos, considerando que em larga medida, a actuação da anterior direcção do INEM e do próprio Ministério da Saúde, foram susceptíveis de favorecer a conflitualidade que se verificou;
A OE considera necessário desenvolver um caminho que leve a soluções e entendimentos nesta matéria tendo salientado a importância de reflectir sobre o SIEM enquanto estrutura verdadeiramente integrada, considerando‐se que actualmente, o mesmo não contém todos os elementos necessários para tal.”
(…)
“A OE frisou ainda que, perspectivando‐se a criação de uma nova profissão, será necessário respeitar o ordenamento legal necessário a este efeito, bem como o envolvimento dos diversos actores.
A OE partilha inteiramente que os TAE respondam perante os seus pares, numa perspectiva de que em cada carreira, a dignidade exige uma estrutura própria, que favoreça também a regulação da actividade;
A OE não se pronunciou em concreto sobre quais os pontos de discórdia, salvaguardando no entanto, que atendendo a que toda a intervenção na Emergência Pré‐hospitalar, deverá ter por objecto um melhor socorro às vitimas, se esforçará para contribuir para a construção de uma plataforma consensual, que aproveite ao melhor desempenho de todo o sistema. A OE considerou que, por razões de ordem ética que presidem ao relacionamento institucional, atendendo a que está a desenvolver um trabalho com o INEM relativamente ao perfil de competências do TEPH, não poderá pronunciar‐se sobre esta matéria junto do STAE, sem que esse trabalho esteja concluído junto do INEM.”
Por seu lado, para o STAE ficou claro que:
“O STAE está fortemente empenhado na criação da carreira de TEPH e que procura o entendimento com todos os parceiros do SIEM em particular com a OE;
Porém o STAE só aceita que a OE se pronuncie relativamente ao perfil de competências, e está interessado em discuti‐lo com os Enfermeiros;
A inclusão dos Enfermeiros no processo formativo é determinante e o STAE nunca defendeu a exclusão dos enfermeiros do P.H. dando vários exemplos de comunicados de imprensa em que a permanência dos enfermeiros no PH ao nível dos meios SAV era indispensável;
A criação da carreira TEPH visa dotar os actuais prestadores de cuidados de formação e competências para níveis internacionalmente reconhecidos;
Segundo o STAE, não seria justo exigir uma licenciatura em enfermagem acrescida de formação específica e complementar para todos os que quisessem vir a exercer funções no P.H.. A OE não concorda com esta perspectiva;
O STAE lamentou especialmente o facto de a OE não ter querido discutir em concreto o perfil de competências do TEPH pois este era para si o ponto mais importante da reunião, no entanto, aceitou os argumentos apresentados;
Ambas as partes no final da reunião relevam este momento de trabalho e a cooperação agora empreendida, uma vez que ambas as organizações entendem que tudo o que possa ser feito no sentido de melhorar o socorro das vítimas, acresce valor á Emergência Pré‐hospitalar.
O O.E. considerou ainda que poderá ser importante a inclusão do STAE no roteiro de trabalhos que está a decorrer junto do INEM, se o grupo conjunto assim o entender e congratulou‐se com a disponibilidade do STAE para este efeito e pela procura de uma plataforma de entendimento em nome das vítimas, facto que o STAE igualmente sublinhou.”
Finalmente a OE reuniu com o STAE, e entendeu que é absolutamente necessário o aumento de formação e competências dos TAE.
Relativamente ao conteúdo funcional não se pronunciou para já, mas nessa discussão que ocorre entre INEM e OE, é agora admitido o STAE como parceiro indispensável nessa discussão.
6 comentários:
Simples: retirar as 12 horas de serviço é, sem duvida, o maior disparate que se pode fazer. Vão passar a estar de serviço mais 1/3 dos dias. É eliminar o que tem de melhor o serviço de ambulâncias!
Quanto aos colegas que fazem Ambulancia e CODU... mais simples ainda! Tem de sair do CODU! Não sei qual o prazer em ter elementos contrariados no serviço! Se soubessem no que se iam meter... tinham tirado notas mais fracas e estavam a trabalhar na SUA area! Duvido que o contrato deles mencione algo no que diz respeito a esta dupla função...
Quanto ao averbamento... para que foi criado o NuCE? Para que servem os testes psicotécnicos? O INEM tem a obrigação de colocar os seus Técnicos a cumprir a lei, suportando os encargos. A carta é uma ferramenta de trabalho!
"Porém o STAE só aceita que a OE se pronuncie relativamente ao perfil de competências"
E já é passar muita confiança a esses fulanos.
“A OE partilha da preocupação do STAE relativamente ao ambiente de trabalho por vezes vivido dentro do INEM entre TAE e Enfermeiros"
A única coisa de jeito que dizem.
"A OE partilha inteiramente que os TAE respondam perante os seus pares, numa perspectiva de que em cada carreira, a dignidade exige uma estrutura própria, que favoreça também a regulação da actividade"
Será interessante ver os enf´s de back oficce a acatar as indicações da própria Ordem.
"A OE partilha inteiramente que os TAE respondam perante os seus pares, numa perspectiva de que em cada carreira, a dignidade exige uma estrutura própria, que favoreça também a regulação da actividade"
Fechem as escolas de enfermagem e assim já não têm a preocupação de encaminhar os excedentes que têm anualmente.
Conclusão:
*Os enfermeiros, finalmente, perceberam que não podem actuar de modo autista.
*É bom que esta reunião tenha servido para acalmar o clima de guerrilha vivido entre (alguns) profissionais. (de ambos os lados)
*Parabéns ao STAE por não se ter deixado ter vergado.
Então foram ao beija mao... e não se vergaram.. aqueles que não queriam saber dos enfermeiros para nada... tiveram que abaixar a bolinha... que eu saiba não foi a OE que foi ter com o STAE..
A OE após ter recusado diversas reuniões com o STAE, reconheceu que tinha de dialogar com todos os parceiros do PH.
A decisão do STAE entrar para a discussão sobre a carreira TEPH e o futuro do PH, não foi nem do STAE nem da OE, foi do INEM.
Ninguém "baixou a bola" a ninguêm!
Queres ver que agora o INEM manda na OE e os obriga a receber quem eles querem?
O INEM convidou o STAE para integrar o grupo de trabalho apenas.
Quanto a verdadeira questão, ainda bem que a mes está alargada. Pode ser que agora passem a discutir as coisas como deve ser.
O nível das reuniões tem sido muito baixo...não há justificação cientifica para nada... todas as decisões são baseadas em opiniões pessoais.
Se assim continuar só vai dar asneira
Concordo com o colega que diz que esta reuniao serviu para acalmar o clima de gurrilha. Acho que esta guerra nao leva a lado nenhum. Especialmente quando olho para o lado e vejo colegas meus TAE's que nem SBV sabem fazer. Se queremos mais, também temos que ser mais... mas a maioria são demasiado imaturos para estarem no INEM.
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