sábado, 15 de janeiro de 2011

Conclusões da reunião entre STAE e OE




O STAE reuniu esta semana com a OE, pela primeira vez.
Esteve em cima da mesa a nova carreira TEPH.

Na reunião com a OE, a mesma afirmou que:

“Considera importante o desenvolvimento de todas a profissões do pré‐hospitalar (P.H.), pelo que não se opõe ao incremento da formação e consequente melhor preparação de todos os atores do P.H., bem como reafirmou nada ter a opor ao desenvolvimento da carreira dos TAE”
(…)
“A OE partilha da preocupação do STAE relativamente ao ambiente de trabalho por vezes vivido dentro do INEM entre TAE e Enfermeiros, já que o mesmo não tem contribuído, em muitos momentos, para o bom desempenho de todos, considerando que em larga medida, a actuação da anterior direcção do INEM e do próprio Ministério da Saúde, foram susceptíveis de favorecer a conflitualidade que se verificou;
A OE considera necessário desenvolver um caminho que leve a soluções e entendimentos nesta matéria tendo salientado a importância de reflectir sobre o SIEM enquanto estrutura verdadeiramente integrada, considerando‐se que actualmente, o mesmo não contém todos os elementos necessários para tal.”
(…)
“A OE frisou ainda que, perspectivando‐se a criação de uma nova profissão, será necessário respeitar o ordenamento legal necessário a este efeito, bem como o envolvimento dos diversos actores.
A OE partilha inteiramente que os TAE respondam perante os seus pares, numa perspectiva de que em cada carreira, a dignidade exige uma estrutura própria, que favoreça também a regulação da actividade;
A OE não se pronunciou em concreto sobre quais os pontos de discórdia, salvaguardando no entanto, que atendendo a que toda a intervenção na Emergência Pré‐hospitalar, deverá ter por objecto um melhor socorro às vitimas, se esforçará para contribuir para a construção de uma plataforma consensual, que aproveite ao melhor desempenho de todo o sistema. A OE considerou que, por razões de ordem ética que presidem ao relacionamento institucional, atendendo a que está a desenvolver um trabalho com o INEM relativamente ao perfil de competências do TEPH, não poderá pronunciar‐se sobre esta matéria junto do STAE, sem que esse trabalho esteja concluído junto do INEM.”
Por seu lado, para o STAE ficou claro que:
“O STAE está fortemente empenhado na criação da carreira de TEPH e que procura o entendimento com todos os parceiros do SIEM em particular com a OE;
Porém o STAE só aceita que a OE se pronuncie relativamente ao perfil de competências, e está interessado em discuti‐lo com os Enfermeiros;
A inclusão dos Enfermeiros no processo formativo é determinante e o STAE nunca defendeu a exclusão dos enfermeiros do P.H. dando vários exemplos de comunicados de imprensa em que a permanência dos enfermeiros no PH ao nível dos meios SAV era indispensável;
A criação da carreira TEPH visa dotar os actuais prestadores de cuidados de formação e competências para níveis internacionalmente reconhecidos;
Segundo o STAE, não seria justo exigir uma licenciatura em enfermagem acrescida de formação específica e complementar para todos os que quisessem vir a exercer funções no P.H.. A OE não concorda com esta perspectiva;
O STAE lamentou especialmente o facto de a OE não ter querido discutir em concreto o perfil de competências do TEPH pois este era para si o ponto mais importante da reunião, no entanto, aceitou os argumentos apresentados;
Ambas as partes no final da reunião relevam este momento de trabalho e a cooperação agora empreendida, uma vez que ambas as organizações entendem que tudo o que possa ser feito no sentido de melhorar o socorro das vítimas, acresce valor á Emergência Pré‐hospitalar.
O O.E. considerou ainda que poderá ser importante a inclusão do STAE no roteiro de trabalhos que está a decorrer junto do INEM, se o grupo conjunto assim o entender e congratulou‐se com a disponibilidade do STAE para este efeito e pela procura de uma plataforma de entendimento em nome das vítimas, facto que o STAE igualmente sublinhou.”

Finalmente a OE reuniu com o STAE, e entendeu que é absolutamente necessário o aumento de formação e competências dos TAE.
Relativamente ao conteúdo funcional não se pronunciou para já, mas nessa discussão que ocorre entre INEM e OE, é agora admitido o STAE como parceiro indispensável nessa discussão.

6 comentários:

Anónimo disse...

Simples: retirar as 12 horas de serviço é, sem duvida, o maior disparate que se pode fazer. Vão passar a estar de serviço mais 1/3 dos dias. É eliminar o que tem de melhor o serviço de ambulâncias!

Quanto aos colegas que fazem Ambulancia e CODU... mais simples ainda! Tem de sair do CODU! Não sei qual o prazer em ter elementos contrariados no serviço! Se soubessem no que se iam meter... tinham tirado notas mais fracas e estavam a trabalhar na SUA area! Duvido que o contrato deles mencione algo no que diz respeito a esta dupla função...

Quanto ao averbamento... para que foi criado o NuCE? Para que servem os testes psicotécnicos? O INEM tem a obrigação de colocar os seus Técnicos a cumprir a lei, suportando os encargos. A carta é uma ferramenta de trabalho!

TAE - AEMINIUM disse...

"Porém o STAE só aceita que a OE se pronuncie relativamente ao perfil de competências"

E já é passar muita confiança a esses fulanos.

“A OE partilha da preocupação do STAE relativamente ao ambiente de trabalho por vezes vivido dentro do INEM entre TAE e Enfermeiros"

A única coisa de jeito que dizem.

"A OE partilha inteiramente que os TAE respondam perante os seus pares, numa perspectiva de que em cada carreira, a dignidade exige uma estrutura própria, que favoreça também a regulação da actividade"

Será interessante ver os enf´s de back oficce a acatar as indicações da própria Ordem.



"A OE partilha inteiramente que os TAE respondam perante os seus pares, numa perspectiva de que em cada carreira, a dignidade exige uma estrutura própria, que favoreça também a regulação da actividade"

Fechem as escolas de enfermagem e assim já não têm a preocupação de encaminhar os excedentes que têm anualmente.




Conclusão:

*Os enfermeiros, finalmente, perceberam que não podem actuar de modo autista.

*É bom que esta reunião tenha servido para acalmar o clima de guerrilha vivido entre (alguns) profissionais. (de ambos os lados)

*Parabéns ao STAE por não se ter deixado ter vergado.

Anónimo disse...

Então foram ao beija mao... e não se vergaram.. aqueles que não queriam saber dos enfermeiros para nada... tiveram que abaixar a bolinha... que eu saiba não foi a OE que foi ter com o STAE..

Unknown disse...

A OE após ter recusado diversas reuniões com o STAE, reconheceu que tinha de dialogar com todos os parceiros do PH.
A decisão do STAE entrar para a discussão sobre a carreira TEPH e o futuro do PH, não foi nem do STAE nem da OE, foi do INEM.
Ninguém "baixou a bola" a ninguêm!

Anónimo disse...

Queres ver que agora o INEM manda na OE e os obriga a receber quem eles querem?

O INEM convidou o STAE para integrar o grupo de trabalho apenas.

Quanto a verdadeira questão, ainda bem que a mes está alargada. Pode ser que agora passem a discutir as coisas como deve ser.

O nível das reuniões tem sido muito baixo...não há justificação cientifica para nada... todas as decisões são baseadas em opiniões pessoais.

Se assim continuar só vai dar asneira

Anónimo disse...

Concordo com o colega que diz que esta reuniao serviu para acalmar o clima de gurrilha. Acho que esta guerra nao leva a lado nenhum. Especialmente quando olho para o lado e vejo colegas meus TAE's que nem SBV sabem fazer. Se queremos mais, também temos que ser mais... mas a maioria são demasiado imaturos para estarem no INEM.