sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Novo CD INEM e novos directores RH e Gabinete Comunicação

CONCELHO DIRECTIVO

Presidente
Miguel Soares de Oliveira


Formação académica
Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Mestrado em Medicina de Emergência pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Especialidade de Cirurgia Pediátrica pela Ordem dos Médicos
Competência em Emergência Médica pela Ordem dos Médicos
Competência em Gestão de Unidades de Saúde pela Ordem dos Médicos

Experiência profissional
Chefe da Divisão de Qualidade Clínica e Organizacional da Direcção-Geral da Saúde
Professor convidado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e na Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria
Médico de Viatura Médica de Emergência e Reanimação, Helitransporte e CODU
Director Regional do INEM Norte
Assessor do Presidente do INEM
Assessor do Conselho Directivo da ARS Norte, para as áreas da Urgência e Emergência
Coordenador Regional do Norte das Vias Verdes do AVC e do EAM
Coordenador da Comissão Regional do Doente Critico

Vogal
Pedro Lopes


Formação académica
Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico
Protecção Contra Incêndios em Edifícios pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Terminou a parte académica e iniciou o tema de dissertação do Mestrado em Segurança aos Incêndios Urbanos pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil

Experiência profissional
Vice-presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil
Vice-presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil
Inspector Nacional de Bombeiros Adjunto
Inspector Regional de Bombeiros do Centro
Inspector Regional Adjunto de Bombeiros do Serviço Nacional de Bombeiros
Professor na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja e na Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria, no Porto


Vogal
Júlio Pedro



Formação académica
Pós-Graduação em Administração Hospitalar na Escola Nacional de Saúde Pública
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Lusófona
PADIS - Programa de Alta Direcção de Instituições de Saúde na AESE- Escola de Direcção e Negócios
Mastering Health care finance – International Executive Program realizado por Univertsité Lausanne/Harvard Medical School/Hospital Geral de Santo António
Curso de Enfermagem Geral pela Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara

Experiência profissional
Vogal Executivo do Conselho de Administração do Hospital do Litoral Alentejano
Administrador Hospitalar no Centro Hospitalar de Lisboa Norte EPE.
Administrador Hospitalar no Hospital Egas Moniz
Administrador Hospitalar no Hospital de S. José
Enfermeiro no Hospital dos Capuchos


DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS


Directora
Teresa Madureira



Formação académica
Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.

Experiência profissional
Secretária Geral Adjunta do Ministério da Saúde
Directora de Recursos Humanos do Instituto de Financiamento e Apoio à Agricultura e Pescas e Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola (IFADAP/INGA)
Directora Administrativa do Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola
Chefe de Divisão Jurídica do Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola (INGA)



GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM


Director
Pedro Coelho dos Santos


Formação académica
Licenciatura em Ciências da Comunicação pela Universidade Independente

Experiência profissional
Responsável pela Assessoria de Comunicação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Consultor de Comunicação da Direcção-Geral da Saúde
Professor convidado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e na Universidade Lusíada
Director de Comunicação do INEM
Adjunto para a Comunicação Social da Ministra da Saúde do XIV Governo Constitucional
Jornalista nos órgãos de comunicação social “Público”, “Euronotícias” e “Focus”

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Guidelines 2010 - Principais alterações

ABC

O ABC desaparece nas novas recomendações da ERC, passando a CAB.

No novo algoritmo vemos então a seguinte sequência:

1- Condições de segurança.
2- Verificar se a vítima responde
3- Se responde – Prosseguir com exame

Se não responde gritar por ajuda, virar a vítima de costas, abrir a boca com extensão do pescoço e elevação do queixo.
Aqui já se vê a primeira alteração, pois não se pesquisa a cavidade oral, para verificar a presença de corpos estranhos.

4- VOS.
E aqui salienta-se que pode existir respiração agónica, reforçando os 10 segundos de VOS para o socorrista se certificar paragem.

5- Respiração normal – PLS e pedir ajuda
5b – Respiração anormal ou ausente – Compressões
Aqui enfatiza-se a importância das compressões serem efectuadas com uma frequência de 100 por minuto não excedendo as 120 minuto, deprimindo o tórax 5 cm pelo menos, sem exceder os 6 cm.

6- Ventilações.
E neste ponto após a 1ª ventilação, se esta não for eficaz, então sim deve-se pesquisar a cavidade oral e se tiver algum objecto estranho, remove-lo, e reconfirmar a posição da cabeça.

No adulto o mais provável é que a PCR seja de causa cardíaca, pelo que a reanimação deve iniciar-se pelas compressões e não pelas ventilações.
Não se deve perder tempo a verificar se há corpos estranhos na boca a menos que a insuflação não faça o tórax elevar-se.
A pausa pós choque deve ser reduzida ao mínimo possível. A totalidade do processo de desfibrilação deve estar completo em menos de 5 segundos.
No DAE, dá-se ênfase em minimizar as pausas pré e pós-choque. Deve-se manter compressões enquanto o aparelho efectua a carga para efectuar a desfibrilação

Quanto ao SAV:
Algumas das alterações mais importantes são que se retira a recomendação para fazer um período predefinido de SBV antes de desfibrilar, nas PCR em PH e não testemunhadas pelos operacionais do SEM.

O murro pré-cordial é desvalorizado (já não se via muito), assim como passa a não ser recomendada a administração de fármacos pelo TET, no caso de não se conseguir acesso ev, passando a ser efectuado por via IO (intra-óssea).

A adrenalina e amiodorona administram-se após o 3º choque no caso das FV/TVsP, e a atropina desaparece.

Aumenta-se a importância da capnografia.


SBV Pediátrico

1- Condições de segurança.
2- Verificar se a vítima responde
Se responde – Prosseguir com exame, caso contrário pedir ajuda.

3- Vitima não responde

Cuidadosamente, deitar a criança de costas, abrir a via aérea com extensão da cabeça e elevação do queixo, colocar a mão na testa da criança e estender cuidadosamente a cabeça para trás ao mesmo tempo, elevar o queixo com as pontas dos dedos.

Não pressionar os tecidos moles debaixo da mandíbula para não obstruir a via aérea.
Se mesmo assim for difícil abrir a via aérea, tentar a subluxação da mandíbula: colocar o 2º e 3º dedo de cada mão atrás de cada lado da mandíbula e empurrá-la para a frente.

4- VOS durante 10 segundos.

5- 5A – Respira – PLS
5B – Não respira ou respiração anormal

Remover cuidadosamente qualquer obstrução evidente da via aérea.
Cinco insuflações iniciais.

Insuflar lentamente durante 1–1.5 segundos e verificar elevação do tórax
Mantendo extensão da cabeça e elevação do queixo, afastar a boca da criança e observar o tórax a descer durante a exalação.

Inspirar de novo e repetir a sequência cinco vezes.
Avaliar a eficácia vendo os movimentos torácicos semelhantes aos que se veriam em respiração normal.
No lactente é a posição neutra que se adopta.

6- Avaliar circulação
Na criança com mais de 1 ano — pulso carotídeo.
No lactente — pulso braquial, na face interna do braço.
Em crianças e lactentes pode palpar-se o pulso femoral, entre a espinha ilíaca antero-superior e a sínfise púbica.

7- Se não houver sinais de vida, e a menos que haja a CERTEZA ABSOLUTA de ter palpado um pulso, com mais de 60 batimentos min (bpm), dentro de 10 segundos.
Iniciar compressões torácicas e alternar com insuflações.

Reforça-se a necessidade de efectuar compressões correctas de profundidade adequada. Cerca de 1/3 do diâmetro antero-posterior em todas as crianças.

Novamente não se deve suspender compressões para administrar choque (novamente se reforça que é seguro usar DAE em crianças com 1 ano ou mais) por mais de 5 segundos (tal como no adulto).


Modificações das recomendações para o SBV da mulher grávida
Deslocar manualmente o útero para a esquerda para aliviar a compressão da veia cava inferior.
Promover a inclinação lateral esquerda da bacia / abdómen se possível – não se sabe qual é o ângulo ideal para essa inclinação, mas recomenda-se 15-30º. O ângulo da inclinação deve permitir compressões torácicas eficazes.

Abordagem inicial das síndromes coronárias agudas
O AAS deve ser administrado pelo primeiro profissional de saúde que contacta o doente, por quem ajuda o doente ou pelo centro de orientação de doentes urgentes. A dose inicial de AAS mastigável é de 160-325 mg. As formas solúveis ou ev devem ser tão eficazes como a mastigável.

As alterações mais significativas para SBV estão relacionadas com a circulação na PCR.
Os algoritmos tem vindo a ser actualizados nesse sentido (5:1, 15:2´, 30:2) e este ano esperava-se que fosse alterado para 50:2, mas tal não aconteceu.
A alteração mais "visivel" foi a não pesquisa da cavidade oral antes da extenção da cabeça.
Falta saber se vai ser adoptada.
Todas estas recomendações e alterações ainda vão ser estudadas pelo INEM, de forma a introduzir as alterações nos nossos algoritmos.
Até lá mantêm-se tudo como estava.

(Com base nas Guidelines 2010 do CPR)

sábado, 23 de outubro de 2010

Avaliação de desempenho

Novas avaliações de desempenho estão a ser entregues para conhecimento e para serem assinadas pelos TAE's.

Avaliações efectuadas por... enfermeiros?!?!?

Mas quem são os enfermeiros para fazerem avaliação dos TAE?

"Não reconhecemos capacidade de avaliação por parte dos enfermeiros quer a nível LEGAL, TÉCNICO E MUITO MENOS MORAL aos TAE"
O SIADAP não permite avaliações senão do Delegado regional, e nem ele pode delegar essa função.
É hora de chamar a atenção do CD do INEM, de mais uma barbaridade e atentado aos TAE.

O sindicato fez um comunicado em que se apela a todos os TAE para não assinarem tais avaliações.

A irresponsabilidade começa logo na 1ª linha do documento:
A colheita de indicadores sera efectuada pelos Enfermeiros Responsaveis SIV e/ou pelos
Enfermeiros responsaveis de Backoffice.
Só faltava mais esta mesmo!
Depois parte-se para a "avaliação por avaliação". Mais parece a check-list.

Grelha de avaliação:

1º Objectivo - Colaborar com o enfermeiro no SIV.
Colabora na verificação da operacionalidade do material.
Identifica o material existente
Conhece a localização do material na célula e nas malas
Cumpre as indicações do Enfermeiro
Respeita a decisão do Enfermeiro

2º Objectivo - Desempenhar correctamente as funções de TAE.
Apresentação cuidada
Fardamento regulamentado
Iniciativa / Proactividade (no socorro a vitima)
Critica Construtiva
Capacidade formativa para terceiros
Relacionamento com outros profissionais
Contacta directamente com vítima
Dá a conhecer a vitima os procedimento a efectuar
Apoia e da seguranCia a vitima/famiiia
Controla a ansiedade/curiosidade de família/populares
Envolve, quando pertinente, família/cuidadores/populares no processo de socorro
Assegura privacidade da vítima e família
Zela pelo sigilo profissional
Trabalha em equipa
Garante as condições de segurança (Local, DAE, outros)
Utiliza medidas universais de protecção
Demonstra conhecimentos
Utiliza procedimentos adequados

3º Objectivo - Garantir a operacionalidade da ambulância.
Presença operacionalidade do insuflador manual adulto
Presença operacionalidade do insuflador manual pediátrico
Presença e operacionalidade do aspirador
Presença e operacionalidade das balas de 02
Existência do conjunto completo de colares cervicais
Limpeza e higiene interna da Ambulância
Limpeza externa da ambulância
Trav6es
Pneus
Luzes
Sirenes
Aquecimento/Ar condicionado
Oleo
Água limpa para brisas
Combustível
Cartão Galp
Rádio
Intercomunicador
Cumpre a verificação da checklist
Repõe material em falta;
Informa devidamente quando detecta falta de material indisponível em stock

Aqui podemos ver que continuamos a ser um alvo para os enfermeiros.
Desde quando é que por iniciativa de enfermeiros se procede á elaboração de uma grelha de avaliação, sem conhecimento do CD, e pior, passando por cima dos direitos fundamentais dos trabalhadores, e com avaliação de... enfermeiros...???
Nem o sindicato teve conhecimento desta grelha, o que viola claramente a Lei.

Continuamos a assistir a estas barbaridades por parte dos enfermeiros, numa tentativa estúpida de subjugação e humilhação.
Esta avaliação não tem nexo, valor, fundamento, credibilidade e muito menos pode espelhar a realidade do dia a dia, demonstrando uma perfeita incompetência!

Enfim… “Enfermeirices”…

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enfermeiros no PH? Onde?

Ao longo dos últimos anos temos vindo a ser atropelados pela classe de enfermagem, numa tentativa de usurpar o lugar dos Técnicos de Ambulância de Emergência.
Frequentemente se pode ver, em notícias, blogues, etc., afirmações de que não se justifica criar uma classe de Técnicos para o Pré-Hospitalar, quando existem enfermeiros disponíveis para o efeito.
Estes ataques de treta continuam...

Os TAE foram criados em 2004, e desde então que se justificou a sua existência no PH por mérito próprio.
Nunca se procuraram protagonismos nem conflitos.
Nós temos a nossa função, perfeitamente consagrada em Diário da Republica, e trabalhamos todos os dias, dando o nosso melhor e sempre em prol do Instituto e da população.

Contudo, nos últimos 2 anos temos vindo a ser violentamente atacados pela classe de enfermagem.
Ora porque não temos competências, ora porque se as queremos é porque as roubamos aos enfermeiros, ora porque a nossa formação é mais cara ou porque somos uma solução barata.

Primeiro gostava de saber que competências estamos a roubar aos enfermeiros.
Segundo, ainda não percebi a mais-valia dos enfermeiros no CODU. Já tive oportunidade de fazer uma análise á sua saída dos CODU.
Terceiro, digam-me Srs. Enfermeiros onde é que tiraram a ideia que é mais vantajoso ter Enfermeiros no PH do que Técnicos devidamente qualificados para o efeito?

Durante muito tempo nos apelidaram de incompetentes, básicos etc. E ao mesmo tempo sempre apregoaram que a nossa formação foi dada por enfermeiros…
Pois bem. A nossa formação vai passar a ser dada por médicos e entidades devidamente credenciadas para o efeito, conseguindo com isto ter mais e melhor formação.
Não vamos roubar competências a ninguém. Elas são-nos delegadas por Médicos, e não por enfermeiros.

Já leram as novas Guidelines 2010 publicadas pelo CPR?
Pagina 26:

Reanimação pré-hospitalar Operacionais do SEM
Há diferenças consideráveis na estrutura e processo dos sistemas de Emergência Médica (SEM) através da Europa. Há países que adoptaram um modelo baseados quase exclusivamente em paramédicos / técnicos de emergência médica (TEM) enquanto outros incorporaram médicos em maior ou menor grau. Os estudos indirectos comparando resultados da reanimação entre sistemas com médicos e outros são de difícil interpretação por causa da enorme variabilidade entre sistemas, independentemente da presença de médicos. Dada a inconsistência dos dados, assume-se que a inclusão ou não de médicos nos sistemas de emergência pré-hospitalar para resposta a PCR depende em larga medida das políticas locais.

ONDE FALA DE ENFERMEIROS? EM LADO NENHUM!

Temos uma classe profissional de enfermagem, que não debate o aspecto técnico do PH. Debate a quem deve pertencer o lugar! Não promovem diálogo, falam para o ar! Tentam fazer política, e acabam a cair no ridículo.
Neste momento a classe de enfermagem apresenta-se desconhecedora da nossa realidade, e com um único objectivo: atacar outras classes profissionais.
Já se viraram contra os auxiliares, médicos, técnicos de análises, fisioterapeutas, cardiopneumologistas etc., e agora os TEPH. Por este andar ainda se viram contra o CPR ou o CER.

Mas numa coisa tem razão: Portugal parece um “pais de outro planeta”. É um País que dá demasiada importância a quem a não tem. Porque no final de contas, toda a comunidade está de acordo com a criação dos TEPH, menos a classe de enfermagem.

Em tom de ironia, Portugal pede desculpa aos enfermeiros, por ainda não existir um Presidente da Republica enfermeiro. Um PM enfermeiro, com os seus ministros enfermeiros. Onde acabem com os médicos e se coloquem enfermeiros no seu lugar.
Enfim, pedimos desculpa por querermos evoluir. E evoluir no bom caminho.

Mas não pedimos desculpa por querer o melhor para a população, criando uma classe profissional direccionada ao PH, em vez de “tapar o sol com a peneira”. Porque de peneiras estamos fartos!

SABER FAZER E SER! PORQUE A VIDA É UM DIREITO!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O desespero!

Hoje podemo-nos deparar com uma notícia no “i” de um “grupo” de profissionais, que tenta a todo o custo mostrar o que só eles conseguem ver.
Se neste momento os TAE fossem substituídos por enfermeiros, posso desde já garantir que a despesa corrente apenas com as renumerações base, passavam para mais de 250%, sem contar com o custo inerente a tal substituição (ridícula).
Mas como os TAE já estão de alguma forma habituados a ver “grupos” de pseudo-intelectuais atentarem contra nós numa tentativa desesperada de manter os tachos, só me resta dizer uma coisa: continuem a tentar. Pois noticias, e entrevistas de “grupos”, ridículas como esta notícia é, só nos da para refastelar no sofá e rir. Porque neste momento RIR é o melhor remédio.

“A formação dos novos técnicos de emergência pré-hospitalar vai custar pelo menos o triplo (cerca de 2 milhões de euros) quando comparada com formações do INEM para enfermeiros e médicos que queiram trabalhar em emergência médica. Só uniformizar a formação dos actuais operacionais dos centros de emergência e do suporte básico de vida, cerca de 843 técnicos, vai custar 1 389 840 euros, segundo a estimativa avançada ao i por um grupo de profissionais ligados ao pré-hospitalar e às formações do INEM, tendo em conta o custo por hora de formações internas e externas.”

Ora aqui inicia uma tentativa desesperada de inverter os factos por “um grupo de profissionais ligados ao pré-hospitalar”.
Caso estes senhores, que só devem ser apelidados de ignorantes, não saibam, grande fatia dessa formação chama-se RECERTIFICAÇÃO.
O que quer dizer que com nova carreira ou sem ela, tinha que ser feita.
Para “um grupo” que se diz conhecedor do pré-hospitalar começa mal.
Mas aqui também podemos ver, quanto ganham os enfermeiros nas formações.
1 389 840 euros a pagar a formadores da casa, segundo a noticia diz. Sendo metade deles enfermeiros e sabendo que um enfermeiro ganha mais que um TAE, em grosso modo mais de 70% é para enfermeiros. TACHO!

“A uniformização começou este ano, com formadores internos, e soma um total de 472 horas, a que acrescem mais 1000 horas de formação de nível cinco, superior, com um custo estimado de 716 mil euros. Já os moldes da formação adicional que inaugura a carreira de Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) - que segundo o plano elaborado pela anterior direcção do INEM e aprovado pelo secretário de Estado Adjunto da Saúde Manuel Pizarro será assegurada por entidades do ensino superior e acreditadas pelo INEM - estão ainda a ser ultimados, mas o currículo apresentado pela anterior direcção teve o parecer desfavorável da Ordem dos Enfermeiros. “

A formação de TEPH não fica ao encargo do INEM, mas sim dos formandos.
Cada tiro cada melro!

(…)

“Para os enfermeiros do pré-hospitalar ouvidos pelo i, além de ser mais cara, a formação prevista para os TEPH não trará qualificações para os actos que lhes são atribuídos no novo plano, como proceder à observação clínica das vítimas, isolar vias áreas, identificar ruídos respiratórios de risco - sobretudo pela falta de experiência em meio hospitalar, onde os enfermeiros têm de estar dois anos antes de fazer emergência pré-hospitalar. "Estamos a falar de pessoas que têm o 9.o ano ou as Novas Oportunidades, fazem 1500 horas de formação e acredita-se que estarão habilitadas a realizar actos complexos e de grande diferenciação como por exemplo espetar uma agulha num pulmão ou fazer uma desobstrução de via área.”
Mais uma vez IGNORANCIA. GRANDE parte dos actuais TAE não tem “somente” o 9º ano, mas são licenciados em diversas áreas, com notas de entrada em cursos superiores maiores que 9,6 valores…
"experiência em meio hospitalar, onde os enfermeiros têm de estar dois anos antes de fazer emergência pré-hospitalar" se assim é existem algumas SIV que tem que fechar!

Avançar este ano com a uniformização de formações, no fundo habilitar os técnicos de ambulância de emergência (TAE) e também os técnicos operadores de telecomunicações de emergência (TOTE), coincidiu com a descontinuação da formação interna dos enfermeiros para actuarem nas ambulâncias SIV, apontam ainda. Neste momento só estão a funcionar 28 das 40 previstas. "Se falta entrarem em funcionamento 14 ambulâncias SIV em todo o país, o que é que significa suspender a formação?", questionam.

Contactado pelo i, o INEM diz que as questões vão ser alvo de uma análise cuidada "tendo em conta os compromissos anteriormente assumidos e também a realidade do momento actual do país". Estão agendadas reuniões com entidades representativas dos vários grupos, respondeu ao i o gabinete de comunicação. Hoje o Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência reúne-se com o secretário de Estado Manuel Pizarro. Em cima da mesa estão os diplomas legais da futura carreira.

Resumindo, ao que parece existem GRUPOS de enfermeiros, mal informados, que se julgam detentores de toda a verdade, quando nem sequer sabem como vai ser efectuada a nova formação, onde e quanto vai custar, e a quem vai custar. E quando não sabem limitam-se a mandar "postas de pescada" para o ar a ver se alguem os ouve.
São estes senhores que querem "tomar conta" do pré-hospitalar?
Com tanta sabedoria ainda trocam as adrenalinas por midazolam...
Este tipo de campanhas já vem sendo hábito por parte de alguns grupos de pessoas, ditas profissionais ligados ao pré-hospitalar.
Lamentavelmente continuamos a ver tentativas de desinformação da opinião pública, com vista a servir os objectivos de alguns em detrimento do bem comum.


Bandos...



(Notícia completa no "i")

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mensagem do Presidente do INEM

Caros Colaboradores (TODOS, desde os meus parceiros do Conselho Directivo até ao segurança, por quem passamos todos os dias),

Iniciei, recentemente, funções como Presidente do Conselho Directivo do INEM. Como sabem, além de conhecer razoavelmente a sua estrutura (fui Director Regional INEM Norte de 2003 a 2008), conheço também a sua vertente operacional (VMER, CODU, Heli, etc.), os seus principais parceiros (de pré-hospitalar e hospitalar) e, principalmente, conheço bem as pessoas que com o INEM colaboram, quais as suas dificuldades, anseios e ambições.

O INEM depara-se com um conjunto vasto de situações que necessitam de atenção e resolução. Não prometo a resolução de todas e muito menos de imediato. Mas muitos saberão que não conheço a palavra impossível e que não perco dois segundos com as tarefas fáceis. A minha área de actuação é a das tarefas difíceis, mas exequíveis. Num clima em que as pessoas são valorizadas e envolvidas. Em que são, verdadeiramente, tratadas como pessoas e incentivadas a dar o seu melhor. Em que o resultado final é fruto do trabalho de todos e o sucesso é por todos repartido (se houver fracassos, esses serão unicamente da minha responsabilidade).

É isso que vos peço. É isso que vos prometo: um INEM de todos, formado por todos e que a todos irá dar espaço para pelo desenvolvimento dos seus potenciais, em que no final, de uma forma natural e simples, quem sairá amplamente ganhador será o cidadão, razão única da nossa existência.

Da minha parte e, estou certo, dos restantes membros do Conselho Directivo, podem contar com as seguintes orientações gerais:

- total empenho e entusiasmo em construir um INEM cada vez mais eficaz;
- assegurar uma fluida comunicação entre todos;
- primar pela eficiência na utilização dos recursos disponíveis;
- tratar todos os profissionais em primeiro lugar como pessoas e só depois como técnicos;
- promover um SIEM que, sem corporativismos, procure sempre a melhor solução centrada no cidadão;

Há espaço para todos. Há necessidade de todos. Todos seremos poucos. E, por isso, eu preciso de cada um de vocês. Preciso que cada um dê, diariamente, o seu melhor por esta importante Instituição em que todos temos a honra de trabalhar.

Termino estas breves palavras desejando ver espelhada em cada rosto esta minha vontade, este meu entusiasmo, esta minha firme convicção de que, juntos, conseguiremos.

Bom trabalho!!!

Miguel Soares de Oliveira
Enviado a todos os colaboradores via interna.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novas Guidelines 2010

As novas guidelines do "The European Resuscitation Council" já estão disponíveis para consulta.
No DAE, dá-se ênfase em minimizar as pausas pré e pós-choque. Deve-se manter compressões enquanto o aparelho efectua a carga para efectuar a desfibrilhação.

A pausa para desfibrilhação deve manter-se não superior a 5 segundos.

Nas Síndromes Coronárias Agudas, as recomendações para utilização de ácido acetil salicílico (AAS) foram mais liberalizadas; o AAS deve ser administrado pelas testemunhas com ou sem presença de operacionais dos SEM

O AAS deve ser administrado pelo primeiro profissional de saúde que contacta o doente, por quem ajuda o doente ou pelo centro de orientação de doentes urgentes. A dose inicial de AAS mastigável é de 160-325 mg. As formas solúveis ou ev devem ser tão eficazes como a mastigável.
Até ao presente momento, o AAS só deve ser administrado pelos TAE com ordem expressa dos médicos CODU. Aguarda-se a análise por parte do INEM e novas ordens.

Recomendo a leitura atenta das paragem cardíacas em situações especiais: envenenamentos, afogamento, hipotermia acidental, hipertermia, asma, anafilaxia, cirurgia cardíaca, trauma, gravidez e electrocussão.


Quanto a modificações no SAV, a atropina na assistolia ou AEsP desaparece.
A adrenalina passa a ser administrada depois do 3º choque, assim como amiodorona.
Deixa de ser recomendada a administração de drogas pelo tubo endotraqueal quando não se consegue acesso venoso, devendo ser administradas via intra-ossea.



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O início da carreira.



Em 1795, a imagem duma carruagem puxada por cavalos com pessoal médico treinado, foi criada pelo Barão Larrey para Napoleão durante sua campanha na Prússia.

Assim “nasceu” a era do tratamento pré-hospitalar, e não mais parou de evoluir.
Agora dá-se mais um passo nessa evolução em Portugal.

Os médicos têm como símbolo o caduceu.
Os enfermeiros a lâmpada a cobra e a seringa.
Os Técnicos de Emergência Médica, a estrela da vida.

E é esse símbolo que nós envergamos todos os dias nas nossas camisolas. Porque tal como os médicos e enfermeiros, também nós temos a nossa missão e os nossos valores.

Para quem tinha dúvidas acerca da evolução dos TAE e da criação de uma carreira, de um profissional especializado para o pré-hospitalar, hoje pode ter a certeza que vai avançar.

Já em 2008 se “profetizava” este caminho.

Dizia Abílio Gomes, que em 2011 a revisão do orçamento do Instituto teria de acompanhar a nova dimensão de respostas e para tentar combater a falta de meios humanos, defendeu a criação de uma carreira profissional semelhante à dos paramédicos.

"Criar uma carreira profissional que valorize a intervenção dos actuais tripulantes das ambulâncias de socorro e de emergência. Valorizá-los até que pudessem ter capacidade de actuação semelhante à dos paramédicos", afirmou.

Vítor Almeida (Presidente da Associação de Medicina de Emergência) recorda que esta é uma reivindicação antiga e que apenas peca por tardia.

E os primeiros passos após a aprovação da carreira já começaram.

Estão em curso inúmeras certificações do curso de TAS em todas as Delegações do INEM, tanto para TAE’s como para TOTE, com vista a que todos os profissionais do Instituto tenham todas as condições para ingressar na nova carreira.

Os cursos iniciaram este mês e vão prolongar-se até Agosto do próximo ano.
Para ingressar na carreira TEPH é necessário ter o curso de TAS e TOTE válidos.
Desta forma começa já o Instituto a preparar terreno para que não haja entraves á promoção de TAE para TEPH, e respectiva formação.
Desengane-se quem pensa que a recertificação não tráz nada de novo.
Quem agora inicia estes cursos, está não só a recertificar o TAS, mas principalmente a dar os primeiros passos na nova carreira.

TAE

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Heliporto do Douro já funciona.

O helicóptero do INEM já pode começar a aterrar no heliporto de Massarelos (Porto) a partir de hoje, terça-feira. Ontem, realizaram-se testes na plataforma do Douro com o héli de emergência médica e uma ambulância. Os procedimentos foram comunicados ao CODU.
Dois dias depois do JN noticiar que os helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) não estavam a aterrar no heliporto do Douro por questões burocráticas, a nova direcção do INEM, liderada por Miguel Soares de Oliveira, resolveu a questão.
"O helicóptero pode começar a aterrar na plataforma da Douro Azul a partir de amanhã [hoje]", afirmou, ao JN, o presidente do INEM.
Ontem, a direcção regional do Norte do instituto realizou os testes necessários à utilização da plataforma pelo héli de emergência médica e pelas ambulâncias.
Os testes foram positivos e ainda ontem, adiantou ao JN Miguel Soares de Oliveira, foi comunicada ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a disponibilidade da nova plataforma, bem como os procedimentos a adoptar no caso de necessidade de accionamento do héli.
"Esta plataforma faz todo o sentido porque está muito próxima do Santo António", realçou Miguel Soares de Oliveira, acrescentando que a ARSN (Administração Regional de Saúde do Norte) "está a par e subscreve a solução encontrada". O presidente do INEM elogiou ainda a atitude pró-activa do Centro Hospitalar do Porto na colaboração com o instituto e na procura de uma solução para um heliporto.
Miguel Soares de Oliveira, que entrou em funções quinta-feira passada, esclareceu também que não foi por falta de documentos que a plataforma esteve desde Maio sem receber hélis do INEM.
Com base em informações recolhidas junto do Centro Hospitalar do Porto, o JN noticiou no sábado passado que havia licenças do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Administração dos Porto do Douro e Leixões (APDL) que ainda não tinham chegado às mãos da direcção do INEM, o que estava a impedir a utilização da estrutura.
(JN)

Pronto. O HGSA já tem um heliporto a 1000 metros de distancia, com uma rampa que custou 100.000 €.
Vantagens deste heliporto em relação ao do Hospital de Pedro Hispano? Não as há! Mas que ficou bem ficou.
De salientar que a rampa de acesso não tem barreiras laterais. Recomenda-se cuidado, não vá a ambulancia cair ao rio Douro.
É de lamentar que 100.000 € só paguem a rampa sem barreiras de protecção laterais.

sábado, 9 de outubro de 2010

Heli no Porto ainda em "casa emprestada"

A plataforma na marginal do Douro que serve para os helicópteros turísticos aterrarem foi adaptada para receber também hélis do INEM. As obras ficaram prontas em Maio, mas falta autorização da direcção do INEM para começarem as aterragens.

Cinco meses depois de concluída a empreitada de adaptação da plataforma de Massarelos para receber hélis do INEM, ainda não há autorização para que os mesmos possam aterrar na marginal do Douro, mais perto do Hospital de Santo António. Ou seja, os doentes urgentes continuam a aterrar apenas no Hospital de Pedro Hispano, onde está a base do helicóptero do INEM e continuam a ter de atravessar a cidade para chegarem à urgência do Santo António.

Para ultrapassar esta dificuldade, a solução encontrada foi adaptar a estrutura de Massarelos, situada a poucos metros do Santo António pela Rua da Restauração, já que aquele hospital está impedido de fazer uso do seu heliporto por questões de segurança. Foi construída uma rampa para acesso das macas à cota da estrada, onde uma ambulância faz o transporte do doente para o Santo António. A obra custou cerca de 100 mil euros, ficou concluída em Maio passado, mas ainda não serve o seu propósito por questões burocráticas.

Questionado pelo JN sobre o atraso, fonte do Centro Hospitalar do Porto explicou que a estrutura já tem autorização do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), mas tais documentos ainda não terão chegado às mãos do INEM. Ou seja, o helicóptero de emergência médica só pode aterrar na plataforma de Massarelos quando a direcção do INEM der autorização.

Ao JN, a nova direcção do INEM respondeu que "está a tomar posse e a inteirar-se de todos os dossiês, não tendo ainda chegado a essa matéria". Recorde-se que o Ministério da Saúde demitiu, na passada quarta-feira, o conselho directivo do instituto e nomeou no mesmo dia uma nova equipa, que entrou em funções anteontem, quinta-feira.

A adaptação da infra-estrutura de Massarelos foi paga pelo Centro Hospitalar do Porto (inclui Hospital de Santo António, Hospital Maria Pia e Maternidade Júlio Dinis). Através de um acordo com a Douro Azul - a empresa privada que explora os circuitos turísticos de helicóptero - o Centro Hospitalar do Porto construiu a rampa e pagará uma renda pelo uso da plataforma.

Fonte daquele hospital garantiu que a renda só começará a ser paga ao privado quando o héli do INEM aterrar na marginal, "o que poderá acontecer a qualquer momento".

O serviço de helicópteros de emergência médica começou em 1997 na região Norte. O Hospital de Santo António construiu um heliporto no seu edifício mais recente, mas a infra-estrutura foi chumbada pelo INAC por não oferecer condições de segurança. A direcção do hospital nunca desistiu de ter um heliporto. Conseguiu-o em Maio passado, mas continua sem poder usá-lo.

(Jornal de Noticias)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nova direcção. Nova era.

O coronel Abílio Gomes é afastado. Para o seu lugar foi nomeado Miguel Soares de Oliveira, médico especialista em emergência médica. (link)
Novo rumo. Nova era.
O INEM entra num novo ciclo e precisa de uma nova abordagem de gestão.


"O INEM entra agora num novo ciclo em que o essencial da acção deve centrar-se na consolidação dos meios, na formação e na diferenciação profissional" (Ministério da Saúde)


Com esta direcção, a carreira TEPH estará com toda a certeza no bom caminho.
Miguel Oliveira antigo DR da DRN (onde sempre defendeu a carreita dos TAE), passou pela ARS Norte antes de ocupar o lugar para onde já era há muito tempo apontado.


Não é hora de criticar quem saiu, mas sim de olhar em frente.
É tempo de silêncio e reflexão. Melhores tempos se avizinham.

Comunicado do STAE

O novo presidente foi um dos grandes impulsionadores do aumento de competências dos TAE (técnicos de ambulância de emergência) dentro do INEM, o que levou o STAE a convidá-lo a ser o moderador principal da I.ª Conferência Internacional de Técnicos de Emergência Médica na qual foi feita a apresentação da Carreira de Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH).


Bem-vindo Dr. Miguel Oliveira.

Noticias completas em: JN, Diario Digital, IOL, RR, Público

Torneio Futsal DRN

Teve ontem inicio um torneio de Futebol de Salão, realizado na Delegação Norte.

O "I Torneio Futsal INEM Delegação Norte" torneio tem 12 equipas inscritas (SBV's, SIV's e VMER's), e realiza-se de 5 de Outubro a 10 de Dezembro.

Segundo a organização os objectivos são:

Fomentar o convívio entre os funcionários do INEM.
Promover a prática do desporto
Desenvolver a coesão dos vários grupos
Ser um meio de diversão para combater o stress laboral
Dinamizar o espírito de grupo.

domingo, 3 de outubro de 2010

Accionamento de Meios Vs Triagem de Manchester

Este estudo tem vindo a ser alvo de críticas (positivas e negativas).
De estranhar que se descredibilize um estudo sem sequer se ter acesso ao mesmo.
Assim sendo e para que todos os profissionais e interessados neste tema possam analisar e depois sim criticar o referido estudo, decidi com a colaboração dos colegas envolvidos, colocá-lo aqui.

O estudo, como se pode ver,
tem como principal objecto perceber qual a relação existente entre o accionamento de meios de emergência e a cor atribuída, na altura da chegada do doente ao hospital, durante a Triagem de Manchester

e não indicar se o utente deve ou não ir ao Hospital.
É bom saber do que se está a falar antes de se tirar conclusões precipitadas e cair no ridículo.
Introdução:
“O accionamento dos meios de transporte de emergência é efectuado mediante chamada 112, após a qual é realizada uma triagem telefónica, para identificar a necessidade de activação de meios. O sistema de Triagem de Manchester é uma medida adoptada pelo Ministério da Saúde no ano de 1997, com o objectivo de reestruturar os Serviços de Urgência (SU).
Deste modo, optou-se por esta temática, cientes que só pesquisando, clarificando, compreendendo e reflectindo sobre a questão do accionamento dos meios e a côr atribuída pela Triagem, se poderá melhorar futuramente na busca da excelência do exercício profissional.”
Métodos:
“O trabalho foi efectuado com recurso a registos dos accionamentos utilizando um grupo de três ambulâncias da região do grande Porto. Houve o cuidado de registar apenas os accionamentos que tiveram atribuição de côr, ou, caso contrário, estivesse devidamente justificada a não atribuição da mesma como nos casos de: recusa de transporte, falecimento no local, entre outros.
Mesmo não se tratando de uma amostra significativa, a mesma possui um número suficiente de casos registados para se perceber e obter conclusões relativamente à relação que nos propúnhamos estudar.”
Conclusão:
“A partir da análise e discussão dos resultados obtidos pode-se concluir que, para a amostra em questão, as ambulâncias de emergência nem sempre transportam doentes considerados emergentes ou muito urgentes. É visível pelos resultados obtidos, que uma grande percentagem dos accionamentos das ambulâncias não correspondem ao desejado, o que permite também, concluir que poderá ser necessário definir critérios de não transporte ou rever os accionamentos de meios.
Por outro lado, os dados obtidos podem também relacionar-se com a confusão/desconhecimento (por parte de quem liga 112), de conceitos entre o Serviço de Atendimento Permanente e o Serviço de Urgência. Esta incompreensão de conceitos pode ocasionar a transformação do SU em unidades de resposta a todo o tipo de "padecimentos" e "problemas",
desvirtuando a própria missão do SU e sobrecarregando o mesmo com casos indevidos.”

O estudo está apresentado em gráfico, mas para simplificar foi transcrito para tabela.
O estudo contempla outras análises tais como o volume de saidas por mês, mas não achei que fossse relevante para o caso.

AzulVerdeAmareloLaranjaVermelhoPretoRecusasNão TransporteDesactivaçõesJá Transportados
Ac. Viação38024313085
Agressão348322122
Atropelamento92011171
AVC (Provável)21346
Crise Ansiedade (Provável)393541
Crise Convulsiva (Provável)1452061331
Dispneia131351452521923
Dor Abdominal2108528181
Dor Torácica11689365
Etilizado (Provável)4194833422
Helitransporte5231
Hipoglicemia16107981
Outra Doença Súbita12020688764341
Outro Não Especificado46719481264
Outro Grande Trauma4103
Outro Pequeno Trauma110711916
Psiquiatria (Provável)647282201
Queda12527350760242
Sincope ou Lipotímia1912333461121
PCR2780
TOTAL11134138862611084469255316

Podem assim analisar o estudo e só depois falar sobre "Accionamento de Meios Vs Triagem de Manchester", em vez de criticarem o estudo SEM o lerem, sem saberem realmente de que se fala, baseados numa notícia.

Aqui foi colocada a notícia que dizia:

"Estudo revela que 52% dos transportados pode aguardar uma hora ou mais no hospital"

E as conclusões que algumas pessoas em alguns blogs tiraram foram que os TAE achavam que 52% dos utentes não deviam ir ao Hospital, quando o estudo estabelece a relação SAIDAS / TRIAGEM.

A notícia por sua vez reflecte que os doentes transportados PODEM aguardar uma hora ou mais.

Eu comentei que face a esta resposta:

Em resposta ao JN, a direcção do INEM reiterou que segue uma recomendação da Direcção de Emergência Médica que manda, em caso de dúvida, transportar o doente ao hospital

O CODU tem sempre dúvidas.

Sinceramente não sei onde foram buscar a ideia que os TAE não devem transportar estes doentes ao SU.
Enfim... "NABICES"

Afinal não somos nós que misturamos "alhos com bugalhos".


"E o nabo sou eu???"