Mas afinal há falta de meios?
Há falta de profissionais?
É que ainda hoje estão a ser contactados Técnicos que fizeram recentemente o curso TAE/TOTE e estão a ser dispensados. Esperamos nós que estes TAE/TOTE que estão a ser dispensados porque acaba na próxima 6ª feira o período experimental do contracto, sejam dos que REPROVARAM num ou mais que um módulos.
Noticia em JN
O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Norte está em risco de colapsar. As 1300 chamadas que o INEM recebe por dia naquele posto estão a ser atendidas por menos técnicos do que o necessário e por jovens inexperientes, pondo em causa o socorro.
A escala de operadores para o mês de Agosto tem “buracos” e muitos turnos estão assegurados por técnicos acabados de formar, sem a experiência necessária para fazerem uma triagem rápida e detectarem uma chamada falsa. Resultado: acumulam-se as chamadas em espera e atrasa-se o accionamento de meios para situações de emergência.
Aliás, nos últimos dias, já têm ocorrido situações de atraso no socorro e confusão na passagem de informação aos bombeiros (ler página ao lado).
A denúncia parte do Sindicato Nacional dos Profissionais da Emergência Médica (SINAPEM), que classifica a situação de “insustentável”. A direcção nacional do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desvaloriza, alegando que os novos técnicos tiveram a formação adequada, que o número de postos de atendimento no CODU doPorto aumentou e que as chamadas diminuíram no primeiro semestre (menos 55 mil) para uma média de 1367 por dia, em comparação com o período homólogo de 2009.
“Em cada turno, há quatro ou cinco operadores novos a atenderem as chamadas. Eles demoram cinco a seis minutos a fazer uma triagem em vez de um a dois minutos, por terem falta de experiência. Como são muitos em cada turno, atrasa tudo”, denuncia Cristina Cameira, presidente do SINAPEM e operadora responsável no CODU do Norte (Porto), onde trabalha há quase 20 anos.
A escala de operadores deste mês, a que o JN teve acesso, deixa perceber que amanhã, terça-feira, por exemplo, será um dia difícil: o turno da manhã está assegurado por 13 operadores (deviam ser 15), dos quais seis são recém formados. O turno da tarde conta com 11 operadores (deviam ser 15), dos quais cinco são inexperientes. O turno da noite tem oito operadores (deviam ser nove), dois dos quais acabados de formar.
O cenário repete-se nos dias seguintes e há turnos que estão a roçar os mínimos previstos para dias de greve. “Com a agravante do mês de Agosto ser especialmente complicado devido ao acréscimo de emigrantes”, nota a presidente do sindicato.
Ontem, segunda-feira, para fazer face aos "buracos" da escala foi pedido a alguns técnicos das ambulâncias do INEM para irem para o CODU atender chamadas, revelou Cristina Cameira, que coloca o epicentro do problema numa "guerra entre a direcção do Norte e a direcção nacional do INEM".
Desde Julho de 2009 que os "buracos" nas escalas têm sido tapados com horas extraordinárias dos profissionais da casa. Porém, nos últimos meses, aquelas horas a mais não foram processadas e pagas, assegurou a operadora.
Além disso, este mês, os técnicos do CODU não foram questionados "a tempo" sobre a disponibilidade para cumprir as horas em falta, pelo que a escala continua por preencher, explica Cristina Cameira.
Com a saída dos enfermeiros dos CODU de todo o país, a escala ficou ainda mais reduzida. No Porto trabalhava um enfermeiro e a vaga não foi preenchida. O INEM explica que o médico regulador passou a assegurar essas funções.
A direcção nacional do INEM acrescenta que já reuniu duas vezes com o sindicato no último mês e que "as questões apresentadas receberam a melhor atenção". E acrescenta que no que "se verificar como sendo uma necessidade de condições de trabalho (em geral), será atendido".NOTICIA TRANSCRITA NA INTEGRA DO JN ON-LINE
8 comentários:
Como colega dos supostos dispensados, seria de aproveitar para pedir a todos que tenham informações sobre as supostas dispensas (apenas conirmo 1 caso após periodo experimental - até 30/31 de Julho) as partilhassem. Só assim podemos perceber o que se está a passar e se está ou não de acordo com a acta existente! Esta acta (julgo ter data mês março) define os critérios de avaliação e aproveitamento do período experimental.
Mas ainda existem coisas que não entendi... 1º - O contracto é de TAE/TOTE ou só TAE ou só TOTE? 2º - Quando começa e acaba o peridodo experimental? 3º - Existem ou não colegas com aproveitamento nos modulos que não estão a trabalhar, quando podiam desta forma ajudar a colmatar a falta de pessoal? Cumprimentos
Porque é que nem todos os comentários postados a esta "noticia" não são publicados no blog? Uma forma de censura? Ou a verdade às vezes é inconveniente porque não é tão sensacionalista quanto voces a querem pintar..? Vamos refletir sobre isto...
Todos os comentários foram publicados.
A censura não é para aqui chamada, nem guerrinhas. Se desejar fazer algum tipo de comentário esteja a vontade, desde que seja construtivo e não seja uma forma de guerra.
Vamos reflectir então.
ola eu fui um dos dispensados no periodo experimental na DRLVT...tb não pecebi porque, é certo que não passei nos cursos todos mas... o contrato é de 1 de Fev de 2010, a acta é de 9 de Março do mesmo ano e o contrato é para TAE, grande confusão... mais andei a fazer serviço nas varias bases em Lisboa como TAE e no fim vem dizer que não sou apto para o serviço... se alguem quiser explicar... obrigado
Como não passaste num dos modulos (não sei qual) foste dispensado. O contrato diz (acho eu) que tens de passar em todos os modulos certo?
E fizeste CODU? Não ficaste no CODU porque?
Quando fizeste serviço foi como 2º ou 3º elemento?
O concurso tem varias falhas mas tambem, existem pessoas que ficaram nos concursos e que reprovaram em alguns modulos, o da condução, por exemplo.
Como é isto possivel? Com esta direcção do Inem é tudo possivel.... enfim quando sairam estes senhores???
Queria apenas deixar aqui dois pontinhos assentes:
1º: Tristeza, tanto "barulho" que os TAE fizeram por causa de haver enfermeiros nos CODU e afinal aquando a sua saída reflectiu-se em escalas mais reduzidas e consequentemente menor quantidade de profissionais qualificados para o importante "exercício" que é a emergência pré-hospitalar. Apre, que vocês TAE nem para vocês são bons...
2ª Os TAE/TOTE mais novos não são menos experientes que os "mais velhos", aliás, até existe a vantagem dos mais novos serem menos negligentes, pois por serem mais novos, têm medo de errar e fazem o seu trabalho de uma forma muito mais profissional e competente que muitos deles com mais experiência. Isso reflecte-se muito na área da saúde, seja com TAE, médicos, enfermeiros, farmacêuticos etc...
Eu pessoalmente aposto muito e acredito muito nos profissionais de saúde mais novos mesmo por terem mais cuidado, pois apesar dos mais velhos terem mais sabedoria, mais vale um jovem com menos sabedoria mas que tem o discernimento de admitir que não sabe e por isso mesmo tem de ter mais cuidados, do que um profissional já "calejado" que para além de não mostrar interesse e respeito pelo doente, a negligência é a sua palavra de ordem.
P.S.: Claro que como em quase tudo na vida, há excepções à regra!
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