quarta-feira, 1 de junho de 2011

INQUALIFICÁVEL




Como todos sabem, no dia 5 de Abril decidi deixar de escrever neste “cantinho de desabafo”, por inúmeras razões.

Mas ontem fiquei perplexo e enojado com o comunicado de imprensa emitido pelo STAE, que ao que parece representa mais de 50% dos funcionários do INEM.

Ora, tal comunicado começa logo mal, pela prepotência que este suposto sindicato demonstra, ao afirmar de forma tão peremptória que dos 1898 funcionários que estão ao serviço do Instituto, mais de 50%, ou seja mais de 950, são representados pelo STAE, o que é uma verdadeira distorção dos factos.
Existem neste momento 1011 TAE’s, dos quais QUANTO MUITO 35% (cerca de 350) são associados do STAE. O que representa cerca de 18% dos funcionários, e não 50%.

O grande problema destes senhores é estarem a colocar associados e não associados no “mesmo barco”, num comunicado de imprensa que não passa de uma campanha política que terá muitos objectivos, mas nunca a dignificação, defesa e boa imagem dos TAE.

Vir dizer que “O PSD QUER ACABAR COM O INEM” só demonstra uma falta de visão, interpretação, discernimento e postura, muito pouco dignas de quem se diz representante de mais de 50% dos funcionários do INEM.

O programa do PSD fala em
“propor a incorporação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), a Comissão de Planeamento Civil de Emergência e o INEM num único organismo”
e em lado nenhum se fala na extinção do organismo.

Mas independentemente da posição do PSD, e para não ser acusado de partidarismo, apenas queria deixar bem explicita a minha repugnância pelo comunicado e pelo STAE.

Este tipo de afirmação POLITICA, em nada abona a favor dos TAE já que:

1- Está a condicionar a posição dos TAE, de forma pública contra um partido político, e o seu programa antes das eleições, dando a entender que os TAE são contra esta tomada de posição, quando só o deveria fazer em nome dos seus associados.

2- Grave a afirmação de “AVISAR” a população, alarmando a opinião publica que esta medida coloca em risco a emergência em Portugal, sem conhecer como, quando e de que forma será EVENTUALMENTE colocada esta PROPOSTA em prática, podendo condicionar desta forma a inclinação politica de algumas pessoas.

Não quero com isto estar a ser conivente, ou de forma alguma aceitar ou deixar de aceitar a transição do Instituto para outro Ministério. Mas este assunto deve ser discutido no local certo e não na praça pública, de forma a servir os interesses de alguns.

Como é sabido, é provável que a “cor do governo” se altere nestas eleições.

Que postura tomará nesse caso o novo governo perante a classe TAE?

A mesma postura que neste momento o STAE está a tomar? De total irresponsabilidade e ataque político-partidário?

Depois deste comunicado, com que olhos vai o PSD olhar para TODOS os TAE?

Será que o STAE não pensa no futuro? Ou só pensa no futuro dos seus dirigentes?

Sr. Presidente do STAE, o seu comunicado é de uma irresponsabilidade de tal forma grave, que eu pessoalmente irei enviar o pedido de anulação de associado, pois não posso continuar a ser conivente com interesses pessoais e corporativos a que o STAE tem a obrigação de ser alheio.

Não posso deixar de demonstrar de forma pública a minha desilusão profunda para com este sindicato, que ao longo dos últimos meses tem demonstrado que defende tudo, menos os TAE.

Deixo brevemente o STAE, com o desejo que o sr. faça o mesmo, para bem de todos os TAE.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Breves palavras...




Muito tem acontecido nestas ultimas semanas no INEM.

Coisas positivas, poucas, mas acima de tudo situações que primam pela negatividade e pelo desânimo colectivo.

E encontrei algumas razões para este desânimo.
Sofremos ataques não só de “fora para dentro”, mas muito de “dentro para fora”, o que me leva a pensar e equacionar se vale a pena continuar a querer mudar ideias e mentalidades, lutar por um instituto mais digno e responsável, não só para com quem precisa de nós, mas muito para connosco, e se vale a pena continuar a acreditar num sindicato que, literalmente, se vendeu por tão pouco em detrimento de tanto.

A resposta a que cheguei foi: NÃO!

Mentalidades dentro do nosso grupo continuam a primar pela mesquinhez, pela indiferença e pelo egocentrismo, impróprios de quem usa a camisola de TAE, impulsionados por outras classes e dirigentes.
Sem me querer alongar muito neste meu desabafo, queria só deixar uma coisa bem patente.

Este blog surgiu, como uma voz rebelde mas consciente, concisa e acima de tudo tentando ser uma voz de união.

Infelizmente encontrei ao longo destes meses muitas coisas negativas, apesar de muitas outras positivas e animadoras.

Mas após um período de reflexão pessoal, cheguei à conclusão que enquanto existirem forças internas que promovam a desunião dos TAE, de nada vale ser pró-activo ou ter vontade de ser melhor. Porque o mal não vem de fora, mas vem de dentro.

Não vale a pena escamotear mais este assunto.

Decidi retirar-me desta “figura” que tem sido o TAE-INEM. Não encontro a luz ao fundo do túnel, senão a do comboio que avança contra nós, ao som das palmas de alguns.

Recentemente fui contactado no sentido de ajudar a promover e unir uma lista concorrente à actual direcção do STAE, mas mesmo esse grupo decidiu recuar e abandonar essa ideia. Compreendo o porquê.

Sei perfeitamente que o “timing” não é o melhor, mas não existe o tempo certo para virar costas a uma luta, às nossas ideias e convicções. Não é uma questão de tempo, mas sim de força. Força que não temos. Força que perdemos. De dentro para fora, digo novamente e sem medo.

Abandono este blog, desiludido, desanimado com muitos colegas, mas principalmente desiludido com os nossos dirigentes, institucionais e sindicais.

Certamente irei ouvir que estou a ser extremista, ou radical.

Sempre o fui, sempre o serei.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Socorro em causa




Saúde: INEM reduz horário de ambulâncias do Norte e Grande Porto. Sindicatos dizem que medida coloca o socorro em causa.
(JN)

Noticias em actualização na imprensa escrita.



A partir desta sexta-feira, o INEM reduz o horário de vários veículos de emergência médica do Grande Porto e Norte do país. 
O INEM vai reduzir, a partir desta sexta-feira, o horário das ambulâncias do Grande Porto e da zona Norte do país.
Duas ambulâncias do INEM (uma na delegação do INEM e outra no Hospital Militar), a ambulância de Gaia e a mota do INEM deixam de funcionar entre as 16h00 e as 8h00. A ambulância sediada em Leça da Palmeira deixa de funcionar entre a meia-noite e as 8h00.
Na zona Norte, os veículos de Celorico de Basto, Alijó, Régua e Paredes de Coura deixam de funcionar durante o dia, estando apenas operacionais no período entre as 00h00 e as 8h00.
O Sindicato Nacional dos Profissionais de Emergência Médica (Sinapem) e o Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias e Emergência (STAE) contestam a decisão e afirmam que o socorro das pessoas poderá ser posto em causa.
(JPN)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Novas listas STAE




As eleições para o STAE estão marcadas para dia 27 de Maio.
Neste momento não são conhecidas novas listas concorrentes à lista da actual direcção.

Deveriam existir listas concorrentes?

terça-feira, 29 de março de 2011

(Des)Coordenação de meios INEM




Foram-me chegando informações sobre como se vão dispor os meios INEM a partir de 1 de Abril, devido à alteração de horários de trabalho.
Não vou deixar aqui que meios alteraram um a um (para já), pois ainda careço de alguma confirmação de um ou outro meio.
Mas pode-se ver que os horários de funcionamento foram alterados de forma preocupante.

Em Lisboa
6 ambulâncias passam de 12h (08h - 20h) para 8h (08h - 16h)
2 ambulâncias passam de 12h (08h - 20h) para 8h (16h - 24h)
1 ambulância passa de 24h para 16h (08h - 24h)

No Porto
4 ambulâncias passam de 12h (08h - 20h) para 8h (08h - 16h).
1 ambulância passa de 24h para 16h (08h - 24h)
1 ambulância passa de 12h (20h - 08h) para 8h (24h - 08h).

Em Coimbra
4 ambulâncias passam de 12h (08h - 20h) para 8h (08h - 16h).
2 Ambulâncias passam de 12h (08h - 20h) para 8h (16h - 24h)

No Algarve não houve alterações.

Lisboa a partir de dia 1 de Abril tem menos 2 meios das 08h às 16h, menos 6 meios das 16h às 20h, e menos 1 meio das 00h às 08h.
Ganha 4 meios das 20h às 24h

Porto a partir de dia 1 de Abril tem menos 4 meios das 16h às 20h, menos 1 meio das 24h às 08h e menos 1 meio das 20h às 24h.
(Actualização: Fechou SBV S. João Pesqueira devido a acordo entre BV S João Pesqueira e INEM)

Coimbra a partir de dia 1 de Abril tem menos 4 meios das 16h às 24h e menos 2 das 08h às 16h.
Ganha 2 meios das 20h às 24h.
(Actualização: Fechou SBV Tábua)

Os períodos críticos (horas de ponta) não foram tidos em conta.
E faltou coragem para se dizer que o INEM está a fechar meios.

Por exemplo Lisboa 6 faz manhã enquanto Lisboa 10 só faz tarde.
Ou seja, em dois meios que podiam trabalhar 16h seguidas, cada um faz 8h.
Se fecharem Lisboa 10 e abrirem Lisboa 6 não só das 8h às 16h mas também das 16h às 24, a diferença não é nenhuma, excepto que assim mantém-se abertos 2 centros de custos e não se diz que existem ambulâncias a fechar.
Mas efectivamente fecharam, mas continuam a atirar areia para os olhos e a dizer que não.
Pode-se compreender que o INEM diga que tal acontece por "colocação estratégica no terreno", mas todos sabemos que a realidade é outra.

Esta situação ocorre não só com os meios acima referidos, mas com 22 meios no total no País.

Se tivermos ainda em conta o relatório de actividades do INEM, onde consta a média de saídas por turnos das ambulâncias em questão, então podemos observar que a partir de 1 de Abril, a nível nacional, existem 109,35 saídas por cada período de 24h, que não tem meios para as efectuar.
É de tal forma perigoso brincar com o socorro desta forma, que me custa a crer que tal irá acontecer.

Quanto à nova plataforma de gestão de escalas, mais uma vez deixo o apelo para que os erros sejam reportados aos vossos coordenadores e se possível ao sindicato.
Continuamos a ter colegas que não conseguem sequer ter acesso ao programa, sem acesso à sua escala de trabalho e dos meios a que estão alocados, trocas que desaparecem, ou só são efectuadas pela metade, etc..
É uma situação grave, que precisa do apoio de todos para que se possa resolver.
O mal está feito, agora é preciso ajudar a melhorar o programa e corrigir os erros, informando quem de direito.

A situação no INEM é má. Agora cabe a cada um de nós dizer, se vai à luta ou atira a toalha ao chão.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A politica de atirar areia para os olhos.



Ficou dia 24 de Março a ser conhecido o novo portal de gestão de escalas do INEM.
Até este dia, tinha sido sonegado aos colaboradores do INEM a organização dos meios assim como os horários de funcionamento das ambulâncias e meios que não efectuam serviço 24h/dia, que ainda não estão perfeitamente definidos em alguns casos.

E mesmo quando o portal entrou em funcionamento, a confusão e falta de informação é de tal ordem grande, que muitos colegas não sabem a escala geral das suas respectivas ambulâncias, e noutros meios o horário não coincide com a escala geral, já para não falar das “deslocações” que estão a ser feitas a inúmeros colegas.

Ainda neste capítulo, notou-se que um pouco por todo o País foram “fechadas” algumas ambulâncias de forma muito pouco transparente. Ao estar a dizer isto, corro o risco de me dizerem que “não temos nada com a gestão de meios do INEM”, mas até temos.
A gestão dos meios assim como os seus horários de funcionamento, interferem directamente nas escalas dos colaboradores, de forma directa e indirecta no que diz respeito a trocas e acumulação de turnos e consequentemente na vida dos colaboradores.

O rollman não está a ser aplicado de forma igual a todos os meios, sendo que muitos meios não têm rollman, nem nada que se possa apelidar de parecido.
Pergunto-me se a escala fosse feita pelos responsáveis das ambulâncias o resultado não tinha sido melhor e com mais qualidade?

Foi ainda proposto pelo CD colocar os meios MOTA e Recém-nascidos a trabalhar com turnos de 12h.

Depois de 2 meses de incertezas, conflitos e muito suor para se retirarem as 12h e encontrar um consenso, estes “senhores” acabam por propor que um grupo restrito de colaboradores tivesse o PRIVILÉGIO de poder manter as 12h sendo que 4 delas seriam extra!

Já é mau conceberem essa hipótese, ainda mais para um grupo restrito de TAE’s, privando a maioria do mesmo modelo de horário, tornando assim claro que sempre existem TAE’s de “primeira” e TAE’s de “segunda categoria”, e demonstra uma falta de moralidade grotesca, e uma falta de respeito para com os colaboradores.

Demonstra ainda que havendo vontade, os turnos de 12h SÃO POSSIVEIS!

Os TAE escolheram o modelo de 8h em 3 turnos como já é conhecido, e TEM de ser igual para todos. Afinal foi essa a “desculpa” que o CD usou para se alterar os horários: “Legalidade igual para todos”.

Infelizmente o CD insiste em criar desigualdades, ao propor horários intermédios de 8h nos períodos das 9h ás 17h e/ou das 10 ás 18h, imediatamente rejeitados pelo STAE.

Mas que não se julgue que esta direcção já acabou de brincar aos “gestores de vão de escada”.
O próprio “programa” de gestão das escalas é de tal forma grotesco, confuso, de difícil interacção que faz ter saudades do tempo das escalas em papel, que além de chegarem a tempo e horas ás bases, eram claras e de simples interpretação.

O INEM pelo seu CD decidiu fazer tudo em cima do joelho e os resultados estão à vista, demonstrando incompetência e irresponsabilidade, ao colocar em todo o País o programa de gestão de escalas sem terem sido efectuados os respectivos testes e assegurado um período de transição.

Os sucessivos erros do programa estão e vão colocar em causa o bom funcionamento do serviço de ambulâncias, tendo como único responsável o INEM, pois foi alertado para as consequências atempadamente.

É aconselhado imprimir a escala, para que não haja dúvidas nem possamos ser “acusados” de incumprimento de serviço caso as coisas se compliquem.

As informações vão-me chegando a conta-gotas, mas fica a promessa de clarificar e expor as alterações provocadas pelo INEM nas ambulâncias, de forma clara, analisando as consequências de tais alterações.
Basta para isso que em todo o Instituto os colegas consigam perceber como vão funcionar os meios a que estão afectos.

Em relação ao pagamento das horas de descanso compensatório relativamente aos feriados e horas extra realizadas entre 2005 e 2010, foi dito pelo CD (DRH) que para além do subsídio de turno correspondente a 25% do ordenado base, receberíamos também “horas de qualidade” em função da escala.
Quem fizer mais noites e ou fins-de-semana teria um vencimento superior, e que as horas extra efectuadas fora dos dias de descanso obrigatório ou complementar não teriam direito a dia de descanso compensatório, o que reduziria o acerto de horas.
Ora nada de mais falso, ridículo e demonstrador de uma total falta de conhecimento do funcionamento do seu próprio departamento. A isto chama-se misturar “alhos com bugalhos” e meter os pés pelas mãos.

Tais afirmações demonstram que o INEM não sabe como são efectuados e processados os pagamentos dos seus trabalhadores, pois NUNCA nenhum TAE recebeu remuneração extra só por trabalhar noites ou fins-de-semana.

Mas no final a directora dos recursos humanos (que por esta altura faz lembrar a sua antecessora) tem a distinta lata de dizer que não sabia e lamentava o erro dos seus serviços, mas que estes se baseiam nos dados que as delegações enviam.
SEM QUERER TROPEÇOU NO VERDADEIRO PROBLEMA!

Este assunto está de tal forma confuso que nem o INEM sabe o que paga a quem, nem porquê!
E parece que a culpa é das delegações…
Por esta altura já podíamos encher um camião de areia, tanta é a que nos atiram para a cara.

Mais uma vez fica adiada a resolução deste problema, FALHANDO assim o período que tinha sido acordado pelo INEM.

Em relação ao fardamento a situação é de tal forma caótica, que existem TAE’s (de 2005, 2006 e 2007) que nunca trocaram farda.
Mas em compensação os elementos da Logística e Telecomunicações já dispõem de novo fardamento!
A solução é apresentarmo-nos à civil, já que o INEM não tem capacidade de resposta, apesar de já ter sido alertado inúmeras vezes que esta situação poderia acontecer.

Incompetência e falha das promessas deste CD, já faz lembrar a actual situação política do País.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Astrologia...



Chamaram-me a atenção para um "post" num blog que teima em distorcer as palavras aqui colocadas.

Num comentário que deixa muito a desejar, já que me parece que a falta de compreensão é constante, o autor afirma que no post deste blog em 9 de Março de 2011, é dito "que a OM era favorável, também, à introdução das novas e pretendidas competências por parte dos referidos Técnicos".

Passo a explicar, de forma a que se possa entender:

Quando afirmado que a OM é
"favorável à criação dos TEPH, salvaguardando as reservas já anteriormente apresentadas no que toca a um ou outro conteúdo funcional e do plano de estudos"
quer dizer que a mesma está de acordo com a criação da carreira TEPH, mas que em relação ao conteúdo funcional e plano de estudos (que ainda não estão completamente definidos) mantém as reservas apresentadas em anteriores reuniões.

Ora, quando se fala em "manter reservas" quer-se dizer que nem é a favor, nem contra!
Nem podia ser, pois o conteúdo funcional ainda está em aberto e em discussão. Quanto muito MANTÉM RESERVAS no que toca a um ou outro conteúdo funcional proposto.

Para reforçar esta ideia, foi dito ainda
"relativamente aos TEPH que no seu entender este processo até se encontra atrasado, pois nesta fase já se deveria estar a discutir no concreto os protocolos de actuação"
que quer mais uma vez dizer que ainda nada está definido em concreto, mas que se devem iniciar as discussões relativas à proposta.
Por isso se chama PROPOSTA de carreira.
Para bom entendedor meia palavra basta. Para outros... nem frases completas.

Mas como existe um tal de doutor que além de enfermeiro é astrólogo, e já sabe qual o conteúdo funcional final da carreira, deste modo faz futurogia perguntando ao Bastonário da OM se esta é favorável a um plano... que ainda não está definido.

O que se depreende é que o tal de astrólogo questionou o Bastonário da OM, baseado em suposições erradas (próprio de quem vem, e nada a que não estejamos habituados), o que originou uma resposta desfasada da realidade.

Nunca foi afirmado que a OM era favorável à proposta TEPH e conteúdo funcional (tal como está), mas sim que é favorável à carreira TEPH e que o conteúdo funcional e plano de estudos devem ser discutidos o mais rapidamente possível.

Pode-se ler ainda que a OM entende que as competências são importantes e essenciais no incremento da qualidade no pré-hospitalar, sem nunca ter sido afirmado que era favorável à sua implementação, mantendo reservas (como já referi), e aguardando pelo inicio da discussão das mesmas.

Boatos não é o meu forte, ao contrário do referido... senhor!

Não sei se me fiz entender!

terça-feira, 15 de março de 2011

Promessas...



Aproxima-se o final do 1º Trimestre de 2011.

Chegou a altura de perguntar ao CD do INEM como estão as promessas feitas aos TAE?

A criação do SAE - Serviço de Ambulâncias de Emergência?
Existe? Ou é um mito?

A questão das horas mal contabilizadas e as horas compensatórias de turnos extras e feriados?
Desde 2005 que se aguarda pela reposição da legalidade e dos direitos dos TAE. É uma situação que se arrasta desde há 6 anos! SEIS ANOS!

Bases e fardamento?
Existem colegas que continuam sem farda nova há mais de 4 anos!
Vai ser necessário trabalhar com roupa civil para os colegas receberem o fardamento?

Ainda existem bases sem quaisquer condições. Lamentável.

Critérios racionais de encaminhamento de doentes?
A eterna luta do dia-a-dia. Continuamos a ver a população a subverter o sistema e a utilizar o serviço 112 como um táxi. Mas os médicos CODU não se estão para incomodar (dá trabalho) e utilizam sempre a mesma resposta: “Ambulância no local é para transportar”. Ridículo!
Mas ainda mais ridículo é não existir um protocolo transversal a todas as delegações.
Nalgumas delegações as ambulâncias passam dados de todas as saídas, noutras não. Numas transportam tudo, outras são conforme o médico CODU. Se quiser dar-se ao trabalho de ler as fichas que lhe são apresentadas no terminal… Uns mandam transportar tudo o que aparece na ficha (sem sequer as lerem) outros nem querem saber. O TOTE que resolva!

TAE com curso TOTE que fazem CODU e ambulância.
Como fica definida a sua situação laboral? Vamos continuar a acreditar nos Delegados Regionais e nos seus “equívocos”?

A carreira TEPH?
A Ordem dos Médicos já se pronunciou dizendo que o processo está muito demorado. E pouco transparente diria eu!
O INEM está claramente a empatar nesta matéria. Já se deviam estar a discutir os protocolos. E onde estamos? Sim, ONDE ESTAMOS afinal?

O averbamento das cartas de condução?
É uma questão pertinente, se pensarmos que a maior parte dos TAE pode incorrer em pesadas coimas por falta de averbamento nas suas licenças de condução. Já ouvimos dizer “não façam o averbamento”, mas em caso de coima, quem vai paga-la? O CD?

Coordenação de TAE’s por TAE’s onde ainda não acontece.
Os colegas que trabalham em SIV’s, ou fora dos grandes centros não tem direito a ser coordenados pelos seus pares como acontece com as SBV? Serão estes colegas menos importantes que os restantes?

Novo programa de gestão de escalas. Novo horário a ser implementado com ou sem rollman?
De salientar que o rollman não vai ser igual para todos. Afinal não existem tantas ambulâncias a efectuar noites como existem manhãs e tardes. As desigualdades vão continuar.
Vai ser apresentado em todo o pais ou só em Coimbra em fase de testes como anunciado?
Porque não foi pensado um período de transição entre programas de gestão?

Critérios de selecção para eventos?
Depois de questionados inúmeras vezes... continuam ser dar resposta...

Será que o CD vai RESOLVER estas questões em 15 dias? Ou vai continuar com a sua demagogia?

O importante neste momento é instalar uns tais "tijolos" nas ambulâncias, apelidados de computadores portáteis cheios de bugs e falhas, com GPS's que não funcionam. Pouco prático e disfuncional. Mas o que interessa é ter brinquedos novos.

Menos conversa de treta e mais acção! Estamos cansados de ser o parente "rasca" e à rasca do INEM.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tudo uma questão de números...



Cada saída urgente de ambulância dá prejuízo aos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves (BVSPC). Há pelo menos dois anos, “temos tido muita diminuição de socorro pré-hospitalar” no Posto de Emergência Médica (PEM) da corporação, informou José Carlos Silva, comandante dos BVSPC. Isto porque além dos bombeiros, existe outra ambulância de Suporte Básico de Vida gerida pelo INEM no Centro de Saúde nº 2, que tem prioridade nas saídas de socorro. 
“Em vez de sairmos à vez, nós só saímos quando eles estão empenhados ou quando têm a ambulância inoperacional. Esta situação está a causar-nos um grande transtorno a nível de sustentar os salários do pessoal”, refere José Carlos Silva. Isto porque a verba trimestral de 6 mil euros e a verba por cada saída (em média 500 a 600 euros por mês) atribuídas pelo INEM, “não chega para cobrir o gasóleo e o próprio salário dos socorristas da nossa ambulância de socorro pré-hospitalar”, garante José Carlos Silva. Se antes desta directiva, a corporação efectuava mais de 100 saídas mensais com a ambulância de socorro pré-hospitalar, actualmente apenas efectua cerca de 60 saídas por mês. “Os bombeiros estão a sustentar o INEM, quando devia ser o contrário”, remata. 
Para colmatar a falta de verbas, a corporação vai-se sustentando onde pode – transporte de doentes, donativos ou quotas dos sócios –, mas a manter-se esta situação, poderá estar em causa a manutenção do PEM. Para o comandante, a solução poderia estar na articulação de serviços, com saídas à vez das duas ambulancias existentes. Os BVSPC já solicitaram uma reunião ao presidente do INEM para pedir a alteração desta situação.

(Notícia em Diário Actual)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ordem dos Médicos favorável à criação dos TEPH




A Ordem dos Médicos, através do Bastonário Dr. José Manuel Silva, reuniu hoje com o STAE, onde reiterou
A sua posição favorável à criação dos TEPH, salvaguardando as reservas já anteriormente apresentadas no que toca a um ou outro conteúdo funcional e do plano de estudos e relembrando que a existência de médico no pré-hospitalar para as situações devidamente justificadas nunca deverá ser posta em causa nas alterações que se pretendem introduzir no SIEM. 
Foi ainda dito relativamente aos TEPH que no seu entender este processo até se encontra atrasado, pois nesta fase já se deveria estar a discutir no concreto os protocolos de actuação. 
O STAE abordou as competências concretas a introduzir no conteúdo funcional da carreira TEPH, tendo sido estas entendidas pela OM como muito importantes e de fácil entendimento, para além de essenciais no incremento da qualidade na emergência pré-hospitalar. 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Politiquices"


Ambulância em serviço de urgência mandada retirar para carro de ministro passar.


Uma ambulância do INEM em serviço de urgência a uma idosa com suspeitas de estar a sofrer um enfarte foi obrigada a abandonar a rua onde se encontrava para deixar passar o carro do ministro da Justiça, revelou ontem a TVI. 
O caso, confirmado pelo INEM, aconteceu na passada quinta-feira, por volta das 12h30, e indignou os vizinhos que relataram o episódio à TVI. Os homens do instituto de emergência assistiam uma idosa com suspeitas de estar a sofrer um enfarte no interior sua casa, na Rua da Quintinha, enquanto a ambulância aguardava para a transportar ao hospital. Como é norma o veículo fica ligado a assinalar a urgência enquanto os técnicos do INEM socorrem a vítima. 

Enquanto a idosa era assistida, um elemento da PSP, que faz a segurança do ministro Alberto Martins, ordenou que a ambulância fosse retirada do local para o carro do ministro, que mora perto, passar. A viatura ao serviço de Alberto Martins ia buscar o ministro a casa.

Ambulância acabou por regressar à residência da idosa algum tempo depois, segundo os vizinhos, e acabou por transportar a doente ao hospital. 

O INEM revelou à TVI que o incidente não afectou o socorro da vítima que já está em casa após internamento hospitalar. O responsável pela comunicação do INEM afirmou que por norma ninguém pode mudar uma ambulância de local.

Contactado pela estação de televisão, o gabinete do ministro Alberto Martins disse desconhecer em absoluto a situação. 
Já a PSP garantiu que os agentes podem retirar uma ambulância de um local por motivos de força maior.
(Notícia em Público)

Sem comentários...

Helicóptero do INEM muda-se para Baltar.


O heliporto de Baltar vai acolher um helicóptero do INEM. O equipamento que até agora estava estacionado no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, chega na próxima terça-feira, 1 de Março, e a sua permanência está garantida para os próximos seis meses.
Depois disso, será o Ministério da Administração Interna, através da Empresa de Meios Aéreos (EMA), a definir onde ficará colocado, definitivamente, o helicóptero.
(Notícia completa em Verdadeiro Olhar)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Horários propostos.



Decorreu ontem (24 Fevereiro) em Coimbra a Assembleia Geral Extraordinária do STAE com vista a solucionar o problema que tem sido levantado pelos horários aprovados na 1ª AG.

Após, ter dado entrada no CD INEM uma petição com mais de 100 assinaturas de trabalhadores da DLVT, com o objectivo de tentar impedir a entrada em funcionamento do horário previamente aprovado em AG, o INEM apresentou nova proposta ao STAE, relativamente ao horário de trabalho.

(Correcção: O INEM não apresentou a nova proposta, mas sim o STAE, que solicitou que se pudesse acumular o turno da tarde com o da noite, antes da entrada da referida petição, ao que o INEM afirmou que caso fosse aprovada, seria aceite pelo CD.
Fica a rectificação e o pedido de desculpas pelo erro.)

Proposta essa de turnos de 8h (como já tinha sido apresentado), mas desta vez com possibilidade de acumular o turno da tarde com o turno da noite, perfazendo assim 16h de trabalho consecutivo.

Assim ficou decidido em AG que o horário que o STAE vai defender perante o CD INEM é:


"00 horas - 08 horas
08 horas - 16 horas 
16 horas - 24 horas"


e a rotatividade

"Noite, Manhã, Tarde, Folga, Folga, Noite, Manhã, Tarde, Folga, Folga"

"Ficou também definido que sempre que o turno da tarde após a rotatividade normal seja efectuado a uma quinta-feira, seguido de folga na sexta e sábado, iremos propor ao INEM que no acerto de horas o INEM credite a folga extra ao Domingo, ficando assim os TAE com 3 dias de folga de Sexta a Domingo" STAE.
Tendo em conta os diversos horários de funcionamento das SBV e SIV, assim como o número reduzido de turnos (nocturnos ou diurnos) em algumas ambulâncias, e para que a rotatividade possa funcionar em pleno e permitir as trocas (para se poder acumular os referidos turnos de tarde com noite), os grupos de ambulância, tal como são hoje conhecidos irão sofrer grandes alterações.
Pessoalmente entendo que irão mesmo desaparecer.

Deste modo, poderão os TAE ser deslocados para outras SBV ou SIV que habitualmente não fazem, quer sejam perto ou longe. Nestes casos se as deslocações forem superiores a 35Km da base original (principal centro de custos dos actuais grupos onde estamos alocados), o INEM pagará ajudas de custo de deslocação.
Esta decisão prende-se não só com a rotatividade dos turnos, mas também como uma questão financeira para o INEM. É mais barato pagar ajudas de custo de deslocações, do que um turno extra!

O que se consegue perceber é que quem agora está "à porta de casa", pode amanha ter que fazer mais 50Km, ou 100Km, ou mesmo 200Km, para se deslocar para o seu posto de trabalho.
Nestes casos, e tendo em conta as distancias a percorrer, os colegas terão de se levantar substancialmente mais cedo, e o problema que se levantou com o horário que tinha como entrada as 7h da manhã, mantém-se!

Onde deixar os filhos se tivermos que sair de casa 1h ou 1h30 mais cedo, para efectuarmos turno fora das ambulâncias a que estamos habituados? Transportes? Com a agravante que em turnos de 8h, estamos a falar de uma média mensal de 18 a 19 turnos.

Não se pode colocar a questão "como posso fazer trocas se só tenho mais 5 ou 6 ou 7 colegas no meu grupo de ambulâncias? Com quem consigo realmente trocar?".
Com este novo "sistema" e deslocalização dos TAE, certamente não irão faltar colegas e ambulâncias para se efectuarem trocas.

Má imagem!




O INEM considera que o expediente usado pela PSP para pôr fim ao sequestro de uma mulher na zona Multibanco de uma agência bancária no Porto levanta questões muito pertinentes, muito embora não queira divulgar a sua posição sobre este caso. 
Comentando o facto de a polícia ter usado um agente disfarçado de elemento do INEM para atacar o sequestrador, fonte oficial deste instituto confirmou ainda que não há qualquer acordo ou protocolo entre as duas entidades que admita este comportamento da PSP.
A TSF contactou também o gabinete de relações públicas da Direcção Nacional da PSP, que explicou que não comenta procedimentos tácticos, não tendo nem confirmado nem desmentido que o agente se fez passar por elemento do INEM. 
Por seu lado, o presidente da Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar considera que o caso de futuro pode causar dificuldades ao quadro feito pelos elementos do INEM, muito embora tenha admitido que o estratagema deu certo. 
«A outra leitura que se faz é que a imagem do técnico de emergência na comunidade em geral é reconhecida como sem imagem policial e muitas vezes intervimos em situação de risco com a segurança garantida pelos próprios intervenientes porque reconhecem esse papel», explicou Nelson Teixeira Baptista.

(Notícia completa em TSF)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Desqualificar; "parcializar"...




Deliberação nº 3 de 2011 do CD INEM - Regulamento de uso de veículos do INEM.

Artigo 3º

Tipologias de veículos
(...)
b) Veículos especiais, destinados à satisfação de necessidades de transporte, especificas e diferenciadas, designadamente, afectos ao transporte de equipas médicas, transporte e estabilização de doentes em situações de urgência e emergência, situações de excepção (...)
Esta deliberação, no que se refere ao artigo 3º, não faz menção à obrigatoriedade de ser detentor de formação de condução de veículos prioritários.
Segundo esta deliberação, qualquer trabalhador com licença válida de condução para os veiculos em questão, pode de facto conduzir, em marcha prioritária, mesmo que não tenha a formação para tal.

Curso de condução, esse, que é factor eliminatório em caso de chumbo, para a "carreira" TAE.
Curso esse, que custa milhares de euros ao INEM a ser leccionado.
Curso que pela sua natureza é fundamental ao bom funcionamento do SAE.

Espero que tenha sido um "lapso", e que seja rectificado rapidamente, e antes que seja publicado em Diário da República, revogando assim todas as determinações ou disposições anteriores.

Segundo o STAE, e bem "A verificar-se, dá-se um retrocesso nos procedimentos de segurança e nesta área de formação do INEM, para além de por em causa não só a segurança dos veículos bem como dos trabalhadores e terceiros"

Artigo 9º

Habilitação para condução de veículos ligeiros de serviço especial.
Os veículos ligeiros de serviço especial do INEM, IP, são conduzidos exclusivamente por trabalhadores do INEM, IP, detentores de licença de condução válida, no âmbito da dependência hierárquica, administrativa e funcional do serviço ao qual estiverem adstritos. 

Artigo 10º

Habilitação para condução de veículos especiais.
1- Os veículos especiais do INEM, IP, podem ser conduzidos, para além dos elementos referidos no artigo 9º, por elementos afectos ao SIEM, detentores de licença válida para o veiculo em questão.
2- Nos casos em que o estado da vitima justifique o seu acompanhamento por um enfermeiro, as VMER podem excepcionalmente ser conduzidas até a unidade de saúde de destino, por tripulantes de ambulância, ainda que não sejam trabalhadores do INEM, IP.

Ou seja a legislação exige o averbamento da licença de condução (Grupo 2).
O INEM encontra-se a resolver o problema que afecta 80% dos colegas até Outubro, entretanto delibera que só quem é "detentor de licença válida" pode conduzir os veículos em questão!
De relembrar que o mesmo se aplica a outras entidades afectas ao SIEM.

Artigo 16ª

Inquérito e procedimento disciplinar.
1 - Sempre que ocorra um sinistro é aberto um inquerito, com vista a serem averiguadas as circunstancias em que aquele se verificou.
2 - Caso se comprove dolo ou negligencia do condutor, deve ser instaurado o respectivo processo disciplinar.
3 - Existindo danos, os mesmos podem ser imputados ao culpado, sob a forma de direito de regresso nos termos gerais, e tomando em consideração o grau de culpa apurado.
Em caso de culpa em acidente, os danos nas viaturas podem ser imputados aos colegas responsáveis pelo acidente.
Como é avaliado o "grau de culpa"? Por quem? Pouco claro...

Artigo 2º

Veículos do INEM, IP.
(...)
2 - A cedência de veículos especiais do INEM, IP, a outras entidades, no âmbito do SIEM, é objecto de regulamentação especial.

Este ponto exclui a aplicação deste regulamento aos postos PEM, que segundo o STAE cria "claramente critérios diferentes no que concerne à imputação de responsabilidades. Desta maneira solicitamos explicações relativamente a este ponto, pois não aceitaremos aplicação de normas mais desfavoráveis aos TAE do que as que são aplicadas aos postos PEM".

Este documento na sua generalidade, obriga a uma maior responsabilização dos TAE, abdicando da formação especifica para a condução de veículos prioritários, mas ao mesmo tempo dá mais autonomia em relação aos parceiros do SIEM, deixando assim que qualquer tripulante de outras entidades possa conduzir (neste caso) uma VMER, mas sem os responsabilizar em caso de acidente, enquanto que os TAE serão responsabilizados consoante o "grau de culpa".

É caso para se dizer, se tivermos que "partir um pisca", que seja com a farda dos bombeiros ou da cruz vermelha, assim não nos serão imputados os custos em caso de culpa.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

INEM empata... os TAE esperam...



O STAE reuniu mais uma vez com o CD INEM, para abordar temas que já haviam sidos discutidos, resolvidos e emitidas deliberações sobre os mesmos.
Mas as delegações teimam em não cumprir. Mudou o CD INEM, mas os delegados regionais e o pessoal “qualificado” nas delegações continua o mesmo!


- Contagem das horas mensais não está a ser feita conforme deliberado pelo Conselho Diretivo ao nível das Delegações Regionais assim como o crédito das horas do estatuto de trabalhador estudante com o mesmo número de horas dos turnos; 
Tanto o vogal do Conselho Diretivo como a Diretora do Departamento de Recursos Humanos mostraram espanto e desagrado pela situação, dado que para além da deliberação, foram já dados esclarecimentos adicionais aos Delegados Regionais no sentido de tal ser aplicado com efeitos imediatos.

- Acerto dos feriados e períodos de descanso compensatório relativo ás horas extras realizadas; 
O INEM referiu que ainda está dentro do prazo acordado com o STAE para a resolução final (fim do primeiro trimestre) 
- Realização de turnos CODU por TAE que não o pretendem fazer; 
O INEM disse que a informação que tem dos Delegados Regionais é que todos os TAE que estão a fazer cumulativamente CODU e ambulância estão por vontade própria.

O STAE expôs a falsidade da informação, pelo que o INEM solicitou que todos os elementos que não pretendam fazer CODU, ou seja, que apenas pretendam fazer ambulância façam chegar essa informação ao Conselho Diretivo do INEM.
O STAE solicita que esse pedido seja feito com o nosso conhecimento para posterior controlo da situação.

Esta afirmação do INEM, só demonstra a falta de conhecimento acerca do funcionamento das suas delegações e dos seus funcionários!
Quero acreditar que alguns colegas o façam de livre vontade, mas dizer que TODOS os TAE que fazem ambulância e CODU e por iniciativa própria, só pode ser tão ridículo, quanto a "fonte" que o CD cita.

Não está difícil de perceber que ainda existem departamentos "a limpar".
E mais fácil está de se ver que teimam em nos dividir para conquistar, por isso caros colegas, como alguém dizia, vamos abrir os olhos sim, mas abrir para ver a realidade e não o que queremos ver.

Quanto mais se luta, maior é a resistência que vem de onde menos se espera.
Aos Srs Delegados Regionais que teimam em não cumprir as deliberações do CD INEM (como sempre) já só resta uma coisa: SAIAM e deixem trabalhar quem quer, quem sabe e quem pode fazer melhor pelo INEM e pelos seus trabalhadores.

INACEITÁVEL um instituto vir dizer ao sindicato "Já demos ordens nesse sentido", mas as coisas não aparecem feitas.
INACEITÁVEL ouvir dizer de um CD que "a informação que tem dos Delegados Regionais é que todos os TAE que estão a fazer cumulativamente CODU e ambulância estão por vontade própria" quando por diversas vezes este assunto foi abordado em reuniões com o STAE com informações contrárias!

O INEM, e o seu CD não tem mão nos delegados regionais? A solução parece-me evidente.


- Implementação em pleno da coordenação de TAE pelos seus pares; 
Em conjunto com a implementação dos novos horários e das novas aplicações informáticas, serão também criados agrupamentos de ambulâncias geograficamente próximas.

Apesar de não ser possível em todos os casos pelo isolamento de alguns meios, esta situação permitirá a rotação das equipas entre mais que uma ambulância, nomeadamente a rotação entre meios SIV e SBV onde estes forem próximos. 
O objectivo é facilitar a gestão de pessoal, nomeadamente as trocas, e ao mesmo tempo permitir que os TAE mantenham o seu Know-how entre nos meios SBV e SIV e eventualmente em meios com realidades de casuística diferentes. 
No entanto esta matéria ainda vai ser analisada muito detalhadamente pelo STAE com o INEM.

Isto implicará que:
- Os TAE das SIV fiquem também sob a coordenação de TAE e que o seu horário seja
controlado por estes;
- Os TAE sejam avaliados por TAE conforme a legislação impõem;
- Não se percam competências entre meios SIV e SBV e meios de menor casuística; 
Assim, a coordenação plena de TAE pelos seus pares será para breve em todo o país.

 Estamos cá para ver!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Médico e enfermeira do INEM feridos em acidente.


Um médico e uma enfermeira do INEM ficaram feridos no despiste de uma ambulância, seguido de atropelamento, na A24, em Vila Pouca de Aguiar.
Uma Viatura de Emergência Médica e Reanimação (VMER) do INEM despistou-se, esta tarde, possivelmente devido ao mau tempo, na A24, sentido Vila Real-Chaves, perto de Vila Pouca de Aguiar.
Quando saíram da viatura, após o despiste, cerca das 13.40 desta quarta-feira, médico e enfermeira do INEM terão sido colhidos por uma outra viatura, disse ao JN fonte da GNR.
No entanto, de acordo com os Bombeiros de Vila Real, só o médico foi atropelado. Ambos os profissionais de saúde sofreram ferimentos considerados graves e foram transferidos para o Hospital de Vila Real.
O condutor da outra viatura sofreu ferimentos ligeiros e terá recusado assistência hospitalar.
(Notícia em JN)

Correcção ao JN. Não foi despiste de ambulância, mas sim da VMER.
Desejos de rápidas melhoras ao médico e enfermeira.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O INEM brinca, e o STAE vai atrás!



No passado dia 28 de Janeiro, como é sabido, decorreu em Coimbra a AG do STAE, onde os associados votaram a posição que o STAE iria defender perante o INEM relativa ao novo horário de trabalho.

E o que ficou decidido foi o já conhecido horário 00h-07h + 7h-17h + 17h-24h, entretanto aceite pelo INEM.

Ora, como nem todos ficamos satisfeitos (não se pode agradar a Gregos e Troianos), o INEM volta atrás com a palavra de que não iria permitir horários de 8h com acumulação de turnos, colocando assim um horário que anteriormente havia retirado das negociações (assim como o STAE), por entender que a carga horária seria excessiva.

Ou seja, o INEM mostra-se agora disponível para aceitar o horário de 3 jornadas (00h-8h + 8h-16h + 16h-24h), com possibilidade de acumulação do turno da tarde com turno da noite, dando o dito por não dito!

Até aqui este horário era impraticável para o INEM pois permite que se trabalhe 16h consecutivas e como tal não foi levado pelo STAE á AG.

Passados que estão 15 dias o INEM já não encontra nenhum entrave para que tal aconteça.

No entanto não permite que se faça 00h-08h e de seguida 16h-24h, já que isso implica 16h de trabalho no mesmo dia!

Questões legais á parte, o STAE vai realizar uma AG extraordinária para levar a votação os dois horários em questão no próximo dia 24 em Coimbra.

Questões legais á parte, depois desta votação se o INEM decidir propor outro horário, talvez porque tal seja conveniente, voltaremos a ter outra AG extraordinária?
O STAE vai andar á boleia das vontades do CD do INEM nesta matéria?
Porque não foi este horário apresentado antes? O que mudou?

Quer-me parecer que alguém está a querer fazer os TAE’s passar por lorpas, fazendo e desfazendo os horários de trabalho como bem lhe (lhes) aprouver, e lançando a confusão, discórdia e divisão entre nós!

Supúnhamos que o horário aprovado é novamente 00h-07h + 7h-17h + 17h-24h!

Irá o INEM apresentar novamente outra alternativa de horário? E posteriormente nova AG do STAE?
Até quando vai o jogo do gato e do rato?

Melhor que votar uma proposta do INEM (uma ou mais), é em AG os associados “criarem” um horário de trabalho CONCENSUAL, legal e apresentá-lo ao INEM, deixando assim o nosso futuro nas nossas mãos, e não nas mãos de quem nos quer dividir para reinar!

O STAE não é uma brincadeira, nem os TAE andam a brincar às reuniões e AG’s.

No meio de tudo, critica-se como sempre o mensageiro e não a mensagem!
Sejamos unidos, coerentes e acima de tudo práticos!

8h+8h+8h ou 7h+10h+7h? Ou nenhum deles?

Votem em consciência, tendo em consideração todos os colegas espalhados pelo País, mas sobretudo sejamos unidos.

Não vamos agora perder o que tanto custou a ganhar!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bombeiros querem urgências sempre para o INEM



Os bombeiros profissionais querem que os pedidos de socorro sejam encaminhados pelo INEM, mesmo nos casos que consideram não ser de risco de vida iminente. As corporações garantem que muitas situações são mal avaliadas, desde logo por serem efetivamente urgentes.
(Notícia com vídeo em RTP
"As pessoas dizem:

- Ligamos para o INEM, e o INEM mandou ligar para os Bombeiros.
- Isso não está correcto na minha opinião. O INEM quer considere urgente, quer não considere urgente, devia ser o INEM a dar indicação aos Bombeiros para sair, porque ganhávamos tempo (...)"
(Comandante Salvador Almeida - Bombeiros Sapadores de Gaia)

Ganha-se tempo sem dúvida, mas não só!

Garantem os Bombeiros (Sapadores de Gaia) que "existem assimetrias na assistência e populações com diferentes tipo de socorro"!?
Não vou escamotear estas afirmações por razões óbvias, limito-me a dizer que existem 2 SBV próprias do INEM (Gaia 1 e 2) e mais de 5 corporações de Bombeiros, onde cada uma pode ter mais de uma SBV em simultâneo na rua, para a zona de Vila Nova de Gaia.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

11 de Fevereiro - Dia Europeu do 112




Participantes:

Duarte Caldeira (Liga dos Bombeiros)
Pedro Coelho dos Santos (Departamento Comunicação e Imagem do INEM)
Maria Augusta Sousa (Bastonária da Ordem dos Enfermeiros)
Carlos Martins (PSP - Director Divisão Comunicações e Electrónica)


O programa acompanhou uma ambulância SBV (Lisboa 1) do INEM (ver no video ao minuto 60:10)

A este respeito e como já aqui falei, pode-se ver a distinção do Sistema Português do 112, no post de  9 de Novembro.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nem todo o jornalismo é mau!




Dois dias a acompanhar serviço do INEM
Um dia depois de ter sido divulgado um estudo do Tribunal de Contas sobre a prestação de serviço do INEM, o JORNAL das CALDAS acompanhou as tripulações que prestam socorro nas Caldas da Rainha.
Ao contrário daquilo que vem explanado no relatório, nas Caldas não há queixas quanto ao atraso ou eventual má prestação de serviço. Por aquilo que testemunhámos, ninguém reclamou por atraso dos meios, pelo contrário. A população apenas se lamenta no questionário ao pedir ajuda.
“São muitas perguntas”, disseram alguns populares, mas outros declaram que “são perguntas necessárias para uma boa triagem e para salvamos os nossos familiares”. Há quem diga ainda que poderiam fazer perguntas depois de mandarem meios para o local. “Deveria haver este acompanhamento até os meios chegarem à nossa porta”, sugeriu outro popular.
Neste acompanhamento de dois dias verificámos que a maior parte dos utentes da emergência pré-hospitalar são idosos e são as quedas em casa que mais preocupam os serviços de saúde.
Diabetes e hipertensão são outras causas de chamada dos socorristas, que também servem para combater a solidão dos idosos. Há pequenos gestos de que as pessoas necessitam e que sentem falta da parte dos seus familiares.

(Notícia completa em Jornal das Caldas)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O disparate do Tribunal de Contas.




O Tribunal de Contas (TC) emitiu no final do mês passado o relatório referente á auditoria efectuada ao INEM, onde entre outros disparates critica a demora no atendimento das chamadas por parte dos CODU, que é de 13 segundos quando deveria ser de 5.

Tendo em conta o relatório do TC, o facto de se estar a perder 8 segundos no atendimento da chamada nos CODU segundo o mesmo relatório, coloca em causa o socorro a vítimas urgentes.

E os MINUTOS que as centrais 112 (que não são da responsabilidade do INEM) demoram a atender?
E quantas vezes não atendem, obrigando os utentes a ligar 2 ou mais vezes, perdendo assim, não 8, mas 180 a 200 segundos?

É muito perigoso apontar o dedo ao INEM desta forma, quando o verdadeiro problema não está só no INEM.
Desde há muitos anos que um dos maiores problemas (no que diz respeito ás chamadas de emergência) está nas centrais 112, onde estão apenas 1 ou 2 polícias, a encaminhar as chamadas, por vezes quase sem conseguirem colocar o telefone no descanso tamanha é a trapalhada dos sistema e o afluxo de chamadas.
E o problema está nos CODU?

A capacidade de resposta do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está aquém dos padrões internacionais, conclui uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao período entre 2007 e 2009. Segundo o estudo, os tempos médios de atendimento de chamadas situaram-se nos 14 segundos em 2007, 12 segundos em 2008 e 13 segundos em 2009, quando o tempo ideal definido pelo INEM era de 5 segundos”.
"Considerando que a qualidade da assistência aos utentes se inicia num contacto rápido e eficaz com o CODU, a existência de tempos de atendimento de chamadas significativamente superiores aos estabelecidos como referência e elevadas percentagens de chamadas não atendidas poderão resultar em consequências gravosas para os utentes"
Sem querer até tropeçaram na solução!
Outro problema que o TC "encontrou" foi o aumento de custos com o pessoal.
Ora se o INEM está a alargar os seus meios próprios (SBV, SIV e Heli’s), como é RECOMENDAÇÃO do próprio TC, faz todo o sentido que a despesa corrente com pessoal aumente.
Não estou a ver os Srs. doutores do TC a trabalharem de borla. Pois os TAE, TOTE, enfermeiros e médicos também não gostam de trabalhar para aquecer.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) revelou que os custos com pessoal ascenderam, em 2009, a 24,1 milhões de euros, um crescimento de 84 por cento face a 2007. 


Já li grande parte do relatório do TC e realmente chorei.
Chorei de tristeza, e chorei a rir, pois muita coisa precisa de mudar no INEM sem dúvida, mas mais que isso precisava o TC de olhar, de ver o INEM com "olhos de ver", e não olhar para o INEM como se fossem apenas feito de números.

As pessoas não são números. E o INEM é feito de pessoas. Que lutam todos os dias por uma instituição mais digna, mais eficiente e mais responsável.
E que todos os dias evolui!

Lamentável ainda foi a forma como a comunicação social se aproveitou deste dito “relatório” para mais uma vez atacar o INEM e quem nele trabalha.
Mas como já cita o Presidente: “O que não nos mata torna-nos mais fortes.” F. Nietzsche